Por Hermes C. Fernandes
O país está vivendo uma convulsão
como há muito não se via. Nossas instituições estão sob fogo cruzado. O que
emergirá de tudo isso? Só o tempo dirá. Mas, confesso: temo que seja o pior.
Foi assim em 54, em 64 e queira Deus que tenhamos aprendido a lição para não cometermos os mesmos erros de então (tudo
indica que não...).
Como num jogo de xadrez, facilmente
identificamos as peças: Rei, Rainha, Bispos, Cavalos, Torres e Peões (precisa
mesmo dizer que são os peões?). Mas, talvez, o que nos escapa são os jogadores.
Quem são, afinal? Quem estaria por trás de cada jogada?
A renúncia de Jânio Quadros foi
atribuída à pressão de forças ocultas, a quem ele denunciou como grupos e
indivíduos famigerados, inclusive do exterior. Em seu curtíssimo período de
governo, Jânio caiu na asneira de contrariar interesses internacionais,
condenando as intervenções estrangeiras, o isolamento de Cuba por parte dos
EUA, além de restabelecer laços diplomáticos com a URSS e a China. O presidente que tinha como símbolo de
campanha uma vassoura, foi varrido do cenário político nacional de maneira
vergonhosa. Sua renúncia se deu um dia após o discurso de Carlos Lacerda em
cadeia nacional, acusando-o de pretender dar um golpe de estado.
A mesmas forças ocultas teriam
sido responsáveis pela pressão que culminou com o suicídio do maior estadista que este país já teve:
Getúlio Vargas.
Quero deixar claro que não sou
afeito a teorias de conspiração. Mas, fato é que o tabuleiro da política
internacional está passando por modificações sensíveis e, pelo que tudo indica,
chegou a vez do Brasil. Nossos verdadeiros inimigos estão de fora assistindo ao
circo pegar fogo e celebrando o lucro que obterão com tudo isso.
Assisti recentemente a uma
produção hollywoodiana que se encaixou perfeitamente como analogia do que está
acontecendo com o mundo. No terceiro filme da série “Divergente” (se ainda não
assistiu, aviso: spoiler), os protagonistas resolvem transpor o muro que
separava Chicago do resto do mundo. Após atravessar uma região inóspita, são
resgatados por uma força aparentemente do bem e que se apresenta como sendo os
guardiões responsáveis pela cidade. Eles assistiam a tudo de fora e,
quando necessário, intervinham para manter a ordem numa sociedade que fora ‘preventivamente’
dividida em facções. Aos poucos, os heróis vão percebendo que os mocinhos são
na verdade os bandidos que se aproveitavam da ingenuidade do povo, usando-o
como cobaias num experimento social que pretendia produzir uma raça pura
(alguma semelhança com o nazismo?). Quando uma pessoa era ‘resgatada’
(eufemismo para rapto), era-lhe ministrada uma vacina que a fazia esquecer-se
de toda sua vida pregressa. Tal medida evitava questionamentos desnecessários e
eventuais insurreições. Deixei a sala do
cinema refletindo sobre o que tem ocorrido em nosso país. Quem seria os responsáveis por sermos um povo de memória tão curta? É o fato de desconhecermos nossa própria história que nos torna tão vulneráveis à manipulação.
Em meus 46 anos, nunca vi um
circo midiático como o que se armou nos últimos dias no país. É de se admirar
que poucos percebam a intenção por trás disso. A mídia foi com tudo para cima do
atual governo. Algo bem parecido com que
fizeram não só com Getúlio e Jânio, mas também com Juscelino e Jango. Pena que poucos
se recordem disso. E não foi só no Brasil. Homens que hoje são celebrados como
Nelson Mandela, Gandhi, Luther King, e, até a Madre Teresa de Calcutá, foram
execrados pela mídia de seu tempo. Faça uma pesquisa. Acusaram Gandhi de ser um
pedófilo. Luther King de ter um harém. Mandela de ser comunista. Madre Teresa
de ser mentalmente perturbada.
Devo confessar que a mídia
nunca me fez amar ninguém. E que, portanto, jamais me fará odiar a quem quer
que seja. O ódio nos cega, privando-nos do bom senso e nos tornando suscetíveis
à mais sórdida manipulação. Malcolm X tinha razão ao advertir: “Se você não
tomar cuidado, os jornais farão você odiar as pessoas que estão sendo oprimidas
e amar as que estão oprimindo.”
Entendo e partilho da profunda indignação
do povo brasileiro com toda a sujeira que está vindo à tona. Mas há que se
cuidar para que isso não se torne ódio e divida famílias, amigos, igrejas e a
sociedade como um todo.
Nossos verdadeiros inimigos
não são os que pensam diferentemente de nós, mas os que se locupletam do fato
de estarmos nos atacando mutuamente.
Sou totalmente a favor de que
se investigue até a última sujeira. Mas não me convenço de que os fins
justifiquem os meios. Tudo deve ser feito dentro da legalidade e sem este circo
todo que visa causar instabilidade política e assim retroalimentar o ciclo do
caos.
Não estou aqui para defender
tal governo. Não tenho qualquer ligação com o PT, nem com qualquer outro partido de esquerda ou de direita. Se há crimes, que sejam
apurados e punidos. O que não endosso é a pressão midiática para derrubar um
governo com o objetivo de substituí-lo por um cuja pauta represente um
retrocesso e cujo partido também esteja envolvido
nos mesmos escândalos de corrupção. Como tenho dito com certa frequência, não
adianta remover a prostituta para ceder o lugar ao cafetão.
Em
vez de entrar na pilha de quem sempre manipulou a opinião pública, por que não
saímos às ruas clamando por reforma política? Parafraseando João
Batista, o machado deve ser colocado à raiz da árvore. Senão, será apenas uma
poda mal feita e o mal voltará a brotar.
E mais: Independentemente de
sua posição, seja ou não a favor da maneira como as coisas estão sendo
conduzidas, que tal se nos uníssemos em oração pelo país? Só Deus conhece o
coração dos homens e sabe realmente o que se passa nos bastidores dos palácios
e nas redações da grande mídia. A gente faz conjecturas, e em nome de nossas
posturas, acaba fazendo desafetos. Ninguém está 100% certo. Todos temos uma
margem de erro em nossas percepções. Mas há algo que nos une: o desejo de que
as coisas mudem para melhor. Opiniões e ideologias nos dividem e enfraquecem.
Sentimentos e ideais nos unem e fortalecem. Então, o que estamos esperando? Em vez de ficarmos disseminando ódio, chamando de patifes e idiotas quem discorde de nosso posicionamento, vamos levantar aos céus um clamor pela nossa tão sofrida nação. Afinal, todos queremos um xeque-mate na corrupção, não na democracia.
Meu caro Hermes, comunismo não é democracia.
ResponderExcluirEu conheço muito bem o que é regime comunista ok? E isto já está no Brasil.
Esse recado é para você ok?
Vou te dizer só uma coisa.
Se continuar insistindo com Lula e Dilma na política do Brasil, vai ter intervenção Militar no governo do Brasil ok?
Sou Militar oficial de alto escalão do Exército Brasileiro.
As Forças Armadas do Brasil vai assumir em breve o Governo do Brasil.
Não será golpe, vai ser estado de necessidade no que diz a Carta Magana do artigo 142 que diz: É dever das Forças Armadas do Brasil defender o país de ameaças externa e interna, e o que está acontecendo, é ameaça interna pelo comunistas e cia, e te digo com certeza que vai ter intervenção Militar no Brasil.
A ditadura vai voltar em breve.
Portanto não fique alegre com o comunismo, que ele será eliminado no Brasil.