Como vimos anteriormente, Cristo é a nossa herança incorruptível. Mas qual é a herança que o próprio Cristo recebeu do Pai? Se somos co-herdeiros com Ele, é importante saber em que consiste a Sua herança.
Em Efésios 1:18, Paulo diz: “Oro também para que sejam iluminados os olhos do vosso entendimento, para que saibais qual seja a esperança da sua vocação, e quais as riquezas da glória da sua herança nos santos”.
Repare que neste texto, Paulo está falando da herança de Cristo. Somente com os olhos iluminados pelo Espírito Santo poderemos compreender a vastidão desta herança, da qual somos co-herdeiros.
Paulo compreendeu isso desde o início de seu chamado. Quando Jesus lhe apareceu no caminho de Damasco, disse-lhe: “Eu te livrarei deste povo, e dos gentios, a quem agora te envio, para lhes abrir os olhos, e das trevas os converter à luz, e do império de Satanás a Deus, a fim de quem recebam remissão dos pecados e HERANÇA entre aqueles que são santificados pela fé em mim” (At.26:17-18).
Cada ser humano alcançado pela graça divina é chamado a participar desta herança, independente de sua condição social, sexo ou raça. Por isso Pedro admoesta aos maridos a viver com suas esposas com entendimento, honrado-as como vasos mais frágeis, “como sendo elas herdeiras convosco da graça da vida” (1 Pe.3:7). Este foi um conceito revolucionário dentro do Cristianismo, uma vez que as mulheres jamais eram vistas como herdeiras.
Ter os olhos espirituais abertos é o mesmo que alcançar maturidade espiritual, sem a qual jamais entenderíamos, muito menos desfrutaríamos de nossa herança em Cristo. Esta idoneidade nos é computada ao sermos santificados n’Ele:
“Dando graças ao Pai que nos fez idôneos para participar da herança dos santos na luz, e que nos tirou do império das trevas, e nos transportou para o reino do Filho do seu amor” (Col. 1:12-13).
Em outra passagem, o apóstolo nos revela que enquanto o herdeiro não alcança a maturidade, ele vive como um escravo.
“Digo que todo o tempo que o herdeiro é menino em nada difere do escravo, ainda que seja senhor de tudo. Ele está debaixo de tutores e curadores até o tempo determinado pelo pai. Assim também nós, quando éramos meninos, estávamos reduzidos à servidão, debaixo dos rudimentos do mundo. Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, para resgatar os que estavam debaixo da lei, a fim de recebermos a adoção de filhos. Porque sois filhos, Deus enviou aos nossos corações o Espírito do seu Filho, que clama: Aba, Pai. Assim que já não és mais escravo, mas filho; e se és filho, és também feito herdeiro de Deus (...) Meus filhinhos, por quem de novo sinto dores de parto, até que Cristo seja formado em vós” (Gl.4:1-7,19).
A história do povo de Deus não começa em Pentecostes, como acreditam alguns. A formação do povo escolhido começa em Abraão. A história da Igreja nada mais é do que a continuidade da saga do povo de Deus. De Abraão até os dias de Jesus, ninguém dentre esse povo havia alcançado a maturidade espiritual para desfrutar da herança de Deus. Somente a partir da descida do Espírito Santo é que nos foi conferida tal maturidade. Por isso, já não estamos debaixo da Lei, como meninos, ou como escravos.
E a propósito, em que consiste esta herança, afinal? O que Cristo herdou do Pai?
Lembre-se que Cristo é a nossa herança incorruptível. Porém com Cristo, recebemos também a Sua herança. Paulo declara: “Aquele que nem mesmo a seu próprio Filho poupou, antes o entregou por todos nós, como não nos dará também com ele todas as coisas” (Rm.8:32)?
Que todas as coisas são essas? A herança que recebemos por sermos co-herdeiros com Cristo. Em 1 Coríntios 3:21-23 lemos: “Portanto, ninguém se glorie nos homens! Tudo é vosso, seja Paulo, seja Apolo, seja Cefas, seja o mundo, seja a vida, seja a morte, seja o presente, seja o futuro, tudo é vosso, e vós de Cristo, e Cristo de Deus.”
Esta herança tem sua dimensão espiritual e material.
Abordemos primeiro sua dimensão espiritual:
1 – Os Dons e Ministérios – “...seja Paulo, seja Apolo, seja Cefas.”
Veja o que diz Efésios 4:10-14:
“Aquele que desceu é o mesmo que subiu acima de todos os céus, para cumprir todas as coisas. E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores, tendo em vista o aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do ministério, para a edificação do corpo de Cristo, até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo, para que não sejamos mais meninos, inconstantes, levados ao redor por todo vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia induzem ao erro.”
Como gostaria que os pastores entendessem que eles foram dados a igreja, e não a igreja a eles. Esta é a nossa glória! Cristo herdou do Pai todos os dons, distribuiu-os como Lhe aprouve, de maneira que aqueles que os receberam, tornaram-se eles mesmos dons para o resto do Corpo. Em outras palavras, nós ministros, fomos dados à igreja.
E com que objetivo fomos dados? Para o aperfeiçoamento dos santos, para o desempenho do ministério e para a edificação do corpo. Em outras palavras, como ministros somos andaimes na construção de Sua Igreja. Tão logo a Igreja tenha alcançado a estatura de Cristo, já não seremos necessários. Pelo menos, não como pastores, mestres, evangelistas, etc.
Nossa condição como membros do Corpo de Cristo é eterna. Mas nosso ofício ministerial tem prazo de validade. Ninguém será pastor ou mesmo profeta para sempre.
Os dons são irrevogáveis, portanto, eternos. Mas os ofícios, não.
E os dons que d’Ele recebemos não nos conferem o direito de dominar sobre os outros. Pelo contrário, nos foram conferidos para que sejamos servos dos demais.
“Servi uns aos outros conforme o dom que cada um recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus” (1 Pe.4:10). E mais adiante o apóstolo arremata: “Apascentei o rebanho de Deus que está entre vós (não disse sob vós!), tendo cuidado dele, não por força, mas voluntariamente, não por torpe ganância, mas de boa vontade; não como dominadores dos que vos foram confiados, mas servindo de exemplo ao rebanho” (1 Pe. 5:2-3).
Agora vamos examinar a dimensão material de nossa herança em Cristo.
Em Efésios 1:18, Paulo diz: “Oro também para que sejam iluminados os olhos do vosso entendimento, para que saibais qual seja a esperança da sua vocação, e quais as riquezas da glória da sua herança nos santos”.
Repare que neste texto, Paulo está falando da herança de Cristo. Somente com os olhos iluminados pelo Espírito Santo poderemos compreender a vastidão desta herança, da qual somos co-herdeiros.
Paulo compreendeu isso desde o início de seu chamado. Quando Jesus lhe apareceu no caminho de Damasco, disse-lhe: “Eu te livrarei deste povo, e dos gentios, a quem agora te envio, para lhes abrir os olhos, e das trevas os converter à luz, e do império de Satanás a Deus, a fim de quem recebam remissão dos pecados e HERANÇA entre aqueles que são santificados pela fé em mim” (At.26:17-18).
Cada ser humano alcançado pela graça divina é chamado a participar desta herança, independente de sua condição social, sexo ou raça. Por isso Pedro admoesta aos maridos a viver com suas esposas com entendimento, honrado-as como vasos mais frágeis, “como sendo elas herdeiras convosco da graça da vida” (1 Pe.3:7). Este foi um conceito revolucionário dentro do Cristianismo, uma vez que as mulheres jamais eram vistas como herdeiras.
Ter os olhos espirituais abertos é o mesmo que alcançar maturidade espiritual, sem a qual jamais entenderíamos, muito menos desfrutaríamos de nossa herança em Cristo. Esta idoneidade nos é computada ao sermos santificados n’Ele:
“Dando graças ao Pai que nos fez idôneos para participar da herança dos santos na luz, e que nos tirou do império das trevas, e nos transportou para o reino do Filho do seu amor” (Col. 1:12-13).
Em outra passagem, o apóstolo nos revela que enquanto o herdeiro não alcança a maturidade, ele vive como um escravo.
“Digo que todo o tempo que o herdeiro é menino em nada difere do escravo, ainda que seja senhor de tudo. Ele está debaixo de tutores e curadores até o tempo determinado pelo pai. Assim também nós, quando éramos meninos, estávamos reduzidos à servidão, debaixo dos rudimentos do mundo. Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, para resgatar os que estavam debaixo da lei, a fim de recebermos a adoção de filhos. Porque sois filhos, Deus enviou aos nossos corações o Espírito do seu Filho, que clama: Aba, Pai. Assim que já não és mais escravo, mas filho; e se és filho, és também feito herdeiro de Deus (...) Meus filhinhos, por quem de novo sinto dores de parto, até que Cristo seja formado em vós” (Gl.4:1-7,19).
A história do povo de Deus não começa em Pentecostes, como acreditam alguns. A formação do povo escolhido começa em Abraão. A história da Igreja nada mais é do que a continuidade da saga do povo de Deus. De Abraão até os dias de Jesus, ninguém dentre esse povo havia alcançado a maturidade espiritual para desfrutar da herança de Deus. Somente a partir da descida do Espírito Santo é que nos foi conferida tal maturidade. Por isso, já não estamos debaixo da Lei, como meninos, ou como escravos.
E a propósito, em que consiste esta herança, afinal? O que Cristo herdou do Pai?
Lembre-se que Cristo é a nossa herança incorruptível. Porém com Cristo, recebemos também a Sua herança. Paulo declara: “Aquele que nem mesmo a seu próprio Filho poupou, antes o entregou por todos nós, como não nos dará também com ele todas as coisas” (Rm.8:32)?
Que todas as coisas são essas? A herança que recebemos por sermos co-herdeiros com Cristo. Em 1 Coríntios 3:21-23 lemos: “Portanto, ninguém se glorie nos homens! Tudo é vosso, seja Paulo, seja Apolo, seja Cefas, seja o mundo, seja a vida, seja a morte, seja o presente, seja o futuro, tudo é vosso, e vós de Cristo, e Cristo de Deus.”
Esta herança tem sua dimensão espiritual e material.
Abordemos primeiro sua dimensão espiritual:
1 – Os Dons e Ministérios – “...seja Paulo, seja Apolo, seja Cefas.”
Veja o que diz Efésios 4:10-14:
“Aquele que desceu é o mesmo que subiu acima de todos os céus, para cumprir todas as coisas. E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores, tendo em vista o aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do ministério, para a edificação do corpo de Cristo, até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo, para que não sejamos mais meninos, inconstantes, levados ao redor por todo vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia induzem ao erro.”
Como gostaria que os pastores entendessem que eles foram dados a igreja, e não a igreja a eles. Esta é a nossa glória! Cristo herdou do Pai todos os dons, distribuiu-os como Lhe aprouve, de maneira que aqueles que os receberam, tornaram-se eles mesmos dons para o resto do Corpo. Em outras palavras, nós ministros, fomos dados à igreja.
E com que objetivo fomos dados? Para o aperfeiçoamento dos santos, para o desempenho do ministério e para a edificação do corpo. Em outras palavras, como ministros somos andaimes na construção de Sua Igreja. Tão logo a Igreja tenha alcançado a estatura de Cristo, já não seremos necessários. Pelo menos, não como pastores, mestres, evangelistas, etc.
Nossa condição como membros do Corpo de Cristo é eterna. Mas nosso ofício ministerial tem prazo de validade. Ninguém será pastor ou mesmo profeta para sempre.
Os dons são irrevogáveis, portanto, eternos. Mas os ofícios, não.
E os dons que d’Ele recebemos não nos conferem o direito de dominar sobre os outros. Pelo contrário, nos foram conferidos para que sejamos servos dos demais.
“Servi uns aos outros conforme o dom que cada um recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus” (1 Pe.4:10). E mais adiante o apóstolo arremata: “Apascentei o rebanho de Deus que está entre vós (não disse sob vós!), tendo cuidado dele, não por força, mas voluntariamente, não por torpe ganância, mas de boa vontade; não como dominadores dos que vos foram confiados, mas servindo de exemplo ao rebanho” (1 Pe. 5:2-3).
Agora vamos examinar a dimensão material de nossa herança em Cristo.
2 – “Seja o Mundo...”
O que Cristo recebeu do Pai como herança além dos dons distribuídos à igreja? A primeira pista encontra-se no Salmo 2:8, onde o próprio Pai é quem Lhe diz:
“Pede-me, e eu te darei as nações por herança, e os fins da terra por tua possessão.”
Durante séculos, Israel foi chamado de “a herança do Senhor” (Confira em Dt.32:9; Sl.78:71; Jr.10:16; 51:19). Mas agora Deus promete entregar todas as nações como herança ao Seu Filho Unigênito.
No Salmo 82:8, Asafe exclama: “Levanta-te, ó Deus, julga a terra, pois todas as nações são a tua herança.”
Ao entregar a Cristo as nações da Terra, Deus também estava confiando-as a nós, Seu povo.
Por isso, Davi exclamou: “Mostrou ao seu povo o poder das suas obras, dando-lhe a herança das nações" (Sl.111:6).
Recebemos a Cristo, e com Ele recebemos tudo o que o Pai Lhe confiou por herança. Esta havia sido a promessa feita a Abraão, de quem Cristo é o Descendente prometido:
“A promessa de que havia de ser herdeiro do mundo não foi feita pela lei a Abraão, ou à sua posteridade, mas pela justiça da fé. Pois se os que são da lei são herdeiros, logo a fé é vã e a promessa é aniquilada, porque a lei opera a ira. E onde não há lei não há transgressão. Portanto é pela fé, para que seja segundo a graça, a fim de que a promessa seja firme a toda a descendência...” (Rm.4:13-16a).
Por meio de Cristo, Deus honrou a promessa feita ao Patriarca hebreu.
“Ora, as promessas foram feitas a Abraão e a SEU DESCENDENTE. A Escritura não diz: E a seus descendentes, como falando de muitos, mas como de um só: E a teu descendente, que é Cristo” (Gl.3:16).
Embora a promessa de herança tenha sido feita à Cristo, ela se estende “a toda a descendência”. Não a descendência segundo a carne (os judeus), mas segundo a fé (os que crêem em Cristo). Afinal, “os que são da fé é que são filhos de Abraão” (Gl.3:7).
Portanto, o Mundo nos foi entregue por herança.
Infelizmente, a maioria dos cristãos desconhece isso. Acham que o mundo está prestes a ser destruído. Acham que sua herança é o céu. Ledo engano. Nossa herança incorruptível está no céu, mas não é o céu. Nossa herança em Cristo é o mundo.
Quem disse que Deus pretende nos remover daqui? Quem será removido da Terra é o ímpio, não o justo.
“Ainda um pouco, e o ímpio não existirá; olharás para o seu lugar, e não aparecerá. Mas os mansos herdarão a terra, e se deleitarão na abundância de paz” (...) Aparta-te do mal e faze o bem; então terás morada para sempre. Pois o Senhor ama os justos, e não desampara os seus santos. Eles serão preservados para sempre, mas a descendência dos ímpios será exterminada (Sl.37:10-11, 27-28).
Se esta promessa só tivesse validade sob a Antiga Aliança, como defendem alguns, por que Jesus a repetiria no Sermão da Montanha (Mt.5:5)?
Talvez alguém objete, dizendo: Por que Deus nos daria por herança um mundo como este, cheio de injustiça, de corrupção, de pecado? Boa pergunta! A resposta está em Isaías 49:8, onde Deus, o Pai, Se dirige ao Seu Unigênito:
“Assim diz o Senhor: No tempo favorável te ouvirei, e no dia da salvação te ajudarei, e te guardarei, e te darei por aliança do povo, para restaurares a terra, e lhe dares em herança as herdades assoladas”.
Percebe? Cristo recebeu do Pai uma herança assolada, para que Ele, através de Seu povo, a restaure.
E para que cumpramos esta missão/desafio, foi-nos dado o Espírito Santo, com seus dons capacitadores. Isaías diz que aqueles sobre os quais está o Espírito do Senhor, não apenas pregarão boas-novas aos pobres, ou proclamarão liberdade aos cativos, mas também “restaurarão os lugares há muito devastados; renovarão as cidades arruinadas, devastadas de geração em geração” (Is.61:4).
O que Cristo recebeu do Pai como herança além dos dons distribuídos à igreja? A primeira pista encontra-se no Salmo 2:8, onde o próprio Pai é quem Lhe diz:
“Pede-me, e eu te darei as nações por herança, e os fins da terra por tua possessão.”
Durante séculos, Israel foi chamado de “a herança do Senhor” (Confira em Dt.32:9; Sl.78:71; Jr.10:16; 51:19). Mas agora Deus promete entregar todas as nações como herança ao Seu Filho Unigênito.
No Salmo 82:8, Asafe exclama: “Levanta-te, ó Deus, julga a terra, pois todas as nações são a tua herança.”
Ao entregar a Cristo as nações da Terra, Deus também estava confiando-as a nós, Seu povo.
Por isso, Davi exclamou: “Mostrou ao seu povo o poder das suas obras, dando-lhe a herança das nações" (Sl.111:6).
Recebemos a Cristo, e com Ele recebemos tudo o que o Pai Lhe confiou por herança. Esta havia sido a promessa feita a Abraão, de quem Cristo é o Descendente prometido:
“A promessa de que havia de ser herdeiro do mundo não foi feita pela lei a Abraão, ou à sua posteridade, mas pela justiça da fé. Pois se os que são da lei são herdeiros, logo a fé é vã e a promessa é aniquilada, porque a lei opera a ira. E onde não há lei não há transgressão. Portanto é pela fé, para que seja segundo a graça, a fim de que a promessa seja firme a toda a descendência...” (Rm.4:13-16a).
Por meio de Cristo, Deus honrou a promessa feita ao Patriarca hebreu.
“Ora, as promessas foram feitas a Abraão e a SEU DESCENDENTE. A Escritura não diz: E a seus descendentes, como falando de muitos, mas como de um só: E a teu descendente, que é Cristo” (Gl.3:16).
Embora a promessa de herança tenha sido feita à Cristo, ela se estende “a toda a descendência”. Não a descendência segundo a carne (os judeus), mas segundo a fé (os que crêem em Cristo). Afinal, “os que são da fé é que são filhos de Abraão” (Gl.3:7).
Portanto, o Mundo nos foi entregue por herança.
Infelizmente, a maioria dos cristãos desconhece isso. Acham que o mundo está prestes a ser destruído. Acham que sua herança é o céu. Ledo engano. Nossa herança incorruptível está no céu, mas não é o céu. Nossa herança em Cristo é o mundo.
Quem disse que Deus pretende nos remover daqui? Quem será removido da Terra é o ímpio, não o justo.
“Ainda um pouco, e o ímpio não existirá; olharás para o seu lugar, e não aparecerá. Mas os mansos herdarão a terra, e se deleitarão na abundância de paz” (...) Aparta-te do mal e faze o bem; então terás morada para sempre. Pois o Senhor ama os justos, e não desampara os seus santos. Eles serão preservados para sempre, mas a descendência dos ímpios será exterminada (Sl.37:10-11, 27-28).
Se esta promessa só tivesse validade sob a Antiga Aliança, como defendem alguns, por que Jesus a repetiria no Sermão da Montanha (Mt.5:5)?
Talvez alguém objete, dizendo: Por que Deus nos daria por herança um mundo como este, cheio de injustiça, de corrupção, de pecado? Boa pergunta! A resposta está em Isaías 49:8, onde Deus, o Pai, Se dirige ao Seu Unigênito:
“Assim diz o Senhor: No tempo favorável te ouvirei, e no dia da salvação te ajudarei, e te guardarei, e te darei por aliança do povo, para restaurares a terra, e lhe dares em herança as herdades assoladas”.
Percebe? Cristo recebeu do Pai uma herança assolada, para que Ele, através de Seu povo, a restaure.
E para que cumpramos esta missão/desafio, foi-nos dado o Espírito Santo, com seus dons capacitadores. Isaías diz que aqueles sobre os quais está o Espírito do Senhor, não apenas pregarão boas-novas aos pobres, ou proclamarão liberdade aos cativos, mas também “restaurarão os lugares há muito devastados; renovarão as cidades arruinadas, devastadas de geração em geração” (Is.61:4).
Continua...
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