Por Hermes C. Fernandes
Nada tem despertado mais a
imaginação dos cristãos ao longo da história do que a promessa de novos céus e
nova terra. Como será viver lá? Que
ocupação teremos?
Pelas descrições de alguns, a
impressão que se tem é que a vida lá seria um tédio. Imagine passar a
eternidade tocando harpas, saltando de nuvem em nuvem... Ou gastar o tempo
declarando incessantemente “santo, santo, santo é o Senhor!” Talvez por isso,
alguns descrentes afirmem que o inferno pareça bem mais divertido, pelo menos, a
julgar por aqueles que temos enviado para lá em comparação aos que
acreditamos estarem no céu. Brincadeiras à parte, o que as
Escrituras realmente dizem sobre “novos
céus e nova terra”? Será que coincide com que temos ouvidos dos púlpitos?
A primeira vez que o tema aparece
nas Escrituras é em Isaías 65. Mas devo adiantar que as promessas contidas
nesta passagem são surpreendentes e detonam muitas das crendices que têm sido
alimentadas ao longo do tempo.
Nos versos 17 e 18 lemos:
“Vede,
eu crio novos céus e nova terra. Não haverá lembrança das coisas passadas, nem
mais se recordarão. Mas vós folgareis e exultareis perpetuamente no que eu
crio, pois crio para Jerusalém alegria, e para o seu povo gozo.”
Repare que o verbo usado está no
presente e não no futuro. Ele não diz que criará, mas que cria, ficando
subentendido que se trata de uma obra que já está em andamento. Uma espécie
de gestação. E de fato, os novos céus e a nova
terra são frutos de uma gestação que começou no momento em que terra e céu
contraíram núpcias em Cristo na Cruz. Paulo se refere a este fato como “o mistério da sua vontade” em que
Deus fez convergir em Cristo todas as coisas, “tanto as que estão nos céus como as que estão na terra”
(Ef.1:9-10). É desta união entre céu e terra
que surge a nova criação. A cruz foi o lugar de encontro. O abismo que os
separava foi transposto. Por isso, na visão narrada por João em Apocalipse, nesta nova criação “o mar já não existe” (Ap.21:1). Na
simbologia bíblica, “mar” representa separação.
Como já disse num ensaio
anterior, o termo “céu” representa o aspecto subjetivo da realidade, ou mais
precisamente a consciência. Enquanto “terra” aponta para o aspecto objetivo da
realidade, isto é, aquilo que é palpável, concreto, a criação como um todo. Portanto,
“novos céus” são novos níveis de consciência alcançados pela humanidade através
da atuação direta do Espírito Santo (Falo mais sobre isso aqui)
Observe que fala-se de “novos
céus” no plural, enquanto “nova terra” no singular. Podemos inferir daí
que haverá níveis diferentes de consciência. Daí se dizer que o Espírito nos
conduz de “glória em glória”(2 Co.3:18). A cada nova glória, uma compreensão mais
abrangente e profunda dos propósitos divinos e de nosso lugar no universo.
Retornando a Isaías 65, lemos que nesta nova criação não haveria lembrança das coisas passadas. Longe de sugerir uma espécie de
amnésia, o que o texto parece indicar é que não seremos prisioneiros da
nostalgia. Sem nossa memória, não seríamos nós mesmos. Nossas ações de graça
não teriam qualquer valor. Imagine agradecer a Deus pelo que não lembramos. Não
faria qualquer sentido. Apesar de termos nossa memória intacta, não sentiremos saudade do que passou.
Apocalipse 21 traz vários paralelos com Isaías 65 em sua descrição desta surpreendente realidade. No verso 4, lemos
que “e Deus limpará de seus olhos toda a
lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor; porque já as
primeiras coisas são passadas.”
A maioria dos cristãos
contemporâneos faz uma leitura futurista das profecias contidas em Apocalipse.
Porém, devemos nos lembrar que antes que Jesus começasse a descortinar tais
coisas aos olhos de João, Ele o instruiu: “Escreve,
pois, as coisas que tens visto, e as que são, e as que depois destas hão de
suceder” (Ap.1:19). Portanto, o livro mais temido da Bíblia contém
profecias que já haviam se cumprido, que estavam se cumprindo naquele momento,
e que se cumpririam logo após. Creio piamente que a profecia
relativa aos novos céus e à nova terra já estão em pleno andamento. Basta ler
os versos 5 e 6 do capítulo 21 para se dar conta disso:
“E o que estava assentado sobre o trono
disse: Eis que faço novas todas as coisas. E disse-me: Escreve; porque estas
palavras são verdadeiras e fiéis. E disse-me mais: Está cumprido.” Apocalipse 21:5-6a
Ele não disse que aquilo se
cumpriria num futuro longínquo, e sim que está
cumprido. Da mesma maneira que Ele disse através de Isaías “eu crio novos céus e nova terra” e não “eu criarei...”, em Apocalipse Ele
declara “Eis que faço novas todas as
coisas” e não “Eis que farei...” O
que combina perfeitamente com a declaração de Paulo: “Se alguém está em Cristo, nova criação é: as coisas velhas já passaram;
eis que tudo se fez novo” (2 Coríntios 5:17).
Portanto, Ele já tem limpado dos
nossos olhos toda lágrima e a morte foi abolida. Alguém poderá objetar: Mas
não é isso que temos visto. Ainda choramos e morremos. Todavia, a tristeza que
nos atinge não é mais a tristeza segundo o mundo, capaz de nos empurrar para o
abismo, mas a tristeza segundo Deus que nos conduz à salvação (2 Co. 7:10).
Trata-se daquela tristeza a que Jesus Se refere em João 16:20-22 e que estaria destinada a
converter-se em alegria perene. Esta tristeza é, por assim dizer, a própria semente
da alegria. Repare que o texto não diz que as lágrimas deixariam de ser
vertidas, e sim que seriam limpas, isto é, enxugadas. Para isso, Ele nos
derramou o Seu Espírito Consolador. As lágrimas até podem rolar, mas são
aparadas pelas mãos d’Aquele que nos ama e consola. Por isso que Paulo diz que apesar de “entristecidos, estamos sempre alegres”
(2 Co. 6:10). Ele cria alegria para o Seu povo! E isso, através de uma
consciência apaziguada e convencida de que todas as coisas cooperam para o bem
dos Seus amados. Afinal, o reino de Deus é, entre outras coisas, alegria (Rm.14:17)!
E quanto à morte? Teria sido banida?
Para os que creem, a resposta é SIM. Paulo nos informa em sua segunda epístola a
Timóteo, que Cristo Jesus “destruiu a morte, e trouxe à luz a vida e a
imortalidade pelo evangelho” (2 Tm.1:10). João ecoa esta mesma verdade ao
afirmar que “sabemos que já passamos da morte para a vida” (1 Jo.3:14).
E o próprio Jesus afirmou que se alguém guardar a Sua Palavra, “jamais verá
a morte” (Jo.8:51).
O que chamamos erroneamente de morte, na verdade não passa de uma
passagem do cronos para o kairós, do tempo linear para a
eternidade. Deixamos este corpo mortal para receber imediatamente um corpo
incorruptível, sem intervalo, sem estado intermediário (Falo mais sobre isso
aqui).
Voltando para Isaías 65, deparamo-nos com as mais fascinantes promessas
acerca desta nova realidade vislumbrada em Cristo. Lemos nos versos 19-20 que “não haverá mais nela criança que viva
poucos dias, nem velho que não cumpra os seus dias; aquele que morrer com cem
anos, será tido por jovem; o pecador que não conseguir alcançar cem anos será
considerado amaldiçoado.”
Quanta informação importante aí, não? Todas elas revelam que os novos
céus e a nova terra não devem ser confundidos com a eternidade, mas que é uma realidade que se processa e se concretiza dentro da História e não para além dela. Se não, vejamos: na
eternidade não haverá natalidade, enquanto que nos novos céus e a nova terra
ainda haverá crianças.A diferença é que o índice de mortalidade infantil será zerada. É
nesta direção que estamos caminhando. A cada dia, este índice vai caindo. Perceba
também que haverá diferentes faixas etárias, incluindo idosos. De acordo com pesquisas recentes, em breve a expectativa de
vida vai ultrapassar os cem anos. Atualmente, gira em torno dos oitenta. No
início do século passado era de trinta e oito anos, a mesma do tempo em que
Jesus caminhou entre nós.
Nestes “novos céus e nova terra” ainda haverá morte.
Porém, ela não será vista como um bicho papão, mas como um inimigo vencido. A
morte biológica continuará até que Cristo venha em glória e nos revista de
corpos incorruptíveis.
E ainda: nesta nova configuração da realidade ainda haveria pecadores. Enquanto
não recebermos nossos novos corpos, o pecado nos importunará. Estamos livres do
seu poder, da sua condenação, mas ainda não nos tornamos livres de sua
presença.
O texto também afirma que os habitantes desses novos céus e nova terra, “edificarão casas, e nelas habitarão; plantarão
vinhas, e comerão o seu fruto. Não edificarão para que outros nelas habitem,
nem plantarão para que outros comam. Pois os dias do meu povo serão como os
dias da árvore, e os meus eleitos gozarão das obras das suas mãos até a sua
velhice”(vv.21-22).
Então, esqueça aquela estória de
que ficaremos tocando harpinha e cantando sem parar num coral regido pelo
arcanjo Miguel. Casas serão edificadas. Pomares serão cultivados. Portanto,
haverá atividades profissionais e econômicas. O que não haverá mais é
exploração. Ninguém vai se enriquecer à custa do trabalho alheio. É nesta
direção que caminhamos. Em vez de o capital, o que será valorizado é o
trabalho. Em vez de o patrimônio, o que será valorizado é o ser humano.
Haverá trabalho, mas não
escravidão. Por isso, lemos que ninguém vai trabalhar debalde, isto é, além do
necessário, “nem terão filhos para a
calamidade, pois serão um povo bendito do Senhor, eles e os seus descendentes
com eles. Antes que clamem, responderei; estando eles ainda falando, os ouvirei”
(vv.23-24). Fica subentendido que além de trabalho, haverá tempo para o
laser. Pais e filhos brincarão juntos. A provisão de Deus os alcançará em todo
o tempo. A propósito, se haverá filhos, também haverá relação sexual. Ou haveria outra maneira de procriar?
E agora, a mais surpreendente das
promessas:
“O
lobo e o cordeiro se apascentarão juntos, e o leão comerá palha como o boi, mas
o pó será a comida da serpente. Não farão mal nem dano algum em todo o meu
santo monte, diz o Senhor.” Isaías 65:25
Além de família, trabalho, lazer,
também haverá diversidade. Não haverá animosidade entre os que pensam diferentemente. O que antes nos soava ameaçador, agora será visto como inofensivo e motivo de celebração. A paz terá sido estabelecida entre os homens. Todos se acolherão mutuamente, sem se importar com as diferentes opiniões acerca de questões secundárias. Quando a comunhão plena não for possível, ao menos, se esforçarão para que haja coexistência pacífica e respeitosa. Ninguém vai mudar por imposição de outrem.
Obviamente, o evangelho é poderoso para transformar o caráter de quem quer que seja, de modo que o seu comportamento seja alterado. Quem poderia esperar que um leão pastasse? Porém, isso não lhe dá o direito de exigir que a serpente também mude sua dieta. Se fosse propósito de Deus, isso certamente aconteceria. Quem foi transformado, não deve julgar quem foi mantido em sua natureza, e quem permaneceu como era não pode julgar quem foi transformado. O importante que ambos aprendam a conviver harmoniosamente. Que o cordeiro não se sinta ameaçada pelo lobo, nem o lobo o enxergue como petisco.
Há coisas que podem e devem ser mudadas, porque afetam a terceiros, interferem na convivência harmoniosa entre os seres. Que ótima notícia para as gazelas e zebras! Os leões agora comem capim! Na terra sonhada pelos profetas não haveria vítimas nem algozes. Todos aprenderiam a arte da coexistência. Mas na mesma passagem que fala da inusitada transformação da natureza leonina, diz que as serpentes continuariam sendo o que sempre foram. Sua dieta alimentar seguiria a mesma: o pó. Não veja na figura usada uma representação do demônio. Trata-se, antes, de uma alusão à natureza humana e suas idiossincrasias. Há, portanto, fortes indícios de que Deus esteja bem mais interessado em mudar o que afeta o bem comum e traz prejuízos ou sofrimentos a terceiros. Todavia, Ele conhece a nossa estrutura e sabe que somos pó. O pó não é apenas de onde viermos e para onde voltaremos. É aquilo de que somos constituídos. Somos frutos de contingências históricas. Cada qual é filho de seu próprio tempo. Ele jamais exigirá de nós o que não temos para dar. O profeta não diz que nasceriam plumas na serpente, ou que lhe cresceriam pernas. Como também não diz que o leão teria sua juba substituída por chifres. O foco principal da atuação divina são os relacionamentos. Conforme a profecia, o propósito de Deus é que ninguém sofra dano algum, nem deixe um rastro de vítimas por onde passar. A religião é que se preocupa com externalidades, impondo aos fiéis uma mudança superficial e aparente. Contudo, continuam devorando-se uns aos outros, num famigerado canibalismo cujo apetite é estimulado pelo egoísmo.
Se o leão passar a se comportar como um boi, que tal mudança seja fruto de uma conscientização e não de uma imposição. E o que não for passível de mudança, não seja visto como insulto. Fica a cargo do Espírito Santo transformar a quem Ele quiser. E quem somos nós para questionar? Nosso papel se limita a amar. Talvez, nem todos sejam transformados como gostaríamos justamente para que nossos preconceitos e escrúpulos sejam desafiados pelo dom do amor.
Obviamente, o evangelho é poderoso para transformar o caráter de quem quer que seja, de modo que o seu comportamento seja alterado. Quem poderia esperar que um leão pastasse? Porém, isso não lhe dá o direito de exigir que a serpente também mude sua dieta. Se fosse propósito de Deus, isso certamente aconteceria. Quem foi transformado, não deve julgar quem foi mantido em sua natureza, e quem permaneceu como era não pode julgar quem foi transformado. O importante que ambos aprendam a conviver harmoniosamente. Que o cordeiro não se sinta ameaçada pelo lobo, nem o lobo o enxergue como petisco.
Há coisas que podem e devem ser mudadas, porque afetam a terceiros, interferem na convivência harmoniosa entre os seres. Que ótima notícia para as gazelas e zebras! Os leões agora comem capim! Na terra sonhada pelos profetas não haveria vítimas nem algozes. Todos aprenderiam a arte da coexistência. Mas na mesma passagem que fala da inusitada transformação da natureza leonina, diz que as serpentes continuariam sendo o que sempre foram. Sua dieta alimentar seguiria a mesma: o pó. Não veja na figura usada uma representação do demônio. Trata-se, antes, de uma alusão à natureza humana e suas idiossincrasias. Há, portanto, fortes indícios de que Deus esteja bem mais interessado em mudar o que afeta o bem comum e traz prejuízos ou sofrimentos a terceiros. Todavia, Ele conhece a nossa estrutura e sabe que somos pó. O pó não é apenas de onde viermos e para onde voltaremos. É aquilo de que somos constituídos. Somos frutos de contingências históricas. Cada qual é filho de seu próprio tempo. Ele jamais exigirá de nós o que não temos para dar. O profeta não diz que nasceriam plumas na serpente, ou que lhe cresceriam pernas. Como também não diz que o leão teria sua juba substituída por chifres. O foco principal da atuação divina são os relacionamentos. Conforme a profecia, o propósito de Deus é que ninguém sofra dano algum, nem deixe um rastro de vítimas por onde passar. A religião é que se preocupa com externalidades, impondo aos fiéis uma mudança superficial e aparente. Contudo, continuam devorando-se uns aos outros, num famigerado canibalismo cujo apetite é estimulado pelo egoísmo.
Se o leão passar a se comportar como um boi, que tal mudança seja fruto de uma conscientização e não de uma imposição. E o que não for passível de mudança, não seja visto como insulto. Fica a cargo do Espírito Santo transformar a quem Ele quiser. E quem somos nós para questionar? Nosso papel se limita a amar. Talvez, nem todos sejam transformados como gostaríamos justamente para que nossos preconceitos e escrúpulos sejam desafiados pelo dom do amor.
A palavra-chave para o que ocorre
a partir da concepção dos novos céus e da nova terra é reconciliação. Assim
como o céu foi reconciliado com a terra, o subjetivo com o objetivo, o visível
com o invisível, Deus com os homens, assim também, todos os seres, de todas as
dimensões existentes, estarão reconciliados sob os auspícios da cruz. Nas
palavras de Paulo, o apóstolo, “aprouve a
Deus que nele (em Cristo) habitasse toda a plenitude, e que, havendo por ele
feito a paz pelo sangue da sua cruz, por meio dele reconciliasse consigo mesmo
todas as coisas, tanto as que estão na terra como as que estão nos céus”
(Col.1:19-20).
Resumindo: na Cruz, céu e terra
se uniram para dar início à gestação de “novos
céus e nova terra”. Em breve, Cristo, o Supremo Obstetra virá para fazer o
parto. O que hoje já é real, porém, oculto aos nossos sentidos, finalmente se
manifestará, de modo que todo olho verá. Para os que estão em Cristo, que aprenderam a viver por fé e não
por vista, esta realidade já é presente. As promessas feitas em Isaías 65 vão
se cumprindo paulatinamente, na medida em que avançamos de glória em glória, de
modo que se cumpra o que diz Provérbios: “A
vereda dos justos é como a luz da aurora que vai brilhando cada vez mais até
ser dia perfeito” (Pv. 4:18).
Enquanto não chega o Dia
Perfeito, o dia do parto, devemos cuidar da criação como quem cuida de uma
gestante. Tanto a terra está grávida de uma nova terra, quanto a igreja formada
por aqueles cuja consciência foi transformada está grávida de uma nova humanidade
(Leia mais sobre isso aqui).
prof. Hermes , não sei se compreendi o texto , mas eu entendi que "a nova Terra e os novos céus" serão aqui. Mas , então porque Jesus disse aos seus discípulos :"Na casa do Meu Pai há muitas moradas" , em outro trecho :"A carne e o sangue não herdarão o Reino dos céus" e lá em Gênesis :" "E o pó volte à terra, como o era, e o espírito volte a Deus, que o deu." E também aquela parte do ladrão na cruz:"... ainda hoje estarás comigo no paraíso"... Esses trechos não indicam que nossos espíritos irão habitar nas moradas celestiais , que é o habitat natural deles? E esta matéria corruptível aqui da Terra? Sem falar na parábola do rico e Lázaro ...
ResponderExcluirSônia, as moradas a que se referem Jesus são os nossos novos corpos incorruptíveis, de acordo com a interpretação dada por Paulo:
ResponderExcluir"Porque sabemos que, se a nossa casa terrestre deste tabernáculo se desfizer, temos de Deus um edifício, uma casa não feita por mãos, eterna, nos céus. E por isso também gememos, desejando ser revestidos da nossa habitação, que é do céu; se, todavia, estando vestidos, não formos achados nus. Porque também nós, os que estamos neste tabernáculo, gememos carregados; não porque queremos ser despidos, mas revestidos, para que o mortal seja absorvido pela vida." 2 Coríntios 5:1-4
Nossos novos corpos têm origem celestial, mas não significa que não serão corpos físicos. Pois Paulo diz que serão semelhantes ao corpo de Jesus ao ressuscitar, e como sabemos, Ele comeu, caminhou e ainda exibiu as cicatrizes da cruz, deixando tocar por Seus discípulos.
ResponderExcluirDe fato, "carne e sangue" não podem herdar o reino, porque são corruptíveis, mas os corpos que receberemos serão incorruptíveis, apesar de serem físicos. Não serão incorruptíveis apenas no que tange ao fato de não mais sofrerem o desgaste do tempo, mas também por não se sujeitarem mais ao pecado.
ResponderExcluirQuanto a parábola de Lázaro, dá uma checada neste link: http://www.hermesfernandes.com/2013/08/kairosfera-pra-onde-vamos-ao-morrer.html
ResponderExcluirEspero ter ajudado. E obrigado por sempre comentar aqui no blog. Seus comentários são sempre pertinentes e bem-vindos.
Obrigada pela resposta. Deus abençoe!!
ExcluirHermes, um pequeno resumo do que vc falou com sabedoria ok?
ResponderExcluirNo livro de Apocalipse 21.1,2 diz: E vi um novo céu e uma nova terra. Porque já o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar não existe.
E eu, João, vi a Santa Cidade, a nova Jerusalém, que de Deus descia do céu, adereçada como uma esposa ataviada para seu marido.
JOÃO DIZ: EU VI UM NOVO CÉU E UMA NOVA TERRA.
O alvo e expectativa finais da fé do NT é um novo mundo, transformado e redimido, onde Jesus Cristo permanece com seu povo e a justiça reina em santa perfeição, leia Salmos 102.25,26; Isaías 65.17; 66.22; Romanos 8.19-22; Hebreus 1.12; 12.27; 2 pedro 3.13.
Para apagar todos os sinais do pecado, haverá a destruição da terra, das estrelas e galáxias; o céu e a terra serão abalados,
O CÉU E A TERRA SERÃO ABALADOS.
Ageu 2.6a diz: Porque assim diz o SENHOR dos Exércitos: Ainda uma vez, daqui a pouco, e farei tremer os céus, e a terra, e o mar, e a terra seca.
Isto refere-se ao juízo divino contra o mundo antes e durante a volta de Jesus Cristo, leia Hebreus 12.26,27: " Os céus e a terra tremerão ", leia Joel 3.16; Mateus 24.29,30. A glória de Deus, então, encherá o templo como nunca dantes aconteceu. Deus habitará entre o seu povo, em paz, como o Salvador glorioso.
Por gentileza leia a sequencia de Ageu 2. 6,7,8,9 ok?
DESAPARECERÃO COMO FUMAÇA.
Isaías 51.6 diz: Levantai os olhos para os céus e olhai para a terra de baixo, porque os céus desaparecerão como a fumaça, e a terra se envelhecerá como uma veste, e os seus moradores morrerão como mosquitos; mas a minha salvação durará para sempre, e a minha
justiça não será quebrada.
O estabelecimento do reino eterno de Deus na terra, importará na destruição dos céus e da terra atualmente existentes e também na de
todos quantos se opõem a Deus e à sua justiça, leia Isaías 24.4; 34.4; 50.9; Hebreus 1.10,11; Apocalipse 19.
DESAPARECERÃO COMO FUMAÇA.
Isaías 51.6 diz:
AS ESTRELAS SE DERRETERÃO, Isaías 34.4.
Essas estrelas representa as nações e não a constelação ok? É Escatologia isso.
Isaías 34.4 diz: E todo o exército dos céus se gastará, e os céus se enrolarão como um livro, e todo o seu exército cairá como cai a folha da vide e como cai o figo da figueira.
Esse juízo terrível que cairá sobre todas as nações no fim dos
tempos, enfatizam a ira de Deus contra todo o pecado e rebelião, leia
Apocalipse 19.17, esse julgamento abrangerá distúrbios nos céus, leia Mt 24.29; Ap 6.13,14, isto está ligado à volta de Cristo para
estabelecer o seu reino na terra. Apocalipse 19.20.
OS ELEMENTOS SERÃO DISSOLVIDOS.
Em 2 Pedro 3.7,10 diz: Mas os céus e a terra que agora existem pela mesma palavra se reservam como tesouro e se guardam para o fogo, até o Dia do Juízo e da perdição dos homens ímpios.
Mas o Dia do Senhor virá como o ladrão de noite, no qual os céus passarão com grande estrondo, e os elementos, ardendo, se desfarão, e a terra e as obras que nela há se queimarão.
a TERRA renovada se tornará a habitação dos homens e de Deus, leia Apocalipse 21.2,3; 22.3-5. Todos os remidos em Jesus Cristo terão corpos semelhantes ao corpo ressurreto de Cristo, e, corpo real, visível e tangível, porém incorruptível, poderoso e imortal, leia por gentileza Romanos 8.23; 1 Coríntios 15.51-56.
Hermes não gosto muito de Escatologia, isso é para vc que gosta, mas tome cuidado que até o João que escreveu e viu o apocalipse, a bíblia não fala mas com certeza ele ficou doidão com aquilo que viu.
João estava pensando que era um sonho o que viu o que não era.
Hermes, prefiro ficar na minha hermenêutica mesmo, deixo a escatologia para vc ok?
Existe o Ades, que é chamado de inferno que é o lugar que está as almas sem Deus aguardando o dia D o tribunal de Deus, o juízo final, para serem condenadas e irão ser lançadas no lago de fogo e enxofre juntamente com Satanás e seus anjos
A Nova Jerusalém descerá do céu e reinaremos para sempre com a Trindade Santa, Deus Pai, Deus Filho, e Deus Espírito Santo.
Maranata Jesus Cristo de Nazaré.
Ao meu ver, o colega confunde MILÊNIO com NOVOS CÉUS E NOVA TERRA, que são duas coisas distintas! Abs...
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