Por Hermes C. Fernandes
Um país que sofreu um duro golpe em sua democracia recentemente, com a destituição de um governo democraticamente eleito depois de uma onda de manifestações insufladas pela mídia à serviço dos interesses imperialistas.
Um governante autoritário de extrema direita, absolutamente despreparado, projetado nacionalmente através de programas de humor, aleito em cima da propagação de fake news, de uma pauta moralista e de um discurso anticorrupção, apesar de estar envolvido com milicianos e políticos comprovadamente corruptos.
Um governo que se diz nacionalista, mas que presta continência a outra bandeira e vende as riquezas do país a preço de banana. Um governo negacionista que desdenha a morte de seu próprio povo.
Multiplicação de células neonazistas que se sentem representadas pelo discurso xenofóbico e homofóbico do atual governo.
Não confunda o país com o seu desastroso governo.
De que país estou falando, afinal? Da Ucrânia? Não. Do Brasil. Mesmo assim, jamais aceitaria que o país sofresse uma invasão militar, mesmo que fosse para por fim a este desgoverno.
Todo país tem direito à autodeterminação e deve ter sua soberania respeitada.
Nada, absolutamente nada justifica os crimes de guerra praticados pela Rússia na Ucrânia. Assim como nada justifica as invasões perpetradas pelos Estados Unidos e sua intromissão em assuntos internos de países latino-americanos, dentre os quais, o Brasil. Não torço pela Rússia, nem pela OTAN. Torço pela paz.
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