segunda-feira, novembro 22, 2010

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Conferência de Líderes nos EUA



Rev. Jonathas Moreira e eu.
Desta vez, não me atrevi a pregar sem um intérprete
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No último sábado, dia 20 de novembro, fui preletor convidado de uma conferência de líderes cristãos americanos afro-descendentes (Leadership Summit). A conferência aconteceu no Palm Beach Convention Center entre os dias 17 de 20 na sofisticada cidade de West Palm Beach, Flórida.

Foi sobremodo gratificante assistir aos preletores que lá estiveram, como também às apresentações de dança e música. Entre os palestrantes, estavam Dr. Joel Laurore de Tulsa, Oklahoma, Dra. Cheryl Philipps de Washington DC, William Harrel Jr. do Harlem, New York, Dr. Haywood Nicholas Williams de Riviera Beach e Pra. Linda Collymore de West Palm Beach. As apresentações musicais dispensam comentários. Não há como não se emocionar com a musicalidade negra americana. Os corais nos fazem arrepiar até o último fio de cabelo.

Já havia estado em igrejas afro-descendentes antes, mas já fazia muitos anos. A maneira como eles participam da pregação é simplesmente ímpar. Quem não está acostumado se assusta ao ver o pregador sendo interrompido com gritos do tipo “É isso aí, pregador!”, “vamos lá… queremos mais…”. Sem qualquer cerimônia, eles se levantam, miram seus olhos, e dizem: “Come on, preacher!”

Confesso que sempre tive certa resistência à ideia de igrejas étnicas. Eu era praticamente o único branco lá. Mas em nenhum momento fui discriminado. Todos me acolheram com tanto amor. Fiquei pensando que talvez a provisão de Deus tenha permitido tal ‘segregação’, para que o tesouro cultural do qual eles são guardiões jamais se perdesse. A maneira como adoram ao Senhor é tão peculiar, que certamente correria o risco de se dissolver numa igreja  multicultural.

Num certo momento, não pude conter as lágrimas enquanto os ouvia cantar no estilo conhecido como “spiritual”. Imaginei o background de onde emergiu toda essa inspiração. O sofrimento nos barcos negreiros. As injustiças da escravidão. O preconceito do qual ainda hoje são vítimas.

Ao lado da Pra. Collymore e do Bispo Haywood Williams
Senti-me privilegiado, não apenas por ter sido convidado como preletor do evento, mas também por ter assistido àquele espetáculo de amor a Cristo. Coincidentemente, o dia selecionado para mim foi justamente aquele em que se comemora no Brasil o Dia da Consciência Negra. Abaixo uma 'amostra grátis' da genuína música gospel:

2 comentários:

  1. Olá Pr. Hermes Fernandes,

    Parabéns pela participação em tão importante evento. Com certeza foi uma porta aberta pelo Senhor!

    Isso glorifica ao Eterno e honra a Igreja brasileira.

    Um grande abraço!

    Pr. Carlos Roberto

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  2. Obrigado, Pr. Carlos Roberto!

    Sinto-me honrado por tão grande privilégio. Servir à igreja de Deus, independente de nacionalidade, etnia, denominação, etc.

    Forte abraço!

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