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sábado, dezembro 31, 2016

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Somos todos PASSAGEIROS



“Desperta, tu que dormes, e levanta-te dentre os mortos, e Cristo te esclarecerá.” 
Efésios 5:14

Não é sempre que sou surpreendido pelo roteiro de um filme. “Passageiros” teve este mérito (se não quiser spoiler, aconselho que pare por aqui). Mais de cinco mil passageiros viajam tranquilamente pelo universo à bordo da nave espacial Avalon em estado de sono profundo. O destino é um planeta distante chamado “Homestead II”. Sem a hibernação, seria impossível completar o trajeto de nada mais, nada menos que 120 anos! Porém, um dos passageiros, o engenheiro mecânico Jim Preston (Chris Pratt) desperta 90 anos antes do tempo programado devido a avaria em sua câmara de hibernação. Depois de um ano de solidão, desfrutando exclusivamente da companhia de um barman androide, ele se depara com uma linda jovem, a escritora Aurora Dunn (Jennifer Lawrence) em uma das milhares de câmaras e se vê perdidamente apaixonado.  Seu dilema agora era se devia ou não acordá-la. Como ela reagiria ao saber que foi despertada 89 anos antes da chegada, já que seria impossível retomar o estado de hibernação? Será que ela o perdoaria? E se ele não contasse, deixando que ela pensasse ter sido despertado acidentalmente da mesma maneira que ele?

Não suportando mais a solidão que ainda se arrastaria por décadas até o destino, ele resolve correr todos os riscos e despertá-la.

Enquanto buscam resolver o mistério que teria ocasionado em seu despertamento precoce, eles acabam se envolvendo. Os dois vivem um intenso romance até que, por um descuido do androide, ela descobre a verdade. O que era amor vai se tornando num ódio desmedido. E, por não conseguir entender a razão de ele ter feito aquilo, ela se sente incapaz de perdoá-lo.

Não vou entrar em detalhes para não estragar a surpresa que o enredo reserva. Mas posso adiantar que se ele não a houvesse despertado, toda aquela multidão de passageiros teria morrido no espaço sideral sem ao menos tomar conhecimento do que lhe acometera.

A película nos oferece uma perfeita metáfora da vida.

Quão frustrante é percebermos que as pessoas à nossa volta estão adormecidas e não logramos despertá-las. Umas, porque não querem. Outras, porque não podem. Estão numa espécie de hibernação existencial. Passam pela vida, sem nem sequer notar o que ocorre à sua volta. Sentimo-nos sós na maneira como percebemos a vida. Como diz a canção “Monte Castelo” de Renato Russo, “estou acordado e todos dormem.” Será que vale mesmo a pena despertá-los? Será que não nos odiarão por causa disso?

Pergunto-me até que ponto a ignorância pode ser uma bênção. O conhecimento não traz apenas libertação, mas também muito sofrimento. Por isso, às vezes, parece preferível não saber. Mas qual o custo da ignorância? Se o conhecimento liberta, a ignorância nos faz reféns. Todavia, a questão que deve ser considerada é: quanta verdade somos capazes de suportar?

Um doente terminal, por exemplo, tem o direito de saber que está morrendo? É justo poupá-lo disso?A ignorância não nos poupa do sofrimento em si, apenas da preocupação.

Somos como a criança que se estira no banco traseiro do carro e dorme tranquilamente confiando na destreza de seu pai ao volante. Eu mesmo costumava dormir tranquilamente enquanto viajava, fosse de carro, de ônibus ou de avião. Até que numa madrugada, viajando de carro entre o Rio e Brasília, fomos surpreendidos com um boi atravessando a pista. Meu primo que estava ao volante tentou desviar-se e acabou metendo o carro numa mata a poucos metros de uma enorme pedra. Por pouco, não perdemos a vida. A partir daí, passei a ter sérias dificuldades de pregar os olhos enquanto viajo. Prefiro apreciar a paisagem, enquanto me mantenho atento a eventuais perigos.

Alguns, quando despertados, insistem em pedir “mais cinco minutinhos”. Quando se dão por si, perderam o dia. E quando menos esperam, lá se foi um ano, uma década, a vida inteira.

Se ninguém acordar, quem avisará aos demais passageiros da iminência do perigo? Quem os preparará para enfrentar os desafios que o futuro reserva?

Sinceramente, se a ignorância for uma bênção, prefiro a maldição do conhecimento. Se eu for atingido, quero saber exatamente o que me atingiu e o que eu poderia ter feito para evitar.

Não me esconda nada! Deixe que eu resolva como lidar com a verdade.

Mas antes de sair por aí acordando todo mundo, pense bem se você está preparado para lidar com a reação e a ingratidão de quem preferiria continuar dormindo. 

sábado, junho 29, 2013

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Jesus no novo filme do Homem de Aço



Por Hermes C. Fernandes

Assisti ontem à pré-estreia do filme "Homem de Aço" acompanhado do meu filho Rhuan. Não é segredo pra ninguém o quanto gosto de filmes de super-heróis. Eu tinha oito anos quando foi lançado o primeiro filme do Super-Homem com  Christopher Reeve. Desde então, tornei-me fã incondicional do personagem da DC Comics. Ainda hoje me recordo com alegria das vezes em que amarrei uma toalha no pescoço, pus uma sunga por cima da calça que usava na educação física da escola e saí saltando da beliche do meu quarto como se fosse capaz de voar. 

De todos os filmes e séries do homem de aço, nenhum superou este último. Não apenas por seus efeitos especiais, mas, sobretudo, pela originalidade do roteiro, que trouxe vários elementos estranhos à história clássica consagrada pelos gibis. 

Dentre as coisas que mais me chamaram a atenção, quero destacar o paralelo proposital que se faz com a história de Jesus Cristo. Há um momento de crise em que Clark Kent procura um sacerdote em busca de conselho. Sua imagem sobreposta à de um vitral retratando Jesus foi flagrantemente sugestiva. Como Jesus, ele também foi enviado ao mundo e aos trinta e três anos teve que decidir entre revelar-se ou não ao mundo. Mesmo sabendo que a humanidade não estava madura o suficiente, ele resolve correr todos os riscos para evitar que o mundo fosse destruído por Zod e seus comparsas e se transformasse num novo Kripton.

O diretor do filme afirma que esse paralelo havia sido deixado de lado ao longo dos anos, com as inúmeras variações de histórias contadas do personagem através dos quadrinhos ou do cinema. “A relação entre Jesus Cristo e Superman não foi inventada por nós. Existe desde a criação do personagem. Mas é uma dessas coisas que desapareceram nas últimas décadas", explicou Zack Snyder durante a coletiva de lançamento do filme.

A equipe de marketing da Warner, distribuidora do filme, convidou pastores para assistirem ao longa-metragem. Além disso, preparou material destacando as cenas do filme que fazem alusão à narrativa bíblica sobre Jesus, e o está enviando a pastores dos Estados Unidos para que seja usado em suas pregações. “Como é que a história do Superman poderia despertar nossa paixão pelo maior herói que já viveu, morreu e ressuscitou?”, questiona o material enviado aos pastores.

Kal-El é filho único de Jor-El, que o envia à Terra para salvá-lo da destruição eminente do seu planeta. Em séculos, Kal-El foi o único ser de Kripton nascido de maneira natural, sem a utilização de processo artificial, num incrível paralelo com a concepção virginal de Jesus. Antes de enviá-lo à Terra numa manjedoura high tech,  Jor-El consola sua mulher Lara que teme pela segurança do seu filho num planeta hostil: “Ele será um deus para eles”. 

Ao chegar a Terra, Kal-El é criado por pais adotivos como Clark Kent, e aos 33 anos, se vê perante um dilema: sacrificar-se para salvar a humanidade de seu inimigo. Jesus foi crucificado na mesma idade, para pagar pelos pecados de todos e garantir salvação. “O que Jesus e Superman oferecem através de suas ações ‘humanas’ e heroicas é esperança”, diz o material enviado aos pastores.

Além deste paralelo proposital, outra coisa me chamou muita a atenção. Antes de enviá-lo para a Terra, seu pai toma um crânio que parecia de um ancestral humano, a que chama de Códex, e colocando-o numa aparato tecnológico, transfere para o corpo da criança o código de DNA de todos os kriptonianos. Quando Zod chega ao nosso planeta, sua intenção é terraformá-lo, transformando-o num novo Kripton e extrair de Clark Kent o DNA do seu povo, trazendo-o de volta à vida. Nunca havia visto este argumento antes. Kal-El (Kent) reúne em seu próprio corpo todos os membros de sua raça. Para mim, este foi o mais incrível paralelo que o filme faz com Jesus Cristo (ainda que seus autores não tenham percebido isso). As Escrituras dizem que na plenitude dos tempos, Jesus reuniu em Si mesmo todos os seres celestiais e terrenos. A partir daí, Deus Se relaciona com a humanidade em Cristo. E é por estarmos "n'Ele" que temos a esperança da ressurreição. 

Se não assistiu ainda, aproveite a primeira oportunidade e, se possível, convide os irmãos da igreja para o assistirem, e, depois, debaterem sobre o paralelo entre ele e nosso Salvador. Posso garantir-lhe que vai valer a pena.




domingo, maio 08, 2011

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A Cruz e o Punhal - Versão Completa




Este filme marcou-me profundamente. Assisti-o pela primeira vez aos oito ou nove anos, quando senti-me chamado para o ministério da pregação. Embora filmado no início dos anos 70, e ambientado nos anos 60, continua atual.

Em 87, conheci de perto do trabalho do Desafio Jovem através de uma célula que se abria no Rio de Janeiro.

Em 2003, tive a alegria de visitar pela primeira vez a igreja de David Wilkerson na Time Square em Nova York. Encontrei lá uma igreja viva, pulsante, superlotada, fruto do trabalho árduo de grande herói da fé, que recentemente deixou este mundo num acidente automobilístico no Texas aos 79 anos.

Não deixe de assistir e prepare-se para ser impactado.

quinta-feira, março 10, 2011

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Comovente e desafiador: Butterfly Circus (Estreado por Nick Vujicic como ator)



BUTTERFLY CIRCUS com legendas em português
Uploaded by xavi10m. - Full seasons and entire episodes online.

Na última segunda-feira, eu e meus filhos fomos à Northland Church para assistir ao testemunho e pregação de Nick Vujicic, o jovem australiano que nasceu sem os membros. Já conhecia um pouco de sua história, e até havia compartilhado com os jovens de nossa igreja no Rio. Mas ouvi-lo pessoalmente foi deveras impactante. Vale a pena conferir seus vídeos disponíveis no Youtube, como também visitar seu site. A maneira como tem superados seus limites é uma lição que não pode ser esquecida. Mesmo sem os braços e as pernas, ele é capaz de nadar, fazer atividades domésticas, surfar e até pular de paraquedas. No filme acima ele atua no papel de um jovem considerado uma aberração, e que trabalhava como atração de um parque de diversão, até que foi descoberto por alguém que lhe disse do seu potencial. Insisto: não deixe de assistir até o final.

quarta-feira, fevereiro 09, 2011

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Não me deixe te deixar

Não me deixe te deixar from 4U Films on Vimeo.

domingo, agosto 01, 2010

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Inception (A Origem) e o conflito entre sonhos e realidade

a origem hermes fernandes Esta semana fui ao cinema com meus pimpolhos. Minhas filhas assistiram ao novo filme de seu astro predileto, Zac Efron, enquanto eu e meu filho assistimos ao extraordinário “Inception”, com Leonardo DiCaprio (“A Origem”).

Desde Matrix não assisti a um filme tão inovador em seu conceito. Tanto o roteiro (genial, diga-se de passagem), quanto a direção e os efeitos especiais, são de tirar o fôlego de qualquer cinéfilo.

A trama gira em torno de Dom Cobb (Leonardo DiCaprio), que lidera um grupo que invade os sonhos de pessoas poderosas para roubar informações secretas de seus subconscientes. Depois de falhar em uma missão, Cobb tem a chance de se redimir, ao ser contratado para uma missão arrojada e inédita; desta vez, não para roubar idéias e pensamentos, mas para implantá-los. É a esse processo que chamam de Inception, e cuja realização parecia ser impossível.

O filme vale-se de teorias ligadas à psicanálise de Freud, e à psicologia profunda de Carl Jung. Foi Sigmund Freud que chegou à conclusão de que no inconsciente é muito difícil distinguir a fantasia da lembrança. Suas descobertas instigaram Jung, inicialmente seu discípulo, a investigar o mundo dos sonhos e os seus significados. Em uma de suas acertivas, Freud conclui: “O sonho é a estrada real que conduz ao inconsciente”.

No filme, para implantar uma ideia no subconsciente do herdeiro de um império empresarial, Cobb e sua equipe têm que mergulhar nas camadas mais profundas de seu inconsciente. Enquanto viaja na primeira classe de um avião, o empresário é induzido a sonhar. Durante o sonho, situações inusitas acontecem, e ele é induzido a ter outro sonho dentro daquele sonho, e depois, outro sonho mais. Inception se mostra um quebra-cabeça mental extremamente original, experimental e pra lá de engenhoso. Cobb, por sua vez, tem sérios e antigos conflitos e sua ex-esposa Mal, que suicidou-se por confundir realidade e fantasia, é a personificação de seu turbulento passado. Se você pudesse escolher, iria preferir viver em um universo de sonhos ou em seu mundo real? Após perder sua família, ele tenta reencontrá-la não só em suas lembranças, mas principalmente nos induzidos (e perigosos) sonhos. Quando morrem em um sonho, os corpos reais despertam, a não ser que o sonho seja muito profundo, o que poderá levar a mente do ladrão de segredos a uma espécie de limbo, enquanto seu corpo vegeta no mundo real. Há que se prestar muita atenção para não se perder o fio da meada.

Pode-se também classificá-lo como um filme existencialista, que traz como principal dilema, viver na crueza do mundo real, ou se isolar em seu próprio universo fantasioso. Mas qual dos mundos é de fato real? Qual é sonho? Como distingui-los? Estas são questões pertinentes levantadas na película.

Não se trata de questões banais ou meramente fantasiosas. Pode ser aplicada a cada pessoa com conflitos externos, que cria seu próprio universo, no qual dita suas próprias regras. É claro que o filme não se propõe trazer resposta a essas perguntas, mas nos instiga a fazer nossas próprias conjecturas. O filme propõe, por assim dizer, uma busca pelo auto-conhecimento.

Além da abordagem psicanalítica e existencialista do filme, há também uma clara, ferrenha, porém sutil crítica ao capitalismo, e à maneira como as pessoas são manipuladas por este sistema baseado no lucro. O que que a propaganda faz senão uma espécie de “inception”? Todos os dias somos expostos a um bombardeio de anúncios, que tenta nos induzir a sonhar com coisas de que jamais necessitamos. De maneira sutil somos levados a adotar ideologias cujos objetivos inconfessáveis são de nos tornar meros fantoches nas mãos de corporações e governos poderosos.

Não foi igualmente a isso que Jesus foi exposto no episódio que conhecemos como “A tentação no deserto”?

Apesar de o inimigo de nossas almas não poder ler nossa mente, ele tem a habilidade de plantar ideias, de assentar tijolo a tijolo, até que haja construído uma verdadeira fortaleza de racicínios e altivez (2 Co.10:4), contra as quais temos que lutar.

Assim como o corpo possui um mecanismo de defesa, de maneira que quando corpos estranhos o invadem, cria anticorpos para combatê-los, no ambiente psíquico ocorre coisa similar. Esta é a razão porque Cobb e seus comparsas sempre se vêem em apuros durante sua incursão em sonhos alheios.

Usando uma abordagem bíblica, a única maneira de criarmos “anticorpos” às ideias que o mundo tenta implantar em nossas mentes é seguindo à risca a admoestação de Paulo:

“Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai” (Fp.4:8).

Em vez de sujeitar-nos à incersão de ideias e pensamentos malévolos e potencialmente destrutivos, devemos submeter-nos inteiramente à Palavra. Temos que dar uma faxina periódica em nossa mente, uma espécie de varredura como aqueles que fazemos em nosso computador quando acionamos o antivírus. Veja se não é esta a advertência feita por Tiago, irmão de Jesus:

“Pelo que, despojando-vos de toda impureza e de todo vestígio do mal, recebei com mansidão a palavra em vós implantada, a qual é poderosa para salvar as vossas almas” (Tg.1:21).

Uma vez tendo nossa alma salva (alma = psiquê em grego), limpa das ameaças viróticas, temos que reformatá-la, para que assim experimentaremos qual seja a “boa, perfeita e agradável vontade de Deus” (Rm.12:2).

A partir daí, resta-nos buscar estar próximos de pessoas que despertem o melhor, e não o pior que há em nós (2 Pe.3:1b), e ainda, procurar ‘infectar’ os demais, não com ideias e ideologias, mas com os ideais do Reino de Deus. Não podemos entrar no inconsciente de ninguém, mas podemos instigá-los a sonhar acordados. Aliás, esta é uma das atribuições do Espírito Santo: levar-nos a sonhar (Joel 2:28).