Por Hermes C. Fernandes
Hoje, depois de deixar minha irmã e sobrinha na ABBR no Rio de Janeiro, aproveitei para caminhar um pouco no Jardim Botânico. Faz mais de trinta anos, desde a primeira e última vez que visitei o parque. Por quase uma hora e meia fiquei extasiado com a variedade de plantas (árvores, flores, arbustos) que faz dele um dos maiores jardins botânicos do mundo. Nele podem ser observadas cerca de 6 500 espécies (algumas ameaçadas de extinção), distribuídas por uma área de 54 hectares, ao ar livre e em estufas.
A sua origem remonta à transferência da corte portuguesa para o Brasil, entre 1808 e 1821, que fugia da ameaça da invasão de Portugal por parte das tropas de Napoleão Bonaparte. Encantado com a exuberância da natureza do lugar, Dom João VI instalou o jardim a 11 de outubro de 1808, que recebeu o nome de Real Horto. Aberto à visitação pública após 1822, o Jardim teve muitos visitantes ilustres: Einstein, a Rainha Elisabeth II do Reino Unido e muitos outros.
Não há como ficar indiferente à beleza do lugar. Espantou-me o fato de que a maioria dos visitantes que lá encontrei era estrangeira, excetuando as caravanas de alunos em excursões patrocinadas por escolas da cidade.
Enquanto caminhava por uma trilha erma, resolvi orar. Agradeci a Deus pela vasta variedade de Suas obras. Percebi que em cada árvore havia uma placa com o seu nome. Imaginei como deve ter sido batizar tantas plantas. Lembrei-me de quando Deus deu a Adão a missão de catalogar a criação. Nascia aí a ciência. Muito antes da Queda, diga-se de passagem. Todavia, o homem não deu conta de dar nome a tantos bichos e plantas. A criação continua a desfilar ante os atentos olhos de Adão.
Quase em êxtase, enquanto louvava e tentava compor uma canção ao som dos pássaros, recordei-me do Salmo que diz:
“O Senhor, quão variadas são as tuas obras! Todas as coisas fizeste com sabedoria; cheia está a terra das tuas riquezas.” Salmos 104:24
Foto tirada por mim |
Que pretensão achar que nós, humanos, seremos a única espécie a desfrutar da eternidade. Imaginem... um céu sem tucanos, sabiás, pica-paus, palmeiras, abacateiros, pau-brasil... Ainda bem que não é isso que a Bíblia diz. Não seremos fantasminhas habitando um céu etéreo, anjinhos tocando harpas entre as nuvens de algodão... seremos humanos, caminhando numa nova terra, que nada mais é do que esta terra completamente restaurada.
A nova terra é, por assim dizer, o remake do paraíso perdido pelos primeiros humanos. Árvores, frutos, flores, aves, répteis, insetos, feras, gatos e cães... todos os seres que respiram ou fazem fotossíntese estarão lá. Ninguém poderá faltar. Deus vai chama-los pelo nome, tal qual o professor quando faz a chamada dos alunos na classe.
Eu também estarei lá... e você?
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