quinta-feira, setembro 07, 2006

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Consciência e Cosmovisão
Por Hermes C. Fernandes

Nossa consciência não determina o Cosmos, porém, determina nossa Cosmovisão[1]. Nosso olhar está cativo de nossos próprios paradigmas. Chamamos de paradigmas as estruturas intelectuais que nos fazem enxergar o mundo de uma determinada maneira. Paulo as chama de “fortalezas”, e diz que Deus nos disponibiliza recursos espirituais, capazes de demoli-las, a fim de que obtenhamos o “conhecimento de Deus”, e nosso pensamento se comprometa a obedecer a Cristo (2 Co.10:4-5).

Esse mundo mau que nos rodeia, nada mais é do que a projeção de consciências contaminadas pelo pecado. Foi Paulo quem declarou que “todas as coisas são puras para os puros, mas nada é puro para os corrompidos e descrentes. Antes a sua mente como a sua consciência estão contaminadas” (Tt.1:15).

A priori, o problema não está no mundo, mas em nós. O escritor de Hebreus afirma que o objetivo pelo qual o sangue de Cristo foi derramado foi o de purificar “a nossa consciência” (Hb.9:14). Os sacrifícios oferecidos sob a Antiga Aliança mostraram-se ineficazes quanto à consciência, uma vez que “não podem aperfeiçoar aquele que presta o culto” (Hb.9:9). Somente um coração “purificado de má consciência” está apto a aproximar-se de Deus (Hb.10:22).

Uma vez tendo a consciência purificada, passamos a enxergar o mundo de um outro prisma. Nossos olhos espirituais se abrem para o que Paulo chamou de percepção das coisas excelentes (Fp.1:9-10).

Há um “mundo” que é obra de Deus, e não do acaso. Esse é o mundo das coisas excelentes, que só são percebidas por quem teve sua consciência sarada. E há um mundo que é constructo humano; um sistema de valores antagônicos aos princípios que regem o Reino de Deus. O primeiro, por ser obra de Deus, é bom, ou melhor, “muito bom!”, de acordo com a avaliação do próprio Criador. Por isso, deve ser admirado, apreciado, e recebido com ações de graça (1 Tm.4:4). Já o segundo, é inimigo de Deus, e por isso, não deve receber nosso amor e apego. A amizade a esse mundo é inimizade a Deus (Tg.4:4; 1 Jo.2:15; 1 Co.7:31). Não há qualquer contradição entre passagens que dizem que Deus ama o mundo, e as que dizem que não devemos amar o mundo. O mundo que é amado por Deus é obra de Suas mãos, e o que deve ser renunciado por nós é um sistema erigido sobre a vaidade humana.

O território mais cobiçado por Satanás é a consciência humana. É ali que se ganha ou perde a batalha da vida.

Foi a consciência de Adão e Eva que foi afetada na Queda. Os “cardos e abrolhos” que a terra passaria a produzir a partir de então, seriam resultantes das projeções de uma consciência danificada pelo pecado.

[1] Maneira como vemos ou interpretamos a realidade.

2 comentários:

  1. Anônimo12:26 AM

    A consciência resgatada pelo sangue do cordeiro representa um Cosmo, uma Ordem.
    Cristo organizou com sacrifício, as consciências adulteradas por Adão.
    Hoje vemos por espelho e por enigmas o que não via a visão torpe que pecava.
    A consciência transparente dos olhos redimidos visualiza com brandura, o Cosmos da Realidade.

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  2. A consciência resgatada pelo sangue do cordeiro representa um Cosmo, uma Ordem.
    Cristo organizou com sacrifício, as consciências adulteradas por Adão.
    Hoje vemos por espelho e por enigmas o que não via a visão torpe que pecava.
    A consciência transparente dos olhos redimidos visualiza com brandura, o Cosmos da Realidade.

    PAIXÃO, Edson.

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