Não repare minha
voz estar fanha
Se algo me engasga
e embarga
Nem me encare, pois
o trauma me acanha
O que era doce me
rasga e amarga
Quero expor o que
quer que eu tenha
Dar à luz, pois
minh’alma está prenha
Sensatez naquele
que sonha
cede a vez à dor e
a vergonha
Não importa o que
se proponha
Travesseiro perdeu
sua fronha
Se quer me
encontrar, então venha
Se vai me acessar,
eis a senha
Mas para conter a avalanche
O perdão em vez da
revanche
Se custou pra
montar, não desmanche
Se já está limpo,
não manche
Perdoe-me se te
insulto
Se exponho o que
estava oculto
Do que vale se
tudo te estranha
Se nem tua
superfície arranha
Só há cura se a
ferida é exposta
Se o amor for além
da aposta
Hermes C. Fernandes em 27/07/2013
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