terça-feira, dezembro 10, 2013

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MANDELA - Um poema



Foi necessária a solidão de uma cela
p’ra que o mundo inteiro desse trela
à injustiça contra a qual se rebelou

Seu semblante sereno revela
uma alma sem mágoa ou sequela
de alguém que a seus algozes perdoou

A humanidade é tal qual uma aquarela
E a justiça tão sonhada nos nivela
Sem importar-se com o credo, raça ou cor

O seu grito nos abriu porta e janela
Convocou cada um dar sua parcela
P’ra cessar todo lamento, toda dor

De um sistema empurrado pela goela
Preconceito que maltrata e flagela
Capaz de qualquer coisa pra se impor

Só o amor todo ódio desmantela
Mesmo frágil como chama de uma vela
Traz a paz e desfaz o vil terror

Sua luta o elevou a sentinela
Sua voz não se calou, soa tão bela
E ecoará denunciando o rancor


Autor: Hermes C. Fernandes em 10/12/2013 
Dia do Funeral de Nelson Mandela

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