domingo, dezembro 08, 2013

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Violência extrema no estádio e a rivalidade entre torcedores cristãos



Por Hermes C. Fernandes

Lamentável o incidente ocorrido neste domingo na Arena Joinville. Nada justifica a violência protagonizada por torcedores do Atlético-PR e do Vasco. Até o momento, três torcedores foram internados em coma, e um deles, de apenas 19 anos, em estado gravíssimo. 

Como não se chocar vendo um torcedor usando um pedaço de pau com prego para espancar torcedores do time rival? 

Para surpresa de muitos, o juiz decidiu que o jogo paralisado por causa das cenas de selvageria deveria ser retomado. A meu ver, tal decisão demonstrou total falta de respeito às vítimas daquela agressão gratuita, bem como às famílias que lá estavam para assistir a um espetáculo futebolístico e não àquele barbárie. Queira Deus que as autoridades investiguem a fundo as cenas veiculadas pela TV e encontrem os responsáveis pelo início da baderna. 

Chamou-me a atenção as manifestações quase que instantâneas nas redes sociais. Torcedores de times rivais se aproveitavam do momento para espezinhar os torcedores do Vasco e do Atlético-PR. Até vejo com naturalidade esta rivalidade, porém, acredito que um momento como esse deveria ser lamentado por todos, e não celebrado.

Apesar de torcer pelo flamengo, tenho grandes amigos que torcem por times rivais como o vasco, o fluminense e o botafogo. Meu carinho e respeito por eles é bem maior do que meu 'amor' ao time rubro-negro carioca. Por isso, prefiro não levar a rivalidade dos campos para meus perfis no facebook e no twitter. Admito até certas brincadeiras e provocações, mas jamais permitiria agressões verbais que alimentassem uma animosidade idiota que, quando levada às últimas consequências, pode resultar em vias de fato. 

Não é um episódio como este que assistimos hoje que vai macular toda uma torcida formada de gente honesta, trabalhadora e de bom-senso, que vai aos estádios unicamente para torcer e se divertir. Toda torcida tem gente fanática ao extremo, capaz de ferir e até de matar por seu time. Em vez de lançar querosene na fogueira, que tal tentar apaziguar?

Sinceramente, recuso-em a crer que alguns colegas, pastores cuja reputação é ilibada, levem para seus púlpitos esta rivalidade ou use as redes sociais para alimentá-la. Perdoem-me pela crítica, mas não acho de bom tom. 

Recentemente, dois líderes proeminentes cariocas protagonizaram um episódio, no mínimo, vexatório. O Pr. Silas Malafaia, por quem nutro profundo respeito (ainda que não concorde com parte de sua teologia), resolveu fazer uma brincadeira com o Pr. Abner Ferreira da Assembleia de Deus de Madureira, presenteando-o com um kit do vasco, incluindo camisa e bandeira. Flamenguista declarado, Abner sentiu-se constrangido com a brincadeira feita em pleno púlpito durante o culto. A 'homenagem' teria sido uma forra, pois no dia do seu aniversário, Silas, que é botafoguense, recebeu de Abner um kit do flamengo. Entendendo perfeitamente tratar-se de uma brincadeira entre colegas. Mas penso que o púlpito não deveria ser lugar para isso. Tampouco as redes sociais deveriam ser usadas por pastores para provocar a torcida de times rivais.

Depois deste episódio em Joinville, deveríamos redobrar nossos cuidados e incentivar as torcidas a uma atitude respeitosa tanto nos estádios, quanto na igreja e no ambiente virtual. 

Brincadeiras, tudo bem. Desrespeito, jamais.

Aproveito para lamentar o rebaixamento de dois grandes times cariocas: o vasco e o fluminense. Falo com sinceridade. Não estou fazendo média. Penso que a série A do próximo ano não será a mesma sem a rivalidade histórica entre eles e o flamengo.

Espero que nenhum flamenguista me veja como traidor. Mas torci de coração para que ambos os times não fossem rebaixados. Assim como celebrei a chegada do botafogo à Libertadores. Ora, se torço pela seleção brasileira, por que não torceria pelo futebol carioca?


3 comentários:

  1. Concordo com a sua posição bispo!

    Acho lastimável esse acontecimento. Infelizmente alguns grupos que se dizem torcedores vão aos estádios com o intuito único de brigar.

    São criminosos que portam armas brancas e até armas de fogo. Esse tipo de coisa não pode ser admitido em lugar nenhum. É crime!

    Infelizmente no Brasil o Estado tem que intervir, a polícia precisa estar presente, as torcidas precisam ser dividas por alambrados ou cordões de isolamento. Se não, o que acontece é isso que vimos.

    Acho que de certa forma a culpa é do Estado que deveria colocar o policiamento no estádio, pois parece que abriga já estava anunciada nas redes sociais, em contrapartida, também acho que a sociedade precisa evoluir o seu grau de consciência, civilidade e humanidade.

    E sobre o Silas e o Abner, é triste, muito triste.
    Acho que é só uma demonstração do temor que está desaparecendo do meio de certa liderança.

    Graça e paz!

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  2. Anônimo9:29 AM

    Isto aí foi num campo de futebol? Hermes!
    Eu pensei que foi no Rio de Janeiro, onde inocentes são acertados toda hora por balas perdidas ( Tiro ) ou assaltados, machucados e mortos por bandidos.
    Ou: Ao invés de lutar em campo de futebol, se gladiarem entre si, poderiam refazer o coliseu a arena de matança do Império Romano em Roma dos séculos passados, para estas execuções de hoje nos campos de futebol, acabarem com campo de futebol, e lutarem na arena de gladiadores, é o lugar certo para isto, mas, tem que ter uma bola lá para
    despistar, e deixar os valentões se devorarem um ao outro.
    Que barbaridade!
    Só posso dizer Hermes para este mundo de densas trevas, MARANATA JESUS CRISTO DE NAZARÉ.

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  3. Anônimo10:16 AM

    Lembrando Hermes, que há rivalidade, sim, e toda hora de líderes pastores, bispos etc, de igrejas evangélicas que disputam entre si:
    Quem é a melhor o fodão, qual pastor ficou milionário depois que assumiu a liderança da igreja, e como ficar milionário na igreja sem
    trabalhar como acontece, qual a igreja é mais rica, qual pastor rouba
    mais dos membros e etc.
    A disputa dos avarentos líderes religiosos, pastores, bispos etc, é todos os dias nas chamadas igrejas evangélicas.
    É uma guerra urbana entre pastores, bispos, apóstolos, Hermes!
    A máfia de igrejas evangélicas a todo vapor do enriquecimento ilícito.

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