Medidas como as tomadas ontem pela prefeitura do Rio são paliativas, equivalem a varrer a sujeira pra debaixo do tapete.
Enquanto escrevo estas linhas, são 1:20 h. da manhã, e me pergunto: Será que eles conseguiram dormir? Será que sua consciência não pesa, por terem retirado tantas famílias de suas casas, e destruído tantos sonhos? Onde devem estar as dezoito famílias que perderam seus apartamentos, e assistiram a demolição do prédio onde moravam? Onde passarão a noite?
Quando vi a pose que a equipe do novo governo fez para a foto publicada nos jornais, imaginei que estava diante do mais elegante e jovem secretariado que nossa cidade já teve. Pareciam modelos fotográficos, vestidos de blazer azul marinho e calça jeans.
Todos muito jovens, a começar pelo prefeito. Digo, jovens em termos etários, porém com as mesmas vicissitudes da classe política que há muito vem governando nossa cidade. São filhos de peixe!
O carioca não ficaria chateado se fosse governado por alguém obeso, idoso, calvo, ou qualquer outra característica física que não se encaixe nos padrões estéticos exigidos pela mídia. O que o carioca precisa é de gente de mente aberta, disposta a romper com os velhos paradigmas da política vigente, que seja, de fato, jovem, vanguardista, e traga consigo o frescor de novas idéias e a consistência dos velhos ideais.
A população carioca carece de um choque de esperança. É uma questão de vida ou morte. Temos que voltar a acreditar. Voltar a sonhar.
Caso contrário, poderemos nos tornar em um povo cínico, desesperançoso, e que já não se importa de ser enganado.
Quiçás ainda haja esperança. Vamos todos cruzar os dedos e descruzar os braços!
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