Há quarenta anos, o homem pisava pela primeira vez em solo lunar. Ao dar seus primeiros passos, Armstrong declarou: “Um pequeno passo para o homem, um gigantesco salto para a humanidade”.
E ele estava certo.
Mas o que nos levou à Lua, afinal? Simples curiosidade científica? Não. Bem mais que isso.
Estávamos em plena guerra fria, e a competitividade entre as duas potências mundiais, Estados Unidos e União Soviética, foi o combustível que impulsionou o foguete da Apolo 11.
Fincar a bandeira americana, antes que os russos pusessem seus pés na Lua, era questão de honra para a NASA.
Já que a invasão da Baia dos Porcos em Cuba havia sido um fiasco, somente uma realização grandiosa e sem precedentes na História da humanidade, poderia lavar a honra da América diante da ameaça comunista.
Os russos já haviam colocado em órbita o primeiro satélite artificial doze anos antes. 1x0 para eles. Foi dos lábios de um cosmonauta russo, Iuri Gagarin, que no início nos anos 60 soubemos a Terra era azul. 2x0 em cima dos Estados Unidos.
Chegara a hora de dar uma virada no jogo.
Uma nave tripulada percorreu 384 mil Km, pousando na superfície da Lua, num espetáculo assistido ao vivo pela TV por mais de um bilhão e duzentos milhões de pessoas no Mundo inteiro.
Quem diria que um dia a raça humana seria capaz de tal proeza?
E não pára por aí. Somos seres insaciáveis. Não nos rendemos à imposição das fronteiras. Queremos sempre ir além.
Foi por isso que deixamos o velho mundo, e descobrimos o continente americano há cinco séculos. Por isso deixamos a África e conquistamos até as partes mais remotas e inóspitas do planeta.
Agora queremos pisar em Marte.
Imagine o espetáculo que será assistir a chegada do homem ao planeta vermelho, acompanhado de bilhões de internautas no Mundo!
E se a nossa raça sobreviver à adolescência tecnológica, vamos atravessar as fronteiras do Sistema Solar.
Desde que deixamos o Paraíso, tornamo-nos peregrinos na Terra.
Embora veja com bons olhos o avanço tecnológico, fico a me perguntar: o que será mais fácil e menos custoso do ponto de vista econômico, colocar nossos pés em Marte, o salvar nosso planeta de um colapso ambiental?
E mais:
Fomos capazes de ir tão longe, deixando pegadas na lua, mas temos sido incapazes de ir ao encontro do próximo, seguindo as pegadas de Cristo.
Uma nova aventura espacial custa muito caro, e até pode ser adiada. Mas reverter o processo autodestrutivo em que a humanidade se encontra é inadiável.
Em vez de lançar foguetes que alcancem o céu, que tal estendermos nossas mãos na direção do próximo. Foguetes se alimentam de hidrogênio, e gestos solidários são movidos pelo combustível do amor.
O mais significante passo que a humanidade poderia dar é na direção de Deus, e isso só é possível quando rompermos com nosso egoísmo, e caminharmos na direção do outro.
Lindo seria se chegássemos a Marte, e até a um planeta de fora do sistema solar, como representantes de uma civilização que venceu o ódio, o desamor, a injustiça, e agora estaria pronta para conquistar o Cosmos.
Em vez de içar a bandeira de uma nação, fincaríamos lá a bandeira da civilização do amor.
Quem sabe não fomos destinados a isso?
Muito boas as analogias da conquista do espaço com a Vedade Bíblica. Há algum tempo fiz considerações nesse sentido, mas levando um pouco mais para o lado da ficção. Gostaria de convidá-lo a ler e se acha interessante, deixar um comentário (o endereço é http://aultimanoticia.blogspot.com/2009/06/star-trek-ou-terminator.html). A partir de hoje estarei seguinde seu blog, pois é muito mesmo, parabéns.
ResponderExcluirUm abraço,
Georges
É... costumamos fazer muitos planos a respeito do que faríamos se tivéssemos dinheiro. Mas tudo que precisamos fazer é dar de graça o que de graça recebemos. É tão simples! Por que complicamos? Parabéns pelo artigo, meu bispo.
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