sábado, novembro 22, 2008

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Coexistir ou Conviver?





















Por Hermes C. Fernandes


Coexistência é a palavra da moda, cada vez mais em voga, desde que o vocalista Bono Vox, a usou em sua bandana em um show do U2.

Cristãos, muçulmanos, hindús, espíritas, ateus, devem aprender a existir lado-a-lado, respeitando-se mutuamente.
Não se trata de Ecumenismo ou Sincretismo, ou ainda a fusão de religiões diferentes.

Como cristãos, devemos aprender a respeitar àqueles que pensam diferente de nós. Ninguém é obrigado a abraçar nossa fé. Lembremo-nos que não é por força, nem por violência, mas por obra e convencimento do Espírito.

Diferenças doutrinárias, culturais, sociais, raciais, não devem nos impedir de coexistir respeitosa e pacificamente.

Jamais converteremos alguém à base de discussões calorosas.

Desejar o desaparecimento de alguém, simplesmente por não concordar com seu modo de vida, ou com sua doutrina, é o mesmo que alimentar um sentimento homicida.

O que Deus espera de nós, não é apenas que aceitemos a existência do outro, mas que o convidemos a participar de nossa vida. Coexistir já é um enorme passo. Mas o projeto de Deus para nós vai muito além que a simples coexistência. Ele nos chama à convivência.

Devemos buscar ir além da mera coexistência. Temos que buscar a CONVIVÊNCIA.

A diferença entre conviver e coexistir, é que convivência implica viver juntos, ter vida em comum, enquanto que coexistência implica viver lado-a-lado, cada qual respeitando o espaço do outro.

Convivência só é possível onde haja comunhão. Mas para que haja comunhão, temos que estar em concordância acerca da Verdade. À medida que partilhamos o Evangelho, nosso círculo de convivência vai aumentando.

Talvez a coexistência seja o primeiro passo rumo à convivência. Mas não podemos parar por aí.

Devemos buscar conviver, não apenas coexistir; conviver carinhosamente, em amor, e não apenas em tolerância mútua.

Pra coexistir, temos que aprender a tolerar os outros. Pra conviver, temos que aprender a perdoar.

Pra coexistir, basta respeitar e aceitar a existência do diferente. Pra conviver, tem que amar, e convidar o diferente para que faça parte de nossa vida.

Podemos coexistir, sem nos importar com o outro. Simplesmente ignorar. Fingir que ele não existe, e assim, deixá-lo em paz. Mas para conviver, temos que abrir a porta de nossa casa. Temos que acolhê-lo e amá-lo.

Um comentário:

  1. Anônimo2:28 PM

    O que fundamenta a convivência é o Amor fraternal somado com a Graça Divina, mas, o que organiza a coexistência é a coveniência mutua de povo, tribus e línguas.

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