Depois de enfrentar uma fila que não andava, fui informado que o carro que a agência havia alugado para mim era uma espécie de micro-ônibus, bem ao estilo do furgão do Scoobydoo. Sem conforto, feio e grande. Por mim, tudo bem. O importante é que era espaçoso, comportando bem tanto nós, quanto a bagagem. Mas pra minha surpresa, fui informado que aquele tipo de veículo exigia que eu pagasse um seguro extra. Disso, não gostei. A atendente me explicou que era melhor eu trocar por um carro menor e mais confortável, pagando um pouco mais, porém, sem ter que pagar o tal imposto. Ok, você venceu! Eu estava tão exausto, que não dava pra argumentar.
Ao abrir o carro, percebi que a chave de ignição era totalmente diferente daquilo com que estou acostumado. Não conseguia ligar o carro por nada. - Será que a chave está errada? indaguei.
Vi que uma família estava entrando em um carro parecido ao lado do meu, tomei coragem, e aproveitei para exercitar um pouco mais meu inglês. Perguntei ao chefe da família se ele sabia como ligar a ignição. Pra minha surpresa, a chave deveria ser colocada pelo lado inverso na ignição. Nunca vi uma coisa dessas. Que vergonha!
Saímos de lá com uma vaga idéia de onde era o hotel onde passaríamos a primeira noite em Miami, pra no outro dia seguirmos viagem de carro até Orlando, nosso destino final.
O problema é que nossa agente de turismo se esqueceu de me enviar o endereço. Eu sabia apenas o nome do hotel, e achava que seria fácil localizá-lo.
Rodamos pela Ocean Drive e pela Collins em South Miami Beach por mais de uma hora e meia, e nada.
Já havia passado da meia-noite, as crianças morrendo de fome e exaustas, e cadê o tal do hotel?
Um taxista brasileiro nos deu informação equivoca. Um funcionário de um hotel nos enviou por um caminho de quarenta quadras, e quando chegamos, o que encontramos foi um prédio abandonado. Que raiva! Mas ao lado do prédio vazio, havia um hotel. Pedi informações, e um moço muito educado me permitiu entrar na internet e verificar se encontrava o endereço lá.
Só então, dei-me conta de que eu já havia passado pelo tal hotel várias vezes, porém, não o havia notado porque procurava pelo nome incompleto.
Quando chegamos ao hotel, já era por volta de 1 hora da manhã. Não bastasse tudo isso, fui informado que não havia vaga no estacionamento do hotel, e que eu deveria recorrer a um estacionamento público há duas quadras dali. Tudo bem, eu mereço! Subimos com as malas, deixamos Tânia e as meninas no quarto, e saímos, eu e Rhuan, atrás do estacionamento.
De meia-noite à 9h. da manhã, o estacionamento era gratuito. Mas a partir das 9, tínhamos que pagar 1,25 dólar por hora. Isso significava que eu não poderia dormir um pouco mais, como planejara, depois de ter passado a noite anterior inteira acordado.
Caí na cama como uma pedra. Levantei-me cedo, e fui com o Rhuan pagar o abençoado estacionamento. Que bom que não precisei pagar por mais de uma hora, pois antes das 10h. já estávamos deixando Miami, e pegando a estrada para Orlando.
Amanhã conto mais.
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