Por Hermes C. Fernandes
Ontem levei meus filhos para assistir ao filme "Deus não está morto". Propositadamente, preferi sentar-me longe deles, algumas fileiras atrás, deixando-os à vontade para apreciar a película e depois emitir sua opinião. A sala que comportava 163 pessoas estava praticamente lotada, sendo perceptível, pela reação do público, que a maioria ali era cristã. Devo admitir que certamente teria deixado o cinema sentindo-me bem constrangido diante de uma plateia não cristã.
O filme conta a história de um rapaz cristão que se nega a escrever uma frase que seu professor de filosofia ordenou que todos escrevessem numa folha de papel e a entregasse assinada. Diante de sua recusa em escrever "Deus está morto", seu professor o desafia a apresentar uma defesa consistente acerca da existência de Deus. Abandonado pela namorada que o acusou de estar cometendo um suicídio acadêmico, o rapaz topa o desafio por sentir-se chamado por Deus para defendê-lo naquela universidade.
Os argumentos que ele usa são, de fato, bem fraquinhos e facilmente rebatidos. Mas audiência desconhece isso, e vibra a cada assalto. Fica evidente que o objetivo do estudante é provar que o professor estava errado, desbancando-o diante da turma.
Ora, para início de conversa, Deus não está contratando advogados. Em vez disso, Ele prefere recrutar testemunhas para que deponham acerca do Seu amor e não que defendam Sua existência. Por mais convincentes que pareçam nossos argumentos, sempre haverá um contra-argumento a eles; somente o amor é capaz de calar até a mais eloquente argumentação. Ademais, nada é mais contraproducente do que ficar procurando frestas na lógica de um oponente, a fim de sobrepujá-lo. A única arma capaz de perfurar sua armadura é o amor.
Por que Deus não Se mostra? Por que não rasga o céu e diz: Ei! Estou aqui! Estão me vendo? Parem de duvidar de minha existência!
Se Deus estivesse interessado em provar Sua existência, Ele simplesmente aparecia para o mundo inteiro em rede nacional e em horário nobre. Em vez disso, Ele preferiu provar o Seu amor expondo-se vergonhosamente numa rude cruz.
Tudo parece indicar que Ele não seja muito afeito a espetáculos. Sua desconcertante discrição é uma prova de Seu amor por seres tão ávidos de atenção como nós.
Entrar numa discussão sobre a existência de um Ser superior que teria criado todas as coisas é uma enorme perda de tempo, pois estaríamos nos submetendo ao modus operandi do mundo, onde o que vale é ter razão. O evangelho se põe na contramão de tudo isso. Para Deus, o que vale é ter amor. A razão pode esperar.
Outra coisa que me embrulhou o estômago no filme foi o uso e abuso dos estereótipos. Este foi o primeiro comentário que meus filhos fizeram depois de assisti-lo. Para quem já morou nos Estados Unidos como nós, e principalmente para eles que estudaram lá, nada causa maior repugnância naquela sociedade do que o preconceito. Será que todo muçulmano espancaria sua filha e a poria para fora de casa por haver se convertido ao cristianismo? Será que todo ateu é intragável como aquele professor, e ainda por cima, trata sua namorada ou cônjuge como se fosse empregada? E o que dizer do 'chinezinho', filhinho de papai? E o missionário africano cujo sonho era conhecer um parque temático? E o americano barbudo, típico "red neck" (caipira), com uma bandana da bandeira americana na cabeça, tentando provar que sua mulher, apesar de cristã, tinha uma vida digna,vestia-se como uma dama, usava salto alto, enquanto ele fazia fortuna com suas invenções para caçar patos? Qualquer um que conheça bem a cultura americana percebe o tom político/ideológico do filme (republicano!). Não rompemos com os estereótipos que tentam nos impor simplesmente estereotipando a outros.
Usou-se de maneira aberta argumentos filosóficos, científicos, e, de maneira subliminar, passou-se a visão americana de vida (american way), mas em momento algum falou-se de amor. A não ser em frases de efeito do tipo "Jesus te ama!". Houve até uma defesa do livre-arbítrio para tentar salvaguardar a soberania divina do ataque de quem acusa Deus de ser responsável pelo mal no mundo.
A "queda-de-braço" entre Deus e o professor termina com ele atropelado quando ia a um show gospel à procura de sua ex-namorada. Agora, impotente, estirado no asfalto, ele teria que reconhecer na marra quem era o maioral. Deus já havia feito com que o motor do carro que levaria o missionário africano e seu colega americano ao parque de diversões falhar por diversas vezes, para que naquele momento pudessem conduzir o pobre moribundo a se dobrar ante a soberania de Deus, rendendo-se a Ele antes de partir.
Eu podia ouvir comentários de irmãos que deixavam escapar um "bem-feito!" diante daquela cena. "Quem mandou brincar com Deus, seu prepotente idiota?" Minha vontade era de me levantar e ir embora do cinema. Chocado com a reação dos crentes, torci para que não houvesse ali nenhum 'incrédulo' para escandilizar-se com tamanha demontração de amor.
Cheguei à conclusão de que Deus deve estar realmente morto... morto de vergonha. Um filme panfletário, recheado de ideologia, promovendo, entre outras coisas, a famigerada indústria gospel americana e colocando os cristãos entrincheirados contra a ciência.
O que Deus espera de nós, afinal? Vivemos numa sociedade cada vez mais indiferente às demandas do evangelho. Como reagir? A maioria de nós imagina que o que agradaria a Cristo seria nos levantar em Sua defesa. Ledo engano. Pergunta a Pedro como ele se sentiu ao ser repreendido por Jesus diante de seus colegas e dos soldados que O prendiam, por haver desembainhado sua espada para defendê-Lo. O que ele queria era arrancar a cabeça do soldado e não decepar sua orelha. Sabe por que Pedro errou a pontaria? Porque seus olhos estavam cheios de remela. É só voltar a fita para flagrá-lo dormindo enquanto Jesus soava sangue. Agora queria bancar uma de herói. Mete a espada na bainha, Pedrão! Quem com ferro fere, com ferro será ferido. O que Jesus espera de nós hoje, era o mesmo que esperava dos discípulos que infelizmente adormeceram enquanto Ele sorvia o cálice que Lhe era destinado. Mas o que foi que eles lhe deram? Apatia! E o que é que temos dado hoje? A mesma apatia. Não nos importamos com os que sofrem ao nosso redor. Não damos a mínima para as vítimas das injustiças, das tragédias, dos vícios. Estamos mais preocupados em provar que temos a razão. O mundo inteiro está errado! Somente nós temos a razão. Somos os detentores da verdade! De fato, há razão de sobra e paixão de menos. Cristo não precisa de quem O defenda. Mas busca quem defenda o oprimido, o excluído, o miserável. E quem sair em defesa destes, será como se saísse em defesa do próprio Deus. O resto não passa de espetáculo circense.
Todos que me acompanham sabem o quanto gosto de cinema. Eis aí um filme que não recomendaria a ninguém. Encontrei muito mais do espírito do Evangelho em filmes como "Os miseráveis", "Nárnia", e até em "O Senhor dos Anéis". Se gostou do que viu, quem sou eu para discutir seu gosto. Mas espero ter contribuído para sua reflexão acerca dos valores passados nas entrelinhas desta obra.
P.S.: Coincidentemente, em seu primeiro dia de aula na Universidade Federal Fluminense, meu filho Rhuan se viu desafiado pelo professor de Filosofia, juntamente com os demais alunos, a escrever uma frase semelhante negando a existência de Deus numa folha de papel em branco, assinar e entregá-la. Meu filho pegou sua folha e começou a escrever sua defesa da existência de Deus. Quando já se preparava para entregar, quem se fazia passar por professor de Filosofia anunciou: Isso aqui é um trote! Rhuan me confessou que respirou fundo, amassou o papel e livrou-se dele disfarçadamente. Espero que este filme não estimule nossos jovens a embates desta natureza. Passei por coisas semelhantes quando jovem e posso afiançar que não vale a pena. Quase apanhei de nove colegas por defender minha fé. Tive que me abrigar atrás do balcão de uma farmácia. À época, senti-me orgulhoso por ter "sofrido por amor a Cristo". Hoje vejo que sofri por não querer abrir mão de ter razão.
P.S.: Coincidentemente, em seu primeiro dia de aula na Universidade Federal Fluminense, meu filho Rhuan se viu desafiado pelo professor de Filosofia, juntamente com os demais alunos, a escrever uma frase semelhante negando a existência de Deus numa folha de papel em branco, assinar e entregá-la. Meu filho pegou sua folha e começou a escrever sua defesa da existência de Deus. Quando já se preparava para entregar, quem se fazia passar por professor de Filosofia anunciou: Isso aqui é um trote! Rhuan me confessou que respirou fundo, amassou o papel e livrou-se dele disfarçadamente. Espero que este filme não estimule nossos jovens a embates desta natureza. Passei por coisas semelhantes quando jovem e posso afiançar que não vale a pena. Quase apanhei de nove colegas por defender minha fé. Tive que me abrigar atrás do balcão de uma farmácia. À época, senti-me orgulhoso por ter "sofrido por amor a Cristo". Hoje vejo que sofri por não querer abrir mão de ter razão.
Parabéns pela dedicação, tempo e empenho em sempre esclarecer e contribuir com o crescimento e reflexão, diante de uma massa "inconsciente" que consome de tudo, obrigado Hermes, brilhante texto, mais amor e menos razão :) !
ResponderExcluirObrigado, Alex! Espero estar dando uma singela contribuição para que nossa gente se desperte.
ExcluirBispo Hermes, bom dia! Concordo 100% com seu texto. Deus se prova por não se ter como prová-lo. Se um dia a gente conseguir racionalizá-lo e, assim, afirmamos que estamos provando sua existência provaremos qualquer coisa menos Deus. Se Deus gostasse de espetáculos como forma de sua prova, como gostam os que franquearam o seu nome, já o terio feito. Cristo em muitas de suas curas pediu discrição. É o amor em nossas atitudes e a nossa fé que fazem com que muitos ao ver tais atitudes em nós, no máximo, desconfiem da existência de Deus mas quem convence mesmo é o Espírito Santo. O próprio Deus. Eu, apenas para me fazer compreender, me glorio, digamos assim, de não saber explicar porquê acredito em Deus. Sinceramente não sei. Não tenho como provar essa crença. Só sei que tenho e sinto essa convicção aqui dentro de mim. Dentro do meu coração. Isso é, e só pode ser, obra do Espírito Dele. Sob o ponto de vista de convencer o próximo quanto a existência de Deus, as curas, os milagres, os espetáculos, os livramentos ao meu ver, não provam nada pra ninguém. Eu acredito piamente em curas, milagres, livramentos e já presenciei tais coisas na minha vida e na vida de vários mas isto, outras vertentes religiosas e científicas também o fazem e se gloriam de assim fazer. Até o acaso se gloria de um livramento, por exemplo. Eu falo daquela convicção que traz paz e que, pra mim, é difícil de explicar mas que existe lá no íntimo do coração. É essa convicção que prova, pra mim, que Deus existe e ela se chama, biblicamente, Fé e foi colocada pelo próprio Deus em mim por isso não a perco! Abração, Fabio
ResponderExcluirObrigado pelo feedback, Fábio. Infelizmente nem todos querem ver. Preferem a miragem ao oásis. Abraço em toda a família. Saudade da turma.
ExcluirAcho que o senhor nao entendeu o filme! Aconselho assistir novamente! Porque caso o tivesse feito sentiria a mensagem que todo o filme, feito de roteiros e tramas que devem se cruzar e serem concluídos, que nada mais é do que o amor que tanto pediu roteirizado em apenas mais uma das falas do texto! O filme passa sim o amor e além disso um sentimento de disposição pro jovens que é fantástico! Todo jovem cristão com certeza pode sentir o amor e quis ter uma oportunidade como a do protagonista! E disso eu tenho total certeza de que deus nao teria vergonha e sim se orgulharia e sentiria sua mensagem sendo passada! Através de nos cristãos!
ResponderExcluirconcordo plenamente com vc,e acho que o bispo poder ter ido assistir o filme com pensamento já feito e não entendeu a real mensagem, eu ,por exemplo, terminei o filme com mais fé em Deus e em Jesus e nos seus ensinamentos de amor paz e coragem, se preciso fosse daria a outra face perante o homem mal ,como deixa Jesus, porém não posso dizer que tenho que me amedrontar perante este homem mal nem dizer que não me orgulho do evangelho justamente o contrário me orgulho sim .Para finalizar deixo esta passagem que retrata bem um pouco da mensagem do filme
Excluir"14 E muitos dos irmãos no SENHOR, tomando ânimo com as minhas prisões, ousam falar a palavra mais confiadamente, sem temor.
15 Verdade é que também alguns pregam a Cristo por inveja e porfia, mas outros de boa vontade;
16 Uns, na verdade, anunciam a Cristo por contenção, não puramente, julgando acrescentar aflição às minhas prisões.
17 Mas outros, por amor, sabendo que fui posto para defesa do evangelho.
18 Mas que importa? Contanto que Cristo seja anunciado de toda a maneira, ou com fingimento ou em verdade, nisto me regozijo, e me regozijarei ainda.
Respeito a opinião do escritor, mas creio estar redondamente equivocada e superficial. Eu assisti esse filme, assistiria novamente e recomendei a vários amigos. Eu sou estudante universitário e, como o personagem, também me sinto humilhado as vezes por ser evangélico, claro que não com mesma intensidade, mas atitudes que mostram claramente a indiferença de muitas pessoas pelo fato de sermos crentes. Imagine nesse exato momento, em todo mundo, quantas pessoas não estão sofrendo essa mesma situação que o filme retratou por causa do nome de Cristo! Não posso generalizar, mas em mim esse filme só ressaltou a importância de defender nossa bandeira que é Cristo em qualquer local e circunstância que seja e creio que esse seja o mesmo sentimento despertado em centenas de jovens que assistiram esse filme. Não creio nem um pouco que Deus tenha se "envergonharia" por uma atitude como esta, pelo contrário! Pois como está escrito em Mateus 10:33: "Todo aquele que se envergonhar de Mim diante dos homens, também Eu me envergonharei dele diante do Pai". Sem dúvida alguma Deus se orgulharia desta atitude!!
ResponderExcluiramémm concordo plenamente
ExcluirDiscordo totalmente, o filme conseguiu detonar mais o cristianismo do que filmes satanistas. O Deus que eu sirvo não precisa ser provado em debates.
ExcluirClaro que filmes evangélicos ou cristãos não são "sagrados" ou "santos" como a Bíblia, são feitos para lucrar e não evangelizar.
ResponderExcluirMas muitas vezes ateus nos falam para provar que Deus existe, Deus não precisa de advogado, Ele é o Advogado, mas o nossa vontade de ganhar esse ateu para Jesus é tanta que entramos, talvez sem querer, nessa discussão, tentando mostrar Deus para um ateu que amanhã podera ser um servo de Deus. Temos que pregar Jesus, o Evangelho, e "quem não crêr será condenado", a nossa parte é pregar, e cumprir o ide de Jesus.
Acho que Deus realmente esteja morto de vergonha, mas vergonha dessas discussões desnecessárias. É um filme, só isso, se tem exageros, verdades ou mentiras?? claro que tem, é isso que tem nos filmes, muitas vezes em filmes evangélicos e esse não foi o primeiro e nem será o último. Acho que nós cristãos conseguimos achar "sarna pra se coçar", fazemos uma enorme tempestade em copo d'água, misericórdia. Mas é a sua opinião e devemos respeitar, só acho que as vezes esquecemos do que está em Tito 3.9.
ResponderExcluirConcordo plenamente!
ExcluirMesmo entendendo e respeitando muitíssimo seu ponto de vista e vendo também que não o agrada em NADA o filme em questão, por favor, me esclareça um ponto somente. Nos apegando ao mesmo roteiro, o sonho do aluno era cursar Filosofia, o professor 'empurrou à goela' de todos na turma uma teoria que confirmaria a frase que ele pediu a todos que escrevessem e assinassem, confirmando o que ele propora anteriormente: "Deus está morto". Lembrando que, caso não o fizessem, seriam retirados do curso, o sr., na pele do jovem com a consciência de Evangelho que tem, escreveria e assinaria o que o professor mandou? Só para entender melhor, já que não abordou este ponto, que na verdade, é o principal do filme. Obrigado.
ResponderExcluirMeu caro irmão Fernando, qual foi a reação de Sadraque, Mesaque e Abedenego diante do decreto real para que todos se dobrassem diante daquele ídolo? Eles simplesmente se recusaram. Não tentaram dissuadir a outros de fazê-lo, nem convencer o rei de sua estupidez. O mesmo se deu com os cristãos primitivos que foram lançados às feras no coliseu romano. Todos arcaram com o ônus de sua fidelidade a Deus, sem se preocupar em defender seu ponto de vista. O rapaz do filme deveria ter feito o mesmo.
ResponderExcluirbispo mas como se nem poderiam falar nada nem foram questionados segundo a bíblia e quando foram questionados defenderam sim.
ExcluirEntendo, mais uma vez, mas não acho que isso resolveria o problema do aluno no filme. Ele simplesmente se recusou a escrever "Deus está morto". Ele não levantou indignado com as colocações do professor e quis envergonhá-lo por sua posição ou então o agrediu com suas 'defesas cristãs', mas ele também não coadunou à ideia apresentada, ele não se acovardou e se rendeu ao desafio. O sr. citou os cristãos primitivos e os jovens de babilônia, ótimos exemplos. Sobre os jovens, se dobrarem ante a estátua seria o mesmo que dizer "Deus está morto" ou então "este deus é maior que o meu" ou "eu reconheço esta autoridade", eles não aceitaram isso e arcaram com a consequência, a fornalha. O aluno arcou com a consequência de não negar sua fé, teve que defender sua visão, não defender Deus. Os cristãos primitivos, de modo geral, morriam simplesmente por não negarem sua fé, da mesma forma que o jovem do filme. Escrever e assinar "Deus está morto" naquela folha seria o mesmo que negar a sua fé diante de todos. Imagine o sr. se ele assim o fizesse e com o passar dos tempos no curso, alguém descobrisse sua vida cristã... Como seria? Primeiro ele teria negado seu Deus diante de todos, mas o servia? Como assim? Quem era ele? Que caráter é este? A fé cristã seria assim tão frágil e amedrontada? Eu não consigo ver coerência neste pensamento.
ExcluirCaro Hermes.
ResponderExcluirAchei que eu estava sozinho nestes pensamentos! Muito bom seu texto! Feliz em ver que ainda existem Cristãos que simplesmente tentam pensar com a mente de Cristo.
De todo Jeito muito obrigado pela contribuição! O filme já serviu pelo menos pra vc produzir esta reflexão. Agora gosto 1% do filme! ;-)
Forte Abraço! Somos 1!
Caro Hermes, acho que falta amor em você.
ResponderExcluirTenho visto um levante de "cristãos" detentores da verdade, levantando suas espadas contra pessoas que deveriam chamar de irmãos. Você fala de amor mas não mostra seu amor nos frutos. É muito mais fácil demonstrar amor para um pobre miserável, agora não consegue demonstrar amor por um irmão que tem a mesma fé que você. Pode não ter a mesma teologia, mas a fé é a mesma. Se fosse para sermos todos iguais Paulo não teria escrito tantas cartas. Mas ele amou a todos os irmãos de cada epístola. Ainda falando de Paulo, não se esqueça que a forma de sua conversão se assemelha e muito com a história do tal professor da história por você narrada. Não assisti ao filme pois, como você, prefiro assistir O senhor dos Anéis. Mas não se esqueça que Tolkien, autor da saga era amigo de Lewis, autor de Nárnia, e eles tinham muitas diferenças de pensamentos, porém, nunca se digladiavam de tal forma, sempre houve o amor entre eles. Não se esquecendo dos moravianos Whitefield e Wesley que mesmo com suas inúmeras diferenças de linhas teológicas se uniam por algo maior que era o amor. Caro irmão Hernandes, você precisa praticar o amor, saia da sua caixinha teológica e pratique o amor. E saiba de uma coisa, essas pessoas que estão fazendo a parte delas sem olhar para você e seus olhos de juiz tem algo bíblico nelas "não se envergonham do evangelho" amo você e espero que o nobre irmão comece a praticar melhor esse amor, lembre-se que aos pés da cruz somos todos iguais, a cruz nos ensina a amar quem estiver acima, ao nosso lado e abaixo. o amigo tem demonstrado amor aos que estão abaixo apenas, mas e o resto? sua fé parece estar pela metade. Amor precisa ser praticado. Fé sem obras é lata vazia, só faz barulho.
Excelente texto/reflexão.
ResponderExcluirÉ incrível como tem cristãos pelo mundo que adoram um embate com sangue nos olhos e a faca no dente, incrível.
Se ganham, saem vibrando dizendo que Deus foi glorificado na derrota do "inimigo" e blá, blá blá, mas se perdem, falam que é perseguição, que o inimigo se levantou contra e outros blá, blá, blá.
Mas vc disse muito bem, Deus não precisa de advogados, Ele QUER que sejamos testemunhas do Amor que Ele já derramou sobre nós, simples assim.
E o que NÃO TEM nesse filme é Graça, Amor e Misericórdia. Péssimo filme e não retrata em nada atitudes cristãs.
Deus continue te abençoando querido.
Não há amor? Não há amor em desejar ardentemente que pessoas conheçam o Deus que você serve e a Salvação em Cristo Jesus? A proposta do filme é essa. Se não há amor nisso, na elementar confissão de fé cristã, eu não sei mais o que poderia ser.
ExcluirMuitas pessoas atribuem qualquer crítica a este filme como uma falta de "piedade cristã" que parece obrigar a aceitar tudo aquilo que fala de Deus como bom e construtivo. E é extremamente confortante vermos que os cristãos, pelo menos alguns, estão cheios já desse estereótipo deplorável. "..os crentes podem ter tido parte não pequena na gênese e difusão do ateísmo, na medida em que, pela negligência na educação da sua fé, ou por exposições falaciosas da doutrina, ou ainda pelas deficiências da sua vida religiosa, moral e social, se pode dizer que mais esconderam do que revelaram o autêntico rosto de Deus e da religião."
ResponderExcluirConfesso que no início me senti empolgado em ver o filme, esperando um desenrolar de um embate com bons argumentos e bem articulado. Se o filme se focasse nisso seria provavelmente muito mais interessante.
A discussão parece se distanciar da trama principal, e apesar de alguns argumentos e referências até mesmo a alguns ateus famosos, tudo é jogado muito rápido, fora de contexto e incapaz de fazer a quem assiste assimilar qualquer idéia. A discussão parece girar muito mais em torno da experiência pessoal e emocional do professor do que em argumentos, sejam eles científicos ou teológicos.
E com isso as subtramas vão ganhando espaço no filme, apesar de você dificilmente conseguir se relacionar com qualquer personagem, pelo excesso deles, eles basicamente mostram o bem e o mal, o cristão e o ateu. E nem precisso dizer quem é quem, né?
A vilania do professor e sua arrogância até mesmo com sua esposa, uma blogueira que descobre o câncer, um empresário rico mas insensível à doença de sua mãe... e por aí vai. Trocando em míudos, aqueles que não acreditam são dignos de sofrimento.
Isso sem contar no retrato que faz do Islamismo como uma religião completamente intolerante, como se intolerância a outra religião fosse característica exclusiva do islamismo.
E do lado bonzinho, o dos cristãos é claro, temos além do aluno um reverendo idiota que repete o tempo todo sem sentido “Deus é bom o tempo todo, o tempo todo Deus é bom”, e que por Deus não consegue fazer o carro funcionar.
Isso sem contar que o filme já erra ao se utilizar de uma frase de Nietzsche - "Deus não está morto" para tentar partir pra um discussão metafísica, que no filme se resume a um embate superficial do criacionismo X evolucionismo. Isso já é um tanto quanto que incoerente. Primeiro, porque Nietzsche em obra nenhuma sua nega a existência de deus e tão pouco tenta desmistificar a metafísica. Não se encontra em suas obras indagações profundas sobre a existência ou inexistência de uma deidade.
A intenção de Nietzsche com a frase é a desconstruir a imagem de que um deus é necessário. Pelo seu ideal do "super-homem", o homem não precisaria se prender a um deus ou a princípios morais estabelecidos pela religião. Deus e a religião, que é quem "detém" a imagem de Deus, já não são necessários à sociedade. Sua idéia ao dizer que está está morto nao é matar uma deidade, mas matar todos os valores atribuídos a esta deidade. Propunha na realidade dar novo valor a todos os valores, como a ética, moral e o sentido da vida.
Seria pelo menos mais lógico para Nietzsche afirmar que o theos matou o homem. Pois era essa a sua idéia, afirmar que o homem quando coloca seu foco em deus e naquilo que é dogmático é submetido a um tipo de morte, já que essa "mentalidade escrava", segundo ele, é contrária à vida, dignidade e verdade.
“Portanto, irmãos, rogo-lhes pelas misericórdias de Deus que se ofereçam em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus; este é o CULTO RACIONAL de vocês.” (Rm 12:1)
ResponderExcluir“Antes, santifiquem Cristo como Senhor no coração. ESTEJAM SEMPRE PREPARADOS PARA RESPONDER A QUALQUER QUE LHES PEDIR A RAZÃO DA ESPERANÇA QUE HÁ EM VOCÊS.”(1 Pedro 3:15)
Na boa, me desculpe a indagação, mas o senhor realmente tem uma formação teológica séria? ou comprou os títulos? o senhor pelo menos sabe de fato o significado real do tão falado amor "Ágape"? ou simplesmente segue cegamente a linha que é ensinada de amor perfeito? "Ágape" reflete amor sacrificial com atitude só pra contextualizar melhor. É incrível como um cara sensacionalista e de argumentos tão fracos e vazios consiga gente que de verdade engole essa falácia vazia toda. Me desculpe mas infelizmente diante de seu relato tive que comentar. Paz e por favor estude um pouco mais a bíblia antes de vomitar essas coisas em cima da gente.
Me perdoe mas acho que o Sr. não entendeu a mensagem, se preocupou demais com detalhes e não com a ideologia. De qualquer modo respeito vossa opinião, mas acredito que o filme foi muito bom e animador para todos que conversei.
ResponderExcluirConcordo, na verdade o Hermes é uma espécie de olheiro do meio evangélico, gosta de emitir opiniões contrárias a tudo, não devia nem ter publicado uma perda de tempo dessas, acredito que pela importância que ele dá a essa posição dele, isso vai resolver os problemas do mundo...
ExcluirAssisti o filme só agora e concordo contigo pastor. Demonstraram no filme o paradigma típico do protestantismo norte americano: apologético. Os caras continuam se relacionando com o mundo pós-moderno com a mentalidade modernista. O aluno disputando com argumentos (bem fracos por sinal, um professor renomado como proposto no filme jamais seria fraco daquele jeito). Seria mais interessante uma história em que o aluno durante o ano testemunhasse com amor e na relação com o professor tornasse Deus vivo em sua vida. Abs!
ResponderExcluirMe perdoe, mais meu querido, vc só posta opniões contrárias as suas, nada que for ao seu gosto vc vem a aprovar, muitas vidas se impactaram com este filme, por mais fraco que vc possa ter classificado, foi um meio simples e pratico pra que Deus venha a ter parte com essas vidas, vc mesmo afirmou que a sala do cinema estava completamente cheia, vc acha que Deus não teve gozo nisso ? Uma sala de cinema lotada, não para ver filmes, pornográficos, demoniacos e violentos, mas sim de uma parabola onde conta a história de um rapaz que defende o maior de seus ideais, que é Deus !
ResponderExcluirMe perdoe, mas vc precisa passar um momento com Deus e rever seus conceitos !
Se vc acha que apanhou pra querer provar que tinha razão e não pra defender Jesus Cristo, então mereceu mesmo ter apanhado.
ResponderExcluirO filme é tão ruim que Procurei no google críticas e o primeiro resultado foi o do pastor hermes..rs esperava um ateu criticando o filme e não um pastor kkkk
ResponderExcluirUm filme realmente vergonhoso... argumentos fracos, melodrámaticos e totalmente clichês, não acho que nenhum jovem tenha se convertido por ter assistido o filme, é apenas um filme evangélicos para evangélicos que mostra a vitória do crente contra os demais, o nosso saber superior, a supremacia cristã.
Foi doloroso ver um calouro de uma universidade convencer um "brilhante professor" com argumentos tão bons..aff
Então todo ateu é um cristão revoltado ou não atendido... e o final MEU DEUS, fiquei realmente envergonhado, então todo ateu quando estiver morrendo vai se converter ou se tiver câncer vai buscar a Deus..
Que Deus tenha piedade de nós.