"Nenhum de vocês crê verdadeiramente até que deseje aos outros o que deseja para si mesmo." Maomé, fundador do Islamismo
Por Hermes C. Fernandes
O mundo ocidental tem assistido horrorizado às barbáries perpetradas pelo mais cruel grupo terrorista dos últimos tempos: o Estado Islâmico. Diferentemente de outras redes terroristas como a Al-Qaeda, o EI tem empregado recursos dramáticos na execução de prisioneiros, filmando e difundindo pelas redes sociais imagens de decapitações em massa, afogamentos e incinerações de prisioneiros confinados em gaiolas, homossexuais empurrados do alto de edifícios, além de destruição de sítios arqueológicos importantes. Tudo isso, somado ao radicalismo religioso de alguns grupos do Islã têm despertado ojeriza por parte das sociedades ocidentais.
Lembro-me de que pouco depois
dos atentados às Torres Gêmeas, fui visitar minha irmã Odília que morava em
Newark, cidade vizinha à Nova Iorque. Na manhã do ataque terrorista, ela tinha
uma entrevista de emprego lá, mas graças à providência divina, perdeu a hora.
Ao acordar, assistiu da janela do seu quarto à queda do World Trade Center.
Foram dias de muita apreensão por parte da minha família que não conseguia
contatá-la. Tão logo tive oportunidade, aproveitei minha ida à Flórida na
companhia de um amigo para esticar até Nova Iorque. Na fila para embarcar, enquanto
éramos minuciosamente revistados, mesmo depois de termos passado por detectores
de metais, notamos que um homem que usava um turbante árabe passou direto.
Todos na fila demonstraram preocupação com a cena seguindo-o indiscretamente
com os olhos. Naqueles dias, qualquer um que embarcasse num voo comercial usando turbante era
considerado um forte candidato a terrorista. Ao chegar na porta da aeronave,
aquele homem abriu o paletó e exibiu à tripulação sua insígnia. Era um agente do
FBI. Todos suspiraram aliviadamente. Mesmo assim, a tensão persistia. Durante
todo o voo, duas comissárias de bordo se alternavam ao microfone, brindando-nos
com um verdadeiro stand up comedy no afã de aliviar as tensões. Quando
avistamos os arranha-céus da Big Apple pela janela, a tensão aumentou
consideravelmente. Ninguém mais conseguia prestar a atenção nas comissárias. Bastou
que as rodas do avião tocassem no solo para que os passageiros irrompessem num
barulhento e demorado aplauso. Ufa! Havíamos sobrevivido.
Sinceramente, não queria estar
na pele de um muçulmano que morasse ou pretendesse visitar os Estados Unidos
naqueles dias.
Da última vez que morei com a
minha família nos Estados Unidos, entre os anos de 2009 e 2011, meus filhos
estudaram numa High School próxima de nossa casa em Lake Mary, na Flórida. Minha filha caçula, Revelyn, contou-me de sua preocupação com um colega
Iraniano que era hostilizado pelos colegas. Como se não bastasse sua religião e
nacionalidade, ele não sabia falar uma única palavra em inglês. Revelyn perguntou-me se haveria
algum problema se ela se propusesse a ajudá-lo. Senti-me orgulhoso por sua
iniciativa. Durante aquele período escolar, minha filha foi sua amiga e
incentivadora.
Ser muçulmano não significa
ser terrorista. Na verdade, ninguém deveria ser julgado por sua opção
religiosa, nacionalidade ou etnia.
Enquanto minha filha fez
amizade com um muçulmano, meu filho Rhuan fez amizade com uma jovem egípcia (bonita, por sinal), uma
cristã copta, de uma família extremamente austera. Lembro-me do constrangimento que
ele passou com o pai da menina ao visitá-la. Ele chegou em casa ofegante e
visivelmente assustado, dizendo que nunca mais queria passar por aquilo
novamente. O pai achou que ele queria pedi-la em namoro e praticamente o escorraçou
da casa.
Quando estávamos para voltar
para o Brasil, fizemos um Moving Sale, expondo nossos móveis e utensílios
domésticos em nossa garagem com o objetivo de vendê-los por preços módicos.
Nossa vizinhança era bem diversificada. Tínhamos vizinhos de várias partes do
mundo, e muitos deles vieram checar nosso material. Chineses, judeus, mexicanos, porto-riquenhos,
guatemaltecos e... egípcios. Isso mesmo. Aquela querida família encostou sua
van em frente à nossa garagem e veio nos visitar. Não vieram para se despedir, nem
para se desculpar pelo episódio em que meu filho foi escorraçado de sua casa, mas
para aproveitar as pechinchas. Pechinchar é uma prática comum neste tipo de
venda de garagem. Mas eles extrapolaram. O pai tinha um bloquinho nas mãos,
onde anotava tudo, perguntando o preço de cada item. No fim, ele somou os
valores e fez uma oferta bem inferior ao total. Tentei argumentar com ele, mas
não deu. Acabei vencido pela sua insistência. Ele arrematou boa parte de nossas
bugigangas. Até aí, tudo bem. Pelo menos nos livramos de tudo aquilo. O único
problema é que eles ficaram de voltar mais tarde para pagar. Já faz quatro anos
que retornamos ao Brasil e até agora, nada. Apesar do calote, eram cristãos
coptas, da mesma tradição religiosa daqueles cristãos que foram decapitados
pelo EI por não negarem sua fé em Jesus.
Jamais julgaria todos os
cristãos coptas do mundo por causa da atitude daquela família. Assim como não
julgo todas as igrejas brasileiras tomando por base algumas que usam os
veículos de comunicação de maneira agressiva e antiética.
Posso assegurar que a maioria
dos seguidores de Maomé não aprova o que tem sido feito em nome de sua fé por
grupos fundamentalistas radicais. São homens e mulheres de bem, zelosos de suas tradições e valores, que trabalham com afinco para garantir a subsistência de suas famílias.
Assim como há maus cristãos,
também há maus muçulmanos. Que direito temos de medir uns pelos outros?
Nem todo muçulmano é
terrorista, como nem todo pastor é um explorador da fé, e nem todo padre é
pedófilo. Cada um deve ser avaliado de per si. Pelos frutos conhecereis a
árvore, alertou-nos Jesus.
E quanto ao EI? Como deveríamos
nos posicionar quanto a esta milícia terrorista? Deveríamos pagar com a mesma
moeda?
O EI é para o Islã o que as
Cruzadas foram para o Cristianismo. Foram necessários séculos para que
alcançássemos um grau de civilidade que nos permitisse perceber o quão distante
estávamos daquilo que Jesus nos ensinara. E o que dizer da Santa Inquisição?
Quantos foram condenados por tribunais eclesiásticos, sendo torturados com
requinte de crueldade e queimados vivos por serem considerados hereges! Por que
digo isso? Para relembrar que temos telhado de vidro.
O Islamismo é uma religião bem
mais nova que o Cristianismo. Eu diria que é a caçula dentre as grandes religiões monoteístas. É inevitável que haja grupos sectários que não
entenderam bem a proposta de sua religião. Quando digo “não entenderam bem”,
estou afirmando que há muitas maneiras de se entender. Se nem a Bíblia está
imune a interpretações equivocadas, que dirá o Alcorão. O problema não é o
livro ou a religião em si, mas o estado do coração humano, carregado de ódio e
preconceito.
Para que o ciclo do ódio seja
quebrado, faz-se necessário apelarmos ao perdão, não à vingança.
Recentemente, foi criada a primeira
brigada cristã iraquiana com a tarefa de retomar as cidades e localidades
cristãs das mãos dos jihadistas do EI.
Os novos soldados marcharam e
saltaram sobre pneus em chamas diante de uma fileira de autoridades curdas e
assírias em Fishkabur, no nordeste do Iraque, lembrando cenas de produções
cinematográficas americanas.
Após a invasão americana de 2003, muitos cristãos iraquianos deixaram o país, enquanto outros preferiram
manter a discrição em um momento em que o país mergulhava na violência. Porém, alguns destes remanescentes decidiram tomar as
armas nos últimos meses, formando várias milícias cristãs.
Não demoraria muito para que,
imbuídos de um sentimento revanchista, as milícias cristãs se espelhassem em
seus próprios inimigos. No dia 28 de maio de 2015, um soldado cristão membro
das forças curdas decapitou um militante do EI na Síria. A decapitação do
jihadista teria sido um ato de vingança pela morte de centenas de cristãos
pelas mãos do EI, incluindo homens, mulheres e crianças. O soldado cristão
escolheu matá-lo usando o mesmo método brutal de execução que se tornou uma
marca do grupo terrorista, adicionando-se a isso o fato de ter sido obrigado a cavar a
própria cova antes de ser executado.
O Observatório Sírio dos
Direitos Humanos, uma ONG exilada, sediada no Reino Unido, destacou que há
muita discussão se “as ações do soldado cristão sírio não-identificado foram
corretas ou morais sob a ótica do cristianismo”. Ainda segundo o artigo
publicado pela ONG, se “o motivo da
decapitação foi uma vingança, o assassinato poderia ser interpretado como um
crime de guerra”.[1]
Quem diria...uma ONG tendo que aguçar nossa
consciência, lembrando-nos que condutas como esta destoam completamente do que
foi ensinado por Jesus.
Em abril de 2012, o polêmico pastor norte-americano Terry Jones queimou exemplares do Alcorão, além de uma representação do profeta Maomé para protestar contra a prisão do pastor Youcef Nadarkhani no Irã. O Pentágono veio a público pedir que o pastor reconsiderasse os atos, alegando que seu inconsequente protesto poderia prejudicar soldados americanos no Afeganistão. Em 2010, ele já havia ameaçado fazer o mesmo, mas foi dissuadido pelas autoridades. Como previsto, o insano protesto provocou uma onda de violência no Afeganistão e no Oriente Médio.
Em 11 de setembro de 2013, Terry Jones foi detido na Flórida antes de queimar 2.998 exemplares do Alcorão como protesto pela passagem do décimo segundo ano de aniversário dos atentados que derrubaram as Torres Gêmeas, matando número equivalente de pessoas.
Por favor, alguém avise a este pastor que se sua intenção é a de chamar a atenção para si, ele conseguiu. Mas como efeito colateral, ele só fez aumentar a animosidade entre o mundo islâmico e o "grande Satã" (maneira como alguns islâmicos radicais se referem aos EUA).
Em abril de 2012, o polêmico pastor norte-americano Terry Jones queimou exemplares do Alcorão, além de uma representação do profeta Maomé para protestar contra a prisão do pastor Youcef Nadarkhani no Irã. O Pentágono veio a público pedir que o pastor reconsiderasse os atos, alegando que seu inconsequente protesto poderia prejudicar soldados americanos no Afeganistão. Em 2010, ele já havia ameaçado fazer o mesmo, mas foi dissuadido pelas autoridades. Como previsto, o insano protesto provocou uma onda de violência no Afeganistão e no Oriente Médio.
Em 11 de setembro de 2013, Terry Jones foi detido na Flórida antes de queimar 2.998 exemplares do Alcorão como protesto pela passagem do décimo segundo ano de aniversário dos atentados que derrubaram as Torres Gêmeas, matando número equivalente de pessoas.
Por favor, alguém avise a este pastor que se sua intenção é a de chamar a atenção para si, ele conseguiu. Mas como efeito colateral, ele só fez aumentar a animosidade entre o mundo islâmico e o "grande Satã" (maneira como alguns islâmicos radicais se referem aos EUA).
Definitivamente, não precisamos de novas
cruzadas. Aliás, jamais precisamos delas. Em vez disso, carecemos de homens e
mulheres dispostos a levar a sério os ensinamentos de Jesus, permitindo que seu
amor extrapole as fronteiras religiosas.
Jamais nos esqueçamos de que,
na qualidade de seguidores de Cristo, “as armas de nossas milícias não são
carnais, mas poderosas em Deus para destruição de fortalezas” (2 Co. 10:4). Portanto,
em vez de balas, bombas, espadas, nosso arsenal é composto de amor, perdão,
acolhimento e oração. As fortalezas contra as quais marchamos são as do
preconceito, do ódio, do desamor e de tudo aquilo que atenta contra a dignidade
humana.
Em meio a tanto ódio, sempre
nos surpreendemos com lampejos de amor.
No primeiro dia de fevereiro
de 2011, o mundo foi impactado por uma foto postada no twitter em que cristãos
coptas do Egito faziam um cordão de isolamento para proteger os muçulmanos em
sua hora de oração em plena Praça Tahrir no coração da cidade do Cairo.
Milhares de egípcios saíram às ruas para protestar contra o governo, sendo
duramente recebidos por forças policiais. Chegada a hora em que os muçulmanos
tradicionalmente se ajoelham em direção a Meca para orar, os cristãos presentes
ao protesto formaram uma corrente humana para protegê-los dos cassetetes da
polícia.
São exemplos como este que nos
fazem voltar a ter esperança no convívio pacífico entre os homens.
Estes cristãos coptas
decidiram viver o mandamento de Jesus às últimas consequências. Cada golpe que
levavam nas costas para proteger os membros de uma religião considerada rival
fazia-os lembrar das palavras de Jesus: “Amai-vos uns aos outros...”
Pouco mais de dois anos
depois, em agosto de 2013, muçulmanos se uniram aos cristãos para protegerem
suas igrejas de serem destruídas. Naqueles turbulentos dias, dezenas de igrejas
e escolas, além de casas e lojas pertencentes a cristãos foram atacados no
Egito por um grupo chamado Irmandade Muçulmana. Em um dos ataques, membros
deste grupo jogaram coquetéis molotovs num
centro comunitário cristão que ajuda crianças de rua, sejam elas cristãs ou
muçulmanas. Apesar de ninguém ter ficado ferido, este ataque causou consternação
entre muçulmanos e cristãos. Depois deste ataque, uma multidão formada por
pessoas de ambas as religiões dirigiu-se a uma igreja para impedir que fosse
depredada. Esta atitude desencadeou uma onda do bem em que cristãos e
muçulmanos se uniram para apagar incêndios em igrejas ou conter ataques em
outras cidades. Vigílias eram feitas ao redor de templos cristãos para impedir
que fossem depredados.
Não precisamos concordar em tudo para que somemos esforços
pelo bem comum. Mas, por mais constrangimento que possa causar em alguns, o
fato é que muçulmanos e cristãos têm mais em comum do que a maioria esteja disposta
a admitir.
O Deus a quem veneram é
identificado como o mesmo que revelou-se a Abraão. "Allah" é simplesmente a palavra árabe para "Deus" (que também não é nome próprio). Basta pegar uma Bíblia ou Torá escritas em árabe, para constatar isso. É interessante reparar que o som da palavra hebraica "El" (de onde provém "El Shaday" e outros nomes compostos usados pelos hebreus em referência a Deus), assemelha-se mais ao som da palavra "Allah" do que o vocábulo português "Deus", que por sua vez se origina do vocábulo grego "Théos" usado fartamente nas epístolas paulinas. Isso se deve ao fato de que tanto o árabe, quanto o hebraico e o aramaico serem línguas semitas. Os hebreus comumente se referiam a Deus como "Eloha" ou em sua forma majestática "Elohim". Alguns acreditam que a palavra "Allah" seria uma corruptela de "Eloha."[2]
Apesar de judaísmo, cristianismo e islamismo terem conceitos diferentes acerca de Deus, eles O identificam como o Criador dos céus e da terra, sendo considerados "Fés Abraâmicas". Tanto judeus quanto muçulmanos, por exemplo, rejeitam as crenças cristãs da Trindade e da Encarnação Divina.
Mesmo que não reconheçam a divindade de Jesus, prezam-no
como o Messias[3] e um
grande profeta. Seu respeito por Ele é tamanho, que cada vez que pronunciam o
Seu nome, repetem a frase “Que a bênção e a paz de Deus estejam sobre ele”. Entre
muitas coisas, eles creem em Seu nascimento virginal, nos milagres descritos
nos evangelhos, em Sua ascensão ao céu e em Seu retorno no último dia. Eles
também creem que não serão os únicos a serem salvos, “mas também os seguidores
de outras religiões divinas e monoteístas quando praticam e seguem as suas
doutrinas autênticas e puras as quais foram reveladas aos profetas Moisés e
Jesus filho de Maria.”[4]
e Obviamente que temos inúmeras diferenças que não podem ser desprezadas.
Todavia, isso não nos impede de amá-los e respeitá-los em sua própria fé.
Uma das coisas que mais aborrecem a comunidade islâmica é o
desrespeito à figura de Maomé, seu profeta. É difícil para um muçulmano
compreender a razão pela qual Maomé tem sido execrado pelos cristãos, enquanto
eles fazem questão de honrar a figura de Jesus.
Alguns mais radicais demonstram ser capazes de qualquer
coisa para vindicar a honra de seu profeta. Não admitem brincadeiras,
piadinhas, caricaturas envolvendo aqueles que consideram o mais importante
porta-voz de Deus para a humanidade.
Mesmo sendo irrestritamente a favor da liberdade de
expressão, penso que deveríamos, ao menos, respeitar a sua devoção e evitar
profanar o que lhes é tão caro. Não é porque estamos acostumados a ouvir piadinhas
envolvendo a nossa fé que vamos nos achar no direito de fazer o mesmo com a fé
alheia.
O que o mundo espera de nós é que sejamos coerentes com
aquilo que Jesus nos legou. “Nisso conhecerão que sois meus discípulos”,
afirmou, “se vos amardes uns aos outros.”
Somente um choque de amor poderá evitar um choque de
civilizações.[5]
Enquanto muitos cristãos preferem manter distância do mundo islâmico, temendo por sua vida, ou por puro preconceito, um número crescente de muçulmanos tem se convertido a Cristo através de sonhos. De acordo com Karel Sanders, missionário cristão na África do Sul, 42% dos recém convertidos entre africanos muçulmanos vieram a Cristo através de sonhos e visões. O fenômeno também tem ocorrido entre outras comunidades muçulmanas, como os Tausugs nas Filipinas, onde muitos fiéis relataram ter visto Jesus em seus sonhos após o Ramadã (mês em que os muçulmanos praticam um ritual de jejum). Há relatos no Iraque, na Turquia, no Turcomenistão e Quirguistão.
O mesmo Jesus que apareceu a Saulo de Tarso no caminho de Damasco, segue se manifestando pelo mundo afora, sem respeitar nossas convenções e conveniências.
Talvez isso seja um recado claro à igreja, de que o mundo islâmico tem grande importância para Cristo. Mas para apresentar-lhes o evangelho, temos antes que aprender a amá-los, compreender suas tradições, despojando-nos de nossos preconceitos e receios.
O mesmo Jesus que apareceu a Saulo de Tarso no caminho de Damasco, segue se manifestando pelo mundo afora, sem respeitar nossas convenções e conveniências.
Talvez isso seja um recado claro à igreja, de que o mundo islâmico tem grande importância para Cristo. Mas para apresentar-lhes o evangelho, temos antes que aprender a amá-los, compreender suas tradições, despojando-nos de nossos preconceitos e receios.
[1] http://www.ebc.com.br/observatorio-sirio-dos-direitos-humanos
[2] A palavra Alá está na origem de algumas palavras do português como "oxalá" (w[a]
shā-llāh, "queira Deus"), "olá",
"olé" (w[a]-llāh, "por Deus") e "hala" (yā-llāh,
"oh, Deus").
[3] Alcorão: 5:75
Caríssimo Hermes. Tava adorando teu texto, ia compartilhá-lo, quando cheguei ao final e me senti incomodado- afinal, saltou aos olhos tua intenção de "converter" os muçulmanos. Melhor seria se adotasse a posição do "cada um no seu quadrado". Diz o Corão: "Não há imposição quanto à religião" (2:256), afinal, "já se destacou a verdade do erro" (idem). Não há imposição. Não temos todos livre-arbítrio? Pois então. E, diante dos renitentes, simplesmente que seja dito: "Vós tendes a vossa religião e eu tenho a minha" (109:6), e Deus que julgue. Bola pra frente. Abraços, :)
ResponderExcluirNa Sura ou Surata 9 do Corão ( já que Al é artigo definido) há um mandamento para que se anuncie o Deus único a todos, os idólatras, contudo, cristãos e judeus, não eram considerados cv como tal. Por isso, não haveria necessidade de pregar para eles, pois conheciam o Deus verdadeiro. Contudo, se os idólatras rejeitassem o Deus verdadeiro deveriam ser mortos.
ResponderExcluirQuando o Estado Islâmico resolve matar alguém e sempre sob esse argumento.
Na mesma Surata mencionada acima está escrito: Se algum idólatra procurar a tua proteção, ampara-o, para que escute a palavra de Allah e, então, escolta-o até que chegue ao seu lar, porque (os idólatras) são ignorantes. (9ª surata, 6ª linha)
ResponderExcluirHermes.
ResponderExcluirVocê é a favor de ações militares para frear o Estado Islâmico ou o amor é suficientemente capaz de fazer eles pararem com as atrocidades que cometem mundo afora?