terça-feira, julho 21, 2015

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Uma avaliação sincera da reação dos cantores ao Thalles Roberto


Por Hermes C. Fernandes

Assistindo a algumas respostas que cantores gospel deram ao 'desaforo' dito por Thalles Roberto, cheguei à conclusão de que a coisa está bem mais feia do que imaginava. De todos que ouvi, poucos demonstraram verdadeira preocupação com a vida espiritual do cantor. A maioria parecia com o ego machucado. Alguns fizeram questão de se cartar de seus próprios feitos, de sua vendagem de discos, de seu sucesso que já perdura décadas, etc. Parece-me que o "desserviço" prestado por ele serviu a um propósito: sacudir o tapete e fazer com que toda o lixo acumulado viesse à tona. Quanta inveja travestida de piedade! Quanta amargura! Partindo disso, acho que seria mais coerente que eles comemorassem a sua "queda", visto que isso abriria uma enorme lacuna no mercado gospel ainda em ascendência. Houve até quem o advertisse de que o juízo de Deus viria sobre ele da mesma maneira como afundou o Titanic e matou John Lennon. Disseram que Deus poderia feri-lo com um câncer na garganta ou matar um filho seu afogado na piscina de sua mansão. Meu Deus! De que espírito sois?  Será que eles não percebem que o Thalles é apenas um subproduto de toda esta famigerada indústria gospel que eles mesmos ajudaram a criar? Se eu fosse eles, poria minha barba de molho. O que ocorreu ao Thalles, pode ocorrer a qualquer um deles. Todos estamos na mira da vaidade. Ao menos, o dito cantor teve a coragem de expor o que estava em seu coração. A maioria prefere disfarçar, pagar uma de humilde, mas, no fundo, no fundo, adoraria receber os mesmos cachês, tirar o mesmo sarro que ele tirou dos demais, ostentar a mesma riqueza e fama. O ocorrido deveria servir de alerta a todos. 

Devo concordar com ele de que a música gospel atual é fraca. Já foi bem melhor. Por isso, não se faz mais canções eternas como antes. Todas têm prazo de validade. Tocam por alguns meses, e depois caem no esquecimento. Ainda bem! Sinceramente, não merecem ser lembradas. São canções extremamente antropocêntricas, cheias de vícios de linguagem, sem qualquer comprometimento com o genuíno evangelho do reino e da graça. Porém, as canções do Thalles não escapam disso. São todas igualmente fracas, ao menos, do ponto de vista lírico. 

Criaram um monstro, e quando ele se desperta e tenta escapar da jaula, todos os apedrejam. O que ele precisa agora é de oração. Mas ele não é o único. Todos estão no mesmo barco. O sucesso os intoxicou. A soberba os corrompeu. Mamom etiquetou suas almas. Arrependam-se! Busquem a Deus! Talvez ainda haja esperança. Renunciem seus cachês exorbitantes. Os milhares de reais que recebem das prefeituras deveriam ser usados nos serviços públicos, nas merendas escolares, nos leitos hospitalares. Sem contar os que recebem cachês impraticáveis do tráfico de drogas para se apresentarem em bailes de comunidades. Depois não adianta se apresentar numa igrejinha qualquer sem cobrar, só para driblar o peso de consciência. Aliás, se depender de tal peso, levita vai ter que deixar de levitar... O Thalles é só um efeito colateral de um câncer cuja metástase já se espalhou por quase todo o corpo. Sorte de Janires, dos irmãos Otoniel e Oziel, e de tantos outros que partiram para a glória antes que a coisa descambasse. Deixo claro que há exceções. Ainda restam joelhos que não se dobraram. Pena que sejam tão poucos. Que o Senhor tenha misericórdia do Thalles. Que Ele tenha misericórdia de cada um de nós.

Abaixo, uma canção em que faço uma severa crítica a tudo isso que está aí, mas esperançoso de que as coisas mudem na medida em que buscarmos ter um coração igual ao de Cristo.




5 comentários:

  1. Excelente texto, permita-me republicá-lo em nosso blog, com os devidos créditos, é claro!
    abraços!

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    1. Anônimo1:30 PM

      Acima da média igual ao Thales.

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  2. Quem é Talhes? Que passou com ele?

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  3. Paz de Cristo! A verdade é que 98% desses "cantores gospel" são tudo farinha do mesmo saco, o mesmo aplica-se aos "pregadores".

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