sexta-feira, setembro 29, 2006

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A Mais Importante das Questões
Por Hermes C. Fernandes


“Ó profundidade das riquezas, tanto da sabedoria como da ciência de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis os seus caminhos! Quem compreendeu a mente do Senhor? Ou quem foi o seu conselheiro? Ou quem lhe deu primeiro a ele, para que lhe seja recompensado? Porque dele, e por meio dele, e para ele são todas as coisas. A ele, pois, a glória eternamente. Amém!” (Rm.11:33-36).

A questão mais importante do universo é: A quem se deve dar glória? Quem deve ficar com os créditos?

Todas as demais questões partem daí. Quem tem o direito de se gloriar?

Somente Deus é digno de receber glória. E por quê? Se não entendermos o porquê, nosso culto não será racional, como prescrito por Paulo em Romanos 12.

Há três razões pelas quais Ele é o único Ser digno de glória. São elas:

1a. Ele é a origem de todas as coisas – O que Ele tem, não recebeu de quem quer que seja. Foi Ele mesmo que criou.

Em Apocalipse 4:11 lemos: “Digno és, Senhor nosso e Deus nossos, de receber a glória, a honra e o poder, pois tu criaste todas as coisas, e por tua vontade existem e foram criadas.”

Se Ele as criou, tem o direito de possuí-las. Todas as coisas são Dele. E quanto a nós?

Em 1 Coríntios 4:7 lemos: “Pois quem te faz diferente? E que tens tu que não tenhas recebido? E, se o recebeste, por que te glorias , como se não o houveras recebido?”

O que nos iguala a todos os demais homens é o fato de que o que temos não se originou em nós mesmos, mas recebemos de Deus. Só teríamos de que nos gloriarmos, se houvesse em nós algo que não tivéssemos recebido, e que tivesse surgido de nós mesmos.

A única coisa que temos, e que não originou-se em Deus é a nossa fraqueza. Por isso Paulo afirma: “Se é preciso gloriar-me, gloriar-me-ei no que diz respeito à minha fraqueza (...) Portanto, de boa vontade me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo” (2 Co.11:30; 12:9b).

É por isso que a salvação só pode ser pela graça, e não pelas obras.

Romanos 4:2 diz: “Se, de fato, Abraão foi justificado pelas obras, tem de que se gloriar, mas não diante de Deus.”

Paulo declara em Efésios 2:8-9: “Pois é pela graça que sois salvos, por meio da fé – e isto não vem de vós, é dom de Deus – não das obras, para que ninguém se glorie.”

2a. Ele é o sustentador de todas as coisas – Tudo quanto há subsiste nEle. Não temos poder sobre nossa própria existência. Não podemos garantir que temos mais cinco minutos de vida.

Hebreus 1:2a diz: “O filho é o resplendor da sua glória e a expressa imagem da sua pessoa, sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder”.

“Se Deus quisesse, e retirasse o seu espírito e fôlego, toda a carne juntamente expiraria, e o homem voltaria ao pó”
(Jó 34:14-15).

É por isso que Deus diz em Isaías 2:22: “Parai de confiar no homem, cujo fôlego está no nariz. Em que se deve ele estimar?”

E o salmista faz côro a este conceito ao orar: “Faze-me conhecer, ó Senhor, o meu fim, e a medida dos meus dias; faze-me conhecer a minha fragilidade. Mediste os meus dias como a palmos; o tempo da minha vida é como nada diante de ti. Todo homem é com um sopro” (Salmo 39:4-5).

E em Jó 14:5 lemos: “Os dias do homem estão determinados, contigo está o número dos seus meses; puseste-lhe limites, além dos quais não passará.”

Jesus disse: “Qual de vós poderá, com as suas preocupações, acrescentar uma única hora ao curso da sua vida?” (Mt.6:27).

Se parássemos por aí, a vida perderia o sentido. Ficaríamos desesperados, nos lamentando o tempo inteiro pela falta de significado da nossa existência. Se não temos do que nos gloriar, se não temos o controle sobre nossa própria vida, o que será de nós?

Já sabemos que a vida origina-se em Deus, e que Ele mesmo é o seu sustentador. Somos dEle, e existimos por meio d'Ele. Mas a pergunta que vai dar sentido à vida é: Para quê fomos criados? Com quê propósito existimos?

Lembremo-nos de que todas as coisas são Dele, por Ele, e para Ele.

Ele não é apenas o início, e o meio, mas também o fim. Ele não apenas a origem, e o sustentador, mas também deve ser o alvo de nossa vida. Viver para Ele é que nos confere sentido e significado.

Enquanto o homem insiste em vive para si mesmo, ele está se autodestruindo. Viver para si, faz do homem um ser infeliz e mortal. Viver para Deus, lhe faz um ser pleno e eterno.

3a. Todas as coisas são para Ele – Paulo diz: “Todavia, para nós há um só Deus, o Pai, de quem é tudo e para quem nós vivemos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós também por ele” (1 Co.8:6).

Paulo declara com autoridade apostólica: “Pois, nele, foram criadas todas as coisas, nos céus e sobre a terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam soberanias, quer principados, quer potestades. Tudo foi criado por meio dele e para ele. Ele é antes de todas as coisas. Nele, tudo subsiste”(Col.1:16-17 ).

Portanto, toda honra e toda glória devem ser atribuídas Àquela que era, que é, e que há de vir.

Sola Deo Gloriae!

4 comentários:

  1. Achei o post muito bom Pastor deu uma luz legal para o meu blog da Escola Dominical, fez eu ver um campo que poucos comentam. Obrigado pela dica e continue publicando post aqui pois tem muita gente lendo seu blog

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  2. Obrigado pelo incentivo. Ajude-me a divulgar o blog. Abraço.

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  3. Posso colocar um link em meu blog se vc deixar é claro?

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  4. Fique à vontade pra divulgar meu blog. Abraços, e obrigado.

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