Eu estava na roda
quando quebrei
Não foi teu descuido
Disso eu sei
Eu que era frágil
E me descuidei
Sorte minha
tive tua mão a me aparar
Mesmo quebrado
Não me quiseste descartar
Tua roda, oleiro,
Não deixou de girar
Só um amor verdadeiro
pode me modelar
Que eu jamais me enrijeça
enquanto moldas meu ser
E a cada dia eu reconheça
O quanto tenho que aprender
E se de novo eu quebrar,
como um jarro de flores
que seja na roda do oleiro,
e não dos escarnecedores
Autor: Hermes C. Fernandes
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