Por Julio Zamparetti
Mais uma catástrofe e mais gente se imbui de anunciar o fim do mundo. Não sei quantos fins ainda serão anunciados, mas sei que os mercados faturam alto com essa especulação. O mercado cinematográfico fatura milhões de dólares ocupando, provavelmente, o segundo lugar no ranking mundial. Sim, possivelmente, o segundo lugar, porque estou convencido de que quem fatura mais alto é o mercado religioso.
Até mesmo seguimentos equilibrados do meio religioso, ultimamente, têm se rendido ao frisson do apelo sensacionalista que arrasta milhares de pessoas ao redil da religiosidade pela promessa de segurança em meio ao caos. Neste ínterim, a fim de que a religião seja sempre mais útil, faz-se necessário que a tragédia seja tanto maior. É nesse ponto que muitos religiosos caem na falácia de presumirem que quanto pior, melhor.
Não quero, aqui, fazer pouco caso dos problemas ambientais e das catástrofes que têm aterrorizado nosso planeta. Por outro lado, não posso me valer disso para constranger alguém a apegar-se à religião. O que posso dizer é que catástrofes naturais são naturais, por mais catastróficas que sejam. Sempre foi assim e continuará sendo assim, enquanto a Terra estiver viva. Deveríamos, sim, nos preocuparmos se a terra estivesse parando seus movimentos geológicos. Isso seria terrível, pois presumiria a morte do planeta.
O que não é natural é que tanta gente aproveite do sofrimento alheio para se enriquecer. Nesta semana, em meio à tragédia dos terremotos e a tsunami no Japão, já ouvi pregadores de renome internacional anunciando em tom profético que “isso é só o começo”; que “catástrofes muito maiores sobrevirão ao nosso planeta”. E eu pergunto: onde fica o Espírito de consolação, restauração e esperança que permeia a mensagem de Jesus Cristo e seus apóstolos?
Não venham me dizer que Jesus anunciou o fim do mundo. Somente neófitos caem nessa. O mundo do qual Jesus anunciou o fim, em Mateus 24 e Lucas 22, no texto original é aions que significa tempo, era, período, daí muitas versões o traduzirem por século em vez de mundo. Jesus estava anunciando o fim de um tempo em que os rudimentos que regiam a religiosidade e os valores humanos dariam lugar aos novos rudimentos de sua graça. Conforme o próprio Messias, isso ocorreria ainda naquela geração (Mt.24:34), e de fato aconteceu. Esses novos rudimentos são baseados no amor, na simplicidade, na reconciliação, na misericórdia e no compromisso de ser solidário para com todos que sofrem.
Não sei explicar o sofrimento humano, nem a causa de tanto terror, não quero justificar Deus, nem creio que Deus precise ser justificado. Só sei que a história nos ensina que somos capazes de superar nossas limitações e aprender em meio às dificuldades; somos aptos a recomeçar, reconstruir e sairmos das provações ainda mais fortalecidos. Portanto, prefiro ser grato a Deus que nos concede repensar nossa própria vida, nossa história, nossa espiritualidade, refletirmos sobre nosso ativismo e apego material, e exercitar a solidariedade e o espírito de consolação mútuo.
Enquanto o fim não vem, que fique longe o fim. Que haja lugar para a esperança. Que seja cada vez mais presente o amor fraternal, o espírito solidário e a força para recomeçar. Assim somos humanos, como Cristo foi; fazendo um mundo melhor, como Ele fez.
Eu concordo. Não sei se estou correta, mas quando alguem vem me perguntar do fim do mundo alegando o Apocalipse e tudo mais, digo apenas para que a pessoa se preocupe com o amor de Deus pelo mundo. Prefiro falar do amor à condenação.
ResponderExcluirJulio descordo plenamente com vc.
ResponderExcluirNaturamente em alguns lugares os terremotos são constantes, na Itália, Hawai, Israel, Japão etc. Uns porque estão perto de vulcões e outros pelo solo. Fora a furia do mar.
Mas isto está piorando devido a terra não mais suportar, os maus tratos do homem.
Desmatamento em grande escala, poluição dos rios e mares, poluicão de gáses carbônicos de carros e industrias, e etc.
Fora um iceberg do tamanho de dois países enormes que está vindo para o Brasil, isto é comprovado.
Isto acarrentou, e está acontecendo devido o tamanho imenso da camada de ozónio que não tem mais reversão, científicamente, o pior pode acontecer na terra.
O sol vai esquentar assustadoramente, que quase será possível viver nesta terra.
Em Isáiais 30. 26 diz: E será a luz da lua como a luz do sol, e a luz do sol, sete vezes maior e...
Leiam o livro de Isaías 30.
Isto quem falou foi foi a Palavra de Deus e os cientistas que não querem mais ficarem calados, e os dessastres acontecendo e milhares de pessoas morrendo.
Sabendo que o pior há de vir.
Lembrem-se, poucos dias atrás teve um tornado em Santa Catarina, e está para vir para o Brasil um tornado de última escala o mais terrível e destruidor.
Quando isto acontecer vcs lembraram do que eu disse.
Em Mateus 24.34 que o irmão referiu diz: Em verdade vos digo que não passará esta geração sem que todas essas coisas aconteçam.
"Esta geração" pode referir-se à geração que presencia a intensificação dos sinais gerais dos tempos; Mt 24.4,14, que terminam com sinais da tribulação; Mt 24.5. Ou pode referir-se ao povo judaico como raça, que pemaneceu distinta até hoje.
"Todas essas coisas" refere-se a todos os sinais que ocorrerão durante a tribulação;
Mt 24. 15,29.
O sinal principal é a "abominação da desolação".
À medida que os eventos proféticos se sucedem, os fiéis da tribulação examinando as Escrituras verão todas estas coisas e saberão que o Senhor está "próximo, às portas; Mt 24.33.
Então, isto não é história de carochinha, é o que vai acontecer.
O sinais indicam que Jesus Cristo está as portas para levar o seu povo ao lar celestial, mas ainda não será o fim do mundo.
Isto tudo tem que acontecer para que se manifeste o anticristo e a besta.
Concordo com Lòis. Tmb nao é sensato iludir o mundo com falsas esperanÇas! O mundo caminha para a destruiÇao e msm depois d ver as conseqüencias d nao cuidar e manter o que Deus deu, ainda continuam cometendo os msms erros ambientais e sociais. Isso tmb é pecado! Assim a destruiÇao é conseqüencia e fato!
ResponderExcluirse me permitem comentar, lois e priscila, vcs não entenderam o artigo, não nos preocupamos com o fim, estamos procurando ter esperanças de um mundo melhor, e olha que se vcs estudaream historia e sociologia irão verificar que os indices de violencia cairão assustadoramente e que a sociedade ficou mais sensivel a isto. Não? duvidam. na epoca medieval por exemplo,a violencia era rotina e a morte era constante. Fim do mundo apenas alimenta que não tem mais esperança, que não tem esperança, morre e assim não há igreja.
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