Por Hermes C. Fernandes
“O amor... não se porta com
indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; não se
alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade.” 1 Coríntios 13:5-6
Entre toda de descrição que
Paulo dá acerca do amor, esta pequena porção capta minha atenção de maneira
especial. Aqui são apresentadas seis características que, a meu ver, autenticam
o amor.
Primeiro, o amor não se porta
de maneira indecente, apelativa, inconveniente. Seu propósito jamais foi ferir
os escrúpulos de quem quer que seja. Respeita-se a subjetividade alheia, seus
valores morais, suas preferências. Desprovido desta característica, o amor se
tornaria um insulto. Não se pode confundir a intimidade promovida pelo amor com
invasão de privacidade. A comunhão entre seres não atenta contra a dignidade e
individualidade, antes, as preserva.
Nossos interesses devem estar
abaixo do interesse de quem se ama. Temos o direito de expor nossos desejos,
sem, contudo, impô-los, antes, fazendo-os passar pelo crivo do outro. O outro
sempre terá a última palavra. Caso esta não expresse a nossa própria vontade,
isto não será motivo de irritação. Afinal, a felicidade do amado sempre tem
primazia sobre a satisfação do amante.
Na maioria das vezes, a
irritação ocorre quando nutrimos expectativas sobre-humanas de alguém,
impossíveis de serem correspondidas. Quem ama se nega a irritar-se por
reconhecer suas próprias limitações no outro, ainda que reveladas em áreas
distintas.
O desprovido de amor sempre
suspeita mal do seu semelhante. Se este demonstrar bom caráter, suspeita-se de
sua integridade: “Ele não é tão bom quanto parece! Deve estar escondendo algo”.
Se for criativo e inteligente, suspeita-se de sua autenticidade: “Duvido que a
ideia tenha sido dele. provavelmente copiou de alguém”. Se for próspero, suspeita-se
de sua honestidade: “Deve ter roubado ou trapaceado”. Se for generoso, suspeita-se
de sua motivação: “Deve querer algo em troca”. Porém, o verdadeiro amor jamais
suspeita mal, nem perde seu tempo procurando chifres em cavalos. Em vez disso, ele aposta na
integridade, autenticidade, honestidade e na boa motivação do outro, sem buscar qualquer razão para duvidar.
É insuportável conviver com quem
suspeita de tudo e de todos. Quando não acusa diretamente, faz insinuações
infundadas, atentando contra a credibilidade do outro. Quem ama, buscará
preservar a reputação do seu semelhante.
Semelhantemente, quem ama jamais
torce contra o outro, nem comemora a sua derrota, sentindo-se vindicado e
deixando escapar um “bem feito!”. E, se porventura, o outro alcançar algum
êxito, quem ama não o invejará, tampouco se sentirá traído por Deus ao permitir
isso. Caso tenha sido ofendido e perdoou, seu perdão será validado pela alegria
que sentirá assistindo à vitória de quem o ofendeu.
creio que só amamos de verdade , se amarmos os demais como amamos nossos filhos , que é o amor mais puro e verdadeiro que há!
ResponderExcluirPara aprender a amar mais plenamente é a razão que temos vindo a terra. O amor é a energia que mantém o universo no lugar. É o portal através do qual voltamos ao nosso Criador. Ele pode conquistar qualquer problema, aliviar qualquer sofrimento, curar qualquer doença. O amor cria e amplia as alegrias da vida. E, no momento da morte, o amor transforma toda a dor terrena em êxtase indescritível.
ResponderExcluir“Filho é um ser que nos foi emprestado para um curso intensivo de como amar alguém além de nós mesmos, de como mudar nossos piores defeitos para darmos os melhores exemplos e de aprendermos a ter coragem. Isso mesmo! Ser pai ou mãe é o maior ato de coragem que alguém pode ter, porque é expor-se a todo o tipo de dor, principalmente o da incerteza de agir corretamente e do medo de perder algo tão amado. Perder? Como? Não é nosso, recordam-se? Foi apenas um empréstimo.”
ResponderExcluir*José de Sousa Saramago (1922 – 2010) foi um escritor, argumentista, teatrólogo, ensaísta, jornalista, dramaturgo, contista, romancista e poeta português.