sábado, julho 27, 2013

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AVALANCHE - Um poema


Não repare minha voz estar fanha
Se algo me engasga e embarga
Nem me encare, pois o trauma me acanha
O que era doce me rasga e amarga
Quero expor o que quer que eu tenha
Dar à luz, pois minh’alma está prenha
Sensatez naquele que sonha
cede a vez à dor e a vergonha
Não importa o que se proponha
Travesseiro perdeu sua fronha
Se quer me encontrar, então venha
Se vai me acessar, eis a senha
Mas para conter a avalanche
O perdão em vez da revanche
Se custou pra montar, não desmanche
Se já está limpo, não manche
Perdoe-me se te insulto
Se exponho o que estava oculto
Do que vale se tudo te estranha
Se nem tua superfície arranha
Só há cura se a ferida é exposta
Se o amor for além da aposta

Hermes C. Fernandes em 27/07/2013

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