sábado, abril 25, 2009

0

Diário de bordo 2

Deixamos o aeroporto de Miami em um ônibus da locadora de carro Alamo. O motorista se mostrou muito atencioso comigo, preterindo outros passageiros para me ajudar a colocar as malas no ônibus. O que não podia imaginar é que por trás daquele gesto havia o interesse de uma boa gorjeta. Quando disse que não tinha trocados, ele respondeu que podia trocar pra mim. Meio sem graça, tirei uma nota de 50, esperando que ele me devolvesse 45. Em vez disso, me devolveu 40. Tudo bem, as malas estavam pesadas.

Depois de enfrentar uma fila que não andava, fui informado que o carro que a agência havia alugado para mim era uma espécie de micro-ônibus, bem ao estilo do furgão do Scoobydoo. Sem conforto, feio e grande. Por mim, tudo bem. O importante é que era espaçoso, comportando bem tanto nós, quanto a bagagem. Mas pra minha surpresa, fui informado que aquele tipo de veículo exigia que eu pagasse um seguro extra. Disso, não gostei. A atendente me explicou que era melhor eu trocar por um carro menor e mais confortável, pagando um pouco mais, porém, sem ter que pagar o tal imposto. Ok, você venceu! Eu estava tão exausto, que não dava pra argumentar.

Ao abrir o carro, percebi que a chave de ignição era totalmente diferente daquilo com que estou acostumado. Não conseguia ligar o carro por nada. - Será que a chave está errada? indaguei.

Vi que uma família estava entrando em um carro parecido ao lado do meu, tomei coragem, e aproveitei para exercitar um pouco mais meu inglês. Perguntei ao chefe da família se ele sabia como ligar a ignição. Pra minha surpresa, a chave deveria ser colocada pelo lado inverso na ignição. Nunca vi uma coisa dessas. Que vergonha!

Saímos de lá com uma vaga idéia de onde era o hotel onde passaríamos a primeira noite em Miami, pra no outro dia seguirmos viagem de carro até Orlando, nosso destino final.

O problema é que nossa agente de turismo se esqueceu de me enviar o endereço. Eu sabia apenas o nome do hotel, e achava que seria fácil localizá-lo.

Rodamos pela Ocean Drive e pela Collins em South Miami Beach por mais de uma hora e meia, e nada.

Já havia passado da meia-noite, as crianças morrendo de fome e exaustas, e cadê o tal do hotel?

Um taxista brasileiro nos deu informação equivoca. Um funcionário de um hotel nos enviou por um caminho de quarenta quadras, e quando chegamos, o que encontramos foi um prédio abandonado. Que raiva! Mas ao lado do prédio vazio, havia um hotel. Pedi informações, e um moço muito educado me permitiu entrar na internet e verificar se encontrava o endereço lá.

Só então, dei-me conta de que eu já havia passado pelo tal hotel várias vezes, porém, não o havia notado porque procurava pelo nome incompleto.

Quando chegamos ao hotel, já era por volta de 1 hora da manhã. Não bastasse tudo isso, fui informado que não havia vaga no estacionamento do hotel, e que eu deveria recorrer a um estacionamento público há duas quadras dali. Tudo bem, eu mereço! Subimos com as malas, deixamos Tânia e as meninas no quarto, e saímos, eu e Rhuan, atrás do estacionamento.

De meia-noite à 9h. da manhã, o estacionamento era gratuito. Mas a partir das 9, tínhamos que pagar 1,25 dólar por hora. Isso significava que eu não poderia dormir um pouco mais, como planejara, depois de ter passado a noite anterior inteira acordado.

Caí na cama como uma pedra. Levantei-me cedo, e fui com o Rhuan pagar o abençoado estacionamento. Que bom que não precisei pagar por mais de uma hora, pois antes das 10h. já estávamos deixando Miami, e pegando a estrada para Orlando.

Amanhã conto mais.

Nenhum comentário:

Postar um comentário