Por Hermes C. Fernandes
Era 13 de Maio de 2006 quando iniciei este blog.
Coincidentemente, o dia em que se comemora a abolição da escravidão no Brasil. Portanto,
mais de oito anos se passaram desde que começamos a divulgar a subversão
reinista. Termos como “desigrejados” foram cunhados pela primeira vez aqui. Até
o momento, temos 2234 artigos, cerca de três milhões de visitas, e alguns
milhares de amigos nas redes sociais (mais de 10 mil só no twitter e outros 10
mil nos perfis e fanpage do facebook). Sem dúvida, nosso trabalho aqui nos tem
rendido muitas alegrias. Muitos membros da Reina são frutos dele. Recebemos muitos convites para ministrarmos em diversas denominações pelo
Brasil afora e no Exterior. Publicamos 23 livros, dezenas de DVD’s. E agora
mesmo estou trabalhando na gravação de um CD de canções de nossa autoria.
Apesar dos resultados que julgamos promissores, há algo que ainda me incomoda:
muitos dos que nos acompanham, todavia, não compreenderam o significado que
atribuímos à palavra “subversão”. Por mais que nos esforcemos, sempre haverá
quem distorça o que buscamos compartilhar. Foi assim com Paulo e suas
epístolas, por que seria diferente conosco?
Permita-me tentar desfazer alguns mal entendidos acerca da
subversão de que tanto falamos.
1 – Subversão não é aversão à igreja – Em momento
algum propus um levante contra a igreja. Porém, alguns embarcaram na subversão
à sua própria maneira e a usaram para vomitar todo ódio que nutrem pela igreja.
O que propomos é uma mudança do paradigma eclesiológico. Porém, não se pode
prescindir do único instrumento estabelecido pelo próprio Deus para que a luz
do Evangelho alcance as nações. Não há plano B! Nenhum rio tem culpa dos
detritos que foram lançados em suas águas, comprometendo sua pureza original.
Desistir da igreja é abortar o embrião da nova humanidade. Quem não ama a
igreja, tampouco ama quem a levantou e garantiu que contra ela não
prevaleceriam as portas do inferno.
2 – Subversão não é diversão – Reconhecemos o
papel que a cultura tem e acolhemos todo tipo de manifestação cultural, porém,
não ignoramos os riscos por trás da política do “pão e circo”. Reduzir a
proposta do evangelho a entretenimento, seja de que espécie for, é
transformá-lo num instrumento de entorpecimento das massas à serviço dos
poderosos. O que nossa gente precisa é de menos “tira o pé do chão” e mais pés
fincados no chão da realidade, menos mãos levantadas e mais mãos estendidas ao
próximo, menos shows e mais demonstração de amor.
3 – Subversão não é inversão – Há quem pense
haver algum mérito em ser do contra e nesta onda acabam por insurgir-se contra
valores caros ao evangelho. Jamais deveríamos nos esquecer da admoestação
divina: “Ai
dos que ao mal chamam bem, e ao bem mal; que fazem das trevas luz, e da luz
trevas; e fazem do amargo doce, e do doce amargo!”(Isaías 5:20). Isso nada tem a ver com legalismo, mas com coerência.
4 – Subversão não é perversão – Usar o
evangelho da graça como justificativa para uma vida desregrada é um absurdo desmedido.
“De Deus não se zomba”, adverte o
apóstolo. “Tudo que o homem semear, isto
também ceifará” (Gl.6:7). A liberdade que a graça nos confere não serve de
pretexto para “dar ocasião à carne”, mas de incentivo para que sirvamos uns aos
outros em amor (Gl.5:13). Paulo teve que cortar um dobrado com os que usavam o
evangelho como desculpa para as suas perversões. Foi a estes que ele direcionou
sua célebre pergunta: “Pecaremos porque não estamos debaixo da lei,
mas debaixo da graça? De modo nenhum” (Rm.6:15).
5 – Subversão é conversão – Converter-se
é dar uma guinada de 180º. Porém, alguns ficam tão animados com a proposta
subversiva do evangelho que acabam dando uma guinada de 360º, o que significa
que voltam exatamente à posição anterior. Ou como diz Pedro, “o cão volta ao seu próprio vômito e a porca
lavada volta a revolver-se na lama” (2 Pe.2:22). Quando acontece a
verdadeira conversão, o eixo de nossa existência deixa de ser nosso “eu” e o
propósito de nossa vida deixa de ser o nosso aprazimento para ser a glória de
Deus e o bem do próximo. Olhamos para a nossa vida pregressa e sentimos nojo
(Ez.36:31). Quem vive vangloriando-se de suas façanhas acaba por demonstrar que
o eixo de sua vida ainda não se deslocou. Sem conversão a subversão não passa
de uma utopia. Quem se acha o maior jamais se prestará a servir o menor, o que
se encontra na ponta da fila nunca cederá seu lugar ao último, o esbofeteado
jamais oferecerá a outra face, etc. Portanto, antes de sairmos por aí detonando
os outros, olhemos para nós mesmos e verifiquemos se, de fato, nossa vida é uma
amostra grátis do que o evangelho real e subversivo é capaz de promover.
Bispo, paz! Dei um soco no ar igual ao Pelé quando fazia gol. Como diz nosso irmão André: é nisso que eu creio!!!! Vou imprimir esse texto porque expressou exatamente o que eu tento dizer aos meus amigos. Tem um amigo meu de trabalho, Leandro Nogueira, frequentando a Reina aí no Rio. A esposa e ele estão muito impactados com as pregações. Meus pais e irmãos estão em contato com ele na igreja e daqui eu falo via email ou whats. O evangelho é transformador. Estou muito alegre por tudo que Deus está fazendo na vida do Leandro. Glória a Deus por isso. Abc, Fabio
ResponderExcluirE fabio e nisso que eu creio!
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