sexta-feira, agosto 24, 2012

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Desmacarando a maior mentira que se infiltrou no Cristianismo atual




Por Hermes C. Fernandes


Segundo o diagnóstico dos reformadores do século XVI, o problema central do ser humano era a justiça própria. Foi a partir dessa conclusão, que eles estabeleceram a “Justificação pela fé” como a bandeira principal do cristianismo protestante.

Se fosse possível ao homem salvar-se mediante boas obras, isso retroalimentaria seu orgulho, cativando-o para sempre em um ciclo do pecado. Somente a graça seria capaz de romper com este ciclo, pois a mesma seria um golpe desferido por Deus no orgulho humano, salvando-o de si mesmo.

Embora concorde com as doutrinas defendidas pelo protestantismo histórico, acredito que houve um erro de diagnóstico. O problema humano não repousa sobre a justiça própria. Na verdade, a justiça própria equivale a um remédio errado que foi ministrado em cima de um sintoma.

Sabemos, pelas Escrituras, que o problema humano se chama “pecado”. Ainda que o conceito seja exclusivo das religiões originárias em Abraão (Judaísmo, Cristianismo e Islamismo), todas as outras religiões concordam que alguma coisa esteja errada com o ser humano. E todas elas, exceto o cristianismo bíblico, acreditam que o remédio para isso é a justiça própria. Para superar sua alienação espiritual, o homem teria que praticar boas obras, que expressassem seu senso de justiça e retidão.

De acordo com as Escrituras, nossas boas obras são como trapos de imundícia (Is.64:4). Era assim que se chamava o pano usado pelas mulheres para conter o fluxo menstrual. Em outras palavras, nossas boas obras são uma tentativa inútil de conter nossa hemorragia espiritual. E por melhores que sejam, estão sempre manchadas pelo nosso pecado. Por isso, a salvação não poderia ser pelas obras, pois elas estariam manchadas pelo nosso orgulho e vaidade.

Quando os reformadores se aperceberam disso, resolveram combater a justiça própria, mostrando aos homens que a única maneira de serem salvos é confiar na justiça divina, demonstrada na Cruz, onde Cristo recebeu nossos pecados e suas conseqüências, e nos imputou Sua justiça e santidade. Aos olhos de Deus, tornamo-nos justos, a despeito de nossas obras, quando reconhecemos nossa bancarrota, e nos fiamos na justiça de Seu Filho Jesus. É pela fé, e tão somente por ela, que Sua justiça é computada em nossa conta.

Até aí, tudo bem. Não há o que rebater. Basta ler Romanos, Gálatas, e toda a Bíblia, para dar-se conta de que a justificação pela fé é uma doutrina imprescindível e inegociável.

A Justificação pela Fé estanca a hemorragia provocada pelo pecado, mas não nos cura de nossa anemia.

É importante combater a justiça própria, pois ela nada mais é do que um placebo, um “me-engana-que-eu-gosto”. É importante estancar a hemorragia, em vez de tentar contê-la com boas obras. Mas acima de tudo, é importante restaurar a saúde espiritual do ser humano. E pra isso, tem-se que combater o pecado. E o que seria o “pecado”?

Ora, o termo “pecado” significa “errar o alvo”. Mas acerca de quê alvo estamos falando? Qual o alvo original estabelecido por Deus à criatura humana?

Essa resposta pode ser encontrada nos dois principais mandamentos de Deus. Eles se constituem no alvo de nossa existência.
“...Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento. Este é o primeiro e grande mandamento. O segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos depende toda a lei e os profetas” (Mt.22:37-40).
Eis o alvo! Fomos feitos para o amor. E o alvo deste amor é Deus, e, por conseguinte, nossos semelhantes. Porém, ao cair, o homem desvirtuou o alvo, e introduziu um novo alvo: seu próprio eu.

Quem disse que Deus ordenou que o homem amasse a si mesmo? O amor próprio é a essência do pecado. É o próprio pecado. Deus jamais nos ordenaria que pecássemos. Ao dizer que deveríamos amar a nosso próximo como a nós mesmos, ele não está endossando o amor próprio, mas condenando-o. Com efeito, Ele disse: O amor que vocês nutrem por si mesmos, devem dedicar aos outros em vez de a si. O “amor próprio” aqui entra apenas como um referencial, e não como algo louvável e que deva ser estimulado.

As religiões aparam os ramos, e eles continuam a frutificar. O golpe desferido pelos reformadores atingiu o tronco da árvore, e não a sua raiz. Urge desferirmos um golpe na raiz da árvore, o amor próprio.

Todos os pecados têm no amor próprio seu ponto de partida.

Por exemplo: a mentira. Geralmente, a mentira visa a auto-promoção ou a auto-preservação. O indivíduo mente para promover-se, exagerando em seus dotes, enfatizando suas proezas. Ou mente para proteger-se. Portanto, a mentira é filha do amor próprio.

E o adultério? Quem se entrega a uma relação adúltera busca por auto-satisfação, sem importar com a dor que causará ao seu cônjuge e filhos.

Auto-promoção, auto-preservação e auto-satisfação são os principais alvos estabelecidos pelo amor próprio.

Há ainda a filha caçula do amor próprio, a auto-estima, um nome mais sofisticado para o velho orgulho. E há ainda o sobrinho do amor próprio, a auto-ajuda, tão em voga em nossos dias. Em vez de buscar ajuda do auto, o homem pós-moderno prefere acreditar em seu próprio potencial para resolver todos os seus problemas.

O antídoto para a justiça própria é a graça. Através dela a justiça humana é desbancada, e em seu lugar é entronizada a justiça de Deus. E qual seria o antídoto para a o amor próprio?
O antídoto para o amor próprio é a cruz.

Os reformadores protestantes enfatizaram a morte de Jesus em nosso lugar, mas se esqueceram de dar igual ênfase à nossa co-crucificação. Dizer que Jesus morreu por nós é a mais pura verdade, mas não expressa toda a verdade. Ele morreu por nós, mas nós também fomos crucificados com Ele.

O apóstolo Paulo conjuga com maestria essas duas verdades:
“Pois o amor de Cristo nos constrange, julgando nós isto: um morreu por todos, logo todos morreram. E ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si, mas para aquele que por eles morreu e ressurgiu” (2 Coríntios 5:14-15).
O amor revelado na Cruz deve constranger-nos a ponto de não mais vivermos para nós. A Cruz é um golpe fatal no amor próprio.

Paulo compreendeu isso perfeitamente: “Estou crucificado com Cristo, e já não vivo, mas Cristo vive em mim. A vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim” (Gl.2:20).

Onde foi parar a auto-estima de Jesus? Como Ele pôde entregar-Se de tal maneira por gente que sequer merecia?

Jesus estabeleceu um novo referencial de amor. Antes da Cruz, a referência mais eloqüente que o homem tinha era o amor próprio. Mas agora, Jesus o desbancou, entregando-Se por nós sem reservas.

E é este o tipo de amor que devemos dispensar aos nossos semelhantes.

Pela Cruz, somos salvos não apenas da condenação do inferno, ou da ira divina, mas somos salvos de nós mesmos.

Pelas pisaduras de Cristo, fomos curados de nossa hemorragia e de nossa anemia espiritual.
Agora somos instados a amar a Deus sobre todas as coisas e aos nossos semelhantes da maneira como Ele nos amou, e não como a nós mesmos.

Tudo isso sugere que o que a igreja cristã necessita não é de mais uma reforma, nos moldes do século XVI, mas de uma revolução de amor, onde o amor próprio seja deposto, e em seu lugar seja entronizado o Novo Mandamento de Jesus.

14 comentários:

  1. Muito bom! Repudiar um mundo corrompido e perdido, confinando-se a uma religiosidade farisaica é fácil. Difícil é reconhecer as próprias mazelas e negar-se a si mesmo!

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  2. Ola pastor Hermes, gostei muito do artigo, mas gostaria que o senhor especificasse mais sobre que os reformadores não tenha atingido o cerne da questão. pois é dito "As religiões aparam os ramos, e eles continuam a frutificar. O golpe desferido pelos reformadores atingiu o tronco da árvore, e não a sua raiz. Urge desferirmos um golpe na raiz da árvore, o amor próprio.
    "
    Cono que não foi atingido o cerne da qeustão? não entendi especificamente o "erro" , por assim dizer

    Abraços
    Armando

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  3. Anônimo5:25 PM

    Gostei do texto Hermes, mas este ponto:

    "Quem disse que Deus ordenou que o homem amasse a si mesmo? O amor próprio é a essência do pecado. É o próprio pecado. Deus jamais nos ordenaria que pecássemos. Ao dizer que deveríamos amar a nosso próximo como a nós mesmos, ele não está endossando o amor próprio, mas condenando-o. Com efeito, Ele disse: O amor que vocês nutrem por si mesmos, devem dedicar aos outros em vez de a si. O “amor próprio” aqui entra apenas como um referencial, e não como algo louvável e que deva ser estimulado"


    Creio que te equivocou em alguns pontos, fato Deus quer que entendamos que temos valor como "filhos amados por ele" e que ele nos aceita e esta disposto a caminhar conosco as milhas necessárias para nossa restauração. Quando colocas desta forma apertas o evangelho a uma forma impiedosa, e acaba por inflexibilizar a graça. Se tens acompanhado meus textos sabes que não sou adepto da dita “teologia Liberal” só acredito que por muitas vezes não compreendermos a Inclusão transformadora da graça, e por falta desta compreensão, preconceituosamente achamos que a idéia esta relacionada ao liberalismo.

    Meu exemplo: trabalho com dependentes químicos, imagina se eu coloco um padrão de perfeição ao ponto de que eles, ex:traficantes, assassinos, prostitutas, não consigam vizualizar a possibilidade de perdão para suas vidas.
    Creio que por costume, isso a tempos, nos “ex ou evangélicos” temos um ar de superioridade em nossa mensagem, trazendo uma idéia de Um deus impiedoso, desafeiçoado, que não tem interesse no homem, a menos que ele faça sua vontade, relacionamentos baseados em barganha. È verdade sim! A graça é impagável, nada em mim me faz merecedor.

    O que concordo contigo, é que devemos ter em nosso coração como líderes uma responsabilidade, de pregar uma GRAÇA responsável, algo que é resultado de uma vida Intima com Deus, sendo algo gerado por uma vida transformada, não uma ação minha. A justiça própia que falaste esta sim ligada a Isso, eu achar que por mim mesmo posso tornar-me merecedor de algo da parte de Deus.

    Quanto ao texto que citaste; Uma pessoa que não tem em si amor ou piedade por sua propia alma, como vai ser sensível e expressar pelos outros empatia? Como alguém que não entende o ser amado, sentindo se filho de Deus vai saber tolerar e respeitar outrem? Deus quer sim que encontremos em nós, o mesmo amor que ele sente pelo ser Humano, de forma nenhuma isto seria justiça propia, e sim o simples fato de me sentir feliz em saber que indiferente aos meus erros ele me ama, e por este amor eu vou lutar para ser todos os dias transformado, mas não algo realizado por minha força de vontade e sim por Ele.

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  4. Armando Marcos, não disse que os reformadores erraram. Devemos a eles o redescobrimento da doutrina da graça. O próprio Lutero dizia que a igreja deveria continuar se reformando. Portanto, ele e os demais reformadores jamais disseram que tinham a última palavra. Eles se focaram no combate à justiça própria, pois era o que se pregava no catolicismo de então. Hoje, com a emergência do cristianismo neo-pagão, temos que combater o amor próprio, tão estimulado em nossas igrejas. Só existe justiça própria, porque exsite o amor próprio.

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  5. Emeurgência: O senso de valor nada mais é do que o subproduto do amor próprio. Qualquer valor que tenhamos, deriva-se dele. É por estamos n'Ele que temos algum valor. O que ele pagou por nós na cruz não revela nosso valor, e sim a gravidade do nosso pecado. Assim como o valor de uma fiança estabelecida pelo juíz não revela o valor do criminoso, mas a gravidade do seu crime.
    Infelizmente, não é possível discorrer sobre um assunto tão vasto em um único artigo. Se for possível, leia meu livro "Amor Radical" onde explano melhor o assunto. Obrigado pelo comentário.
    Estamos juntos!

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  6. Morena Flor5:03 PM

    Q é isso, amor próprio é errado???

    Cristo simplesmente disse q devemos estender aos outros a consideração q temos conosco mesmos. Não desabonou o amor próprio(não confundir com arrogância, soberba, altivez, "metidez" e coisa parecida. Acho q é essa a confusão a raiz geradora dessa caça às bruxas contra o amor-próprio e auto-estima - não falo de vc aqui e sim de outros, super radicais q têm surgido p/ falar contra o amor-próprio.). Desculpa, mas, numa boa, tb concordo q esse trecho é um equívoco.

    Penso q o q não se deve fazer é q o amor-próprio seja exagerado - como tudo nesta vida, exagero faz mal, assim como a falta. No meio termo e no equilíbrio, o amor próprio torna-se uma boa ferramenta p/ o auto-conhecimento e o aprimoramento, p/ nos tornarmos a cada dia pessoas melhores, p/ nós mesmas e p/ os outros.

    ;)

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  7. O amor que tenho por mim. é medido pelo amor que tenho por Cristo. e esta medida me é dada, para que eu ame aos outros.
    aquele que não ama a si própio. não tem condição de amar a Cristo, muito menos de amar ao próximo.
    Se Cristo vive em mim que sou um cristão , então o amor do Pai que esta no filho esta em mim.
    Logo o amor propio deixa de existir,
    o que pasa a existir é uma fusão do amor de Deus na vida do cristão, e só asim nós seremos capases, de amar ate os nossos enimigos. o amor é um assunto infito, e não a rasão, mais sim compreenção, e para que compreendamos o amor, somente vivendo, em amor a palavra, que é Cristo, então o espirito santo, cuida para que sejamos sabios o bastante, pera viermos o amor. um forte abraço, o testo acima é simplesmente maravilhoso, indeferente de varias interpletações.

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  8. Oi Hermes,

    É sempre inspirador ler os seus textos. Concordo em gênero, número e grau com tudo que escreveu, mas discordo de uma perspectiva adotada por nós cristãos (especialemnte evangélicos/protestantes)em relação às outras religiões quanto à presença ou ausência do conceito e vivência da graça divina. O conceito de graça não é apenas um conceito cristão, ele está presente também nas grandes religiões e há evidências dele em seus livros sagrados. O que presenciamos hoje não é a ausência do conceito ou vivência da Graça, mas o distancimamento de muitos seguidores dos ensinamentos originais. A graça divina faz parte da sabedoria perene de todas essas religiões.

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  9. ISLAMISMO

    “Deus vos promete a Sua indulgência e a Sua graça, porque é Munificente, Sapientíssimo. Ele concede sabedoria a quem Lhe apraz, e todo aquele que for agraciado com ela, sem dúvida terá logrado um imenso bem; porém, salvo os sensatos, ninguém o compreende." Alcorão 2: 268-269

    Abu Huraira, relatou o Mensageiro de Deus dizendo: ‘Não há ninguém cujas obras apenas lhe dê o direito de entrar no Paraíso.’ Alguém disse: ‘Mensageiro de Deus, nem mesmo você?’ Ele respondeu: ‘Nem eu, mas que o meu Senhor me envolva em misericórdia.’ Hadith of Muslim

    HINDUÍSMO

    “[Deus] não pode ser obtido pela instrução, nem pelo intelecto, nem por muito aprendizado. Ele pode ser obtido apenas por aquele a quem Ele escolhe. Para tal pessoa Ele revela a Sua própria pessoa.” Mundaka Upanishad 3.2.3; Katha Upanishad 1.2.23

    JUDAÍSMO

    “Todos necessitam da graça, até mesmo Abraão, por quem veio a graça abundantemente para o mundo, precisou da graça.” Midrash, Genesis Rabbah 60.2

    SIKHISMO

    “Ao assumir trajes numerosos [de ascetas], a aprendizagem, a meditação induzida, ou práticas teimosas, ninguém O alcançou. Diz Nanak, apenas pela Sua graça alcançamos a santidade e a iluminação.” Adi Granth, Gauri Bavan Akkhari, M.5, p. 251

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  10. Passamos tempo demais querendo ser amados e tempo de menos amando. O Sr., Bispo, citou os versículos de Mateus: "Amarás o Senhor teu Deus... e a teu próximo como a ti mesmo", mas aqueles que comentaram de forma discorde talvez não tenham percebido que em João 15, Jesus eleva ainda mais esse padrão de amor a um padrão sacrificial: "Amai uns aos outros COMO EU VOS AMEI". Graça nos salva da condenação. Amar como Cristo amou nos aproxima de Sua natureza, nos faz entender como o coração de Deus é capaz de tamanho desejo de nos trazer para perto dele.
    O "emeurgência na igreja" mencionou que a ideia de amor próprio é usada para que os recuperandos se enxerguem como seres dignos. Creio que como uma etapa inicial, esse conceito até possa ser trabalhado, pois trata-se de alguém a quem foi negada a condição mínima de dignidade, então estamos tratando de pessoas com perspectivas distorcidas do que é o amor. São pessoas que nunca experimentaram amor verdadeiro daqueles que deveriam amá-los e, por isso, torna-se difícil crer que alguém (Deus)os ama de forma incondicional e sacrificial.Entretanto, tão logo a dignidade dessa pessoa seja restaurada, faz-se necessário apresentar a ela que todo o seu valor repousa no amor que Deus dedica a nós,pois como nos ensina Paulo, somos vasos de barro e o valor que há em nós vem do tesouro que Deus depositou nesses vasos.

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  11. Bispo, seria muito incômodo dar uma "olhadinha" avaliativa neste blog? oreifalou.blogspot.com.br.
    Desde já agradeço.

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  12. Nao Faça da graça uma desgraça.





    A Graça de que fala o apóstolo Paulo é uma bendita dádiva de Deus para todos nós. Mas, mau interpretada por alguns que pregam a predestinaçao, ela tornou-se uma desgraça para o cristianismo, pois a ela se devem as causas principais das desarmonias cristãs. É que os chamados predestinados exageraram-na de tal modo, que eles ficaram cegos para o ensino do Evangelho da graça, ensino esse que constitui um fator importante de nossa salvação, à medida que ele é vivenciado por nós. Aliás, sem isso, poderia Jesus Cristo voltar ao nosso planeta trazer-nos os mesmos Evangelhos, e de nada valeriam eles para nós.



    A graça é de graça e é para todos, pois Deus não faz acepção de pessoas (Atos 10,34; Romanos 2,11; Efésios 6,9; e Deuteronômio 10,17). Ela é, pois, como se fosse o ar que respiramos, que é também para todos nós. E Paulo até disse que onde há mais pecados, há também mais graças (Romanos 5,20). Mas estao tentando fazer da graça uma desgraça, ensinando que só eles sao escolhidos, e descartando totalmente para isso o valor de confesarmos a Jesus Cristo como nosso Salvador. Seria isso para valorizar a profissão ritualística dos líderes religiosos? Ora, se somente alguns ganham a graça, o que seria daqueles que ate a pouco tempo atraz ,impactaram o mundo com milagres inexplicaveis. Pregando o evangelho que segundo os presdestinados e um evangelho da lei. afinal se nao tivesse valor nenhum para que Jesus Cristo veio ao mundo e permitiu que esses milagres fossem reais.



    É verdade que Paulo dá a entender que nós teremos sucesso espiritual, não pelas obras da lei, pois a graça já não seria graça, mais o grande passo para o sucesso da graça de Deus em nossas vidas e o verdadeiro amor (1 Coríntios 13,3). Ademais, Tiago pregou também que a fé sem obras é morta ( Tiago 2,26)

    E para os que ainda insistem em que não depende de nós a nossa salvação, transformando, assim, a bendita doutrina da graça em desgraça, aqui vai o ensino do Jesus Cristo, cuja palavra vale mais que a de Paulo: “A cada um será dado segundo suas obras” (Mateus 16,27). "pois o filho do homem vira na gloria de seu pai,com os seus anjos,e entao recompesara a cada um segundo as suas obras". lembrando que devemos amar o evangelho de Jesus Cristo conforme ele é,a revelaçao da pregaçao é dada a cada lider,de acordo com a vontade do Espirito Santo.para terminar quero dizer que o mais importante e o amor.e porque nao perseguir-mos ao diabo,e deixarmos que o evangelho de Jesus Cristo seja pregado.no amor de Jesus Cristo nos levantemos,contra o inferno,nao contra o povo de Deus. saudades eu tenho de grandes Homens de Deus tal como cecilio e outros que impactaram o Brasil, pregando a palavra viva e eficaz, pena que hoje muitos de seus dicipulos voltaram a um evangelho morno.

    www.jfcastilho1.blogspot.com



    att: Ap. Jorge Castilho

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  13. Irmão Jorge Castilho
    Acredito que há em suas palavras um equívoco entre os conceitos de "graça", "salvação", "obras" e "recompensas" (galardão). A graça está, sim, associada à salvação e as obras (comportamentos e práticas pautados no rigor da lei mosaica)são diametralmente opostas à ideia de salvação. Nem mesmo no Antigo Testamento pode ser descartada a noção de "graça" como o princípio da redenção. As obras a que Tiago se refere são a evidência da graça derramada sobre os cristão, uma vez que Paulo escrevia a carta aos romanos para confrontar ideias legalistas, é lícito depreender que o termo "obras" se refira à "lei", por outro lado, Tiago escrevia à comunidade dos salvos em Cristo Jesus onde, assim como o irmão ressaltou, poderia haver entre os crentes fiéis, aqueles que faziam da graça uma porta escancarada para a libertinagem. Creio, pela leitura da carta de Tiago, que a ideia de "obras" estabelecida por Tiago refere-se à parte visível da manifestação da graça em nós. Em outras palavras, para um salvo, a obra é a consequência da graça, não a causa dela. No discurso paulino, obras e graça se opõem, no texto de Tiago, Ambas fazem parte de um mesmo todo.

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  14. marcelo infelizmente vc quiz explicar e complicou, falou e nao disse nada,mais essa a base dos defensores dessa "graça" sem "graça", amigo procure olhar que eu nao persigo os chamados "predestinados" eu sou um defensor do evangelho de Jesus Cristo, eu jamais vou perseguir os crentes , ate pq sou um, eu luto contra o inferno, pense nisso. paz seja contigo.

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