quinta-feira, janeiro 15, 2009

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Vaso quebrado, mas não descartado


Eu estava na roda
quando quebrei
Não foi teu descuido
Disso eu sei
Eu que era frágil
E me descuidei

Sorte minha
tive tua mão a me aparar
Mesmo quebrado
Não me quiseste descartar

Tua roda, oleiro,
Não deixou de girar
Só um amor verdadeiro
pode me modelar

Que eu jamais me enrijeça
enquanto moldas meu ser
E a cada dia eu reconheça
O quanto tenho que aprender

E se de novo eu quebrar,
como um jarro de flores
que seja na roda do oleiro,
e não dos escarnecedores


Autor: Hermes C. Fernandes

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