Por Hermes C. Fernandes
Nada como a liberdade que a graça nos confere! Mas em nome desta liberdade, muitos aproveitam para dar vazão aos seus apetites carnais. Esquecem-se ou mesmo desconhecem a admoestação que diz: “Não useis então da liberdade para dar ocasião à carne” (Gálatas 5:13). Por isso, muitos preferem o controle oferecido no legalismo. Reconhecem os riscos que envolvem a liberdade da graça e preferem evitá-los. É mais fácil proibir, impondo limites e sanções. E assim, todos são mantidos sob as máscaras e algemas de uma religiosidade superficial, desprovida de consciência e senso crítico.
Apesar de todos os riscos, prefiro a vertigem da liberdade, permitindo assim que o verdadeiro caráter das pessoas se revele, oferecendo ocasião para que Aquele que neles começou a boa obra siga adiante até a sua conclusão.
Entretanto, compete-me, como guia do rebanho que me foi confiado pelo Senhor, admoestar, chamar a atenção, atiçar a consciência daqueles que não estão acostumados à tanta liberdade, evitando, assim, que se afastem do propósito de Deus para as suas vidas.
Não brinquem com coisa séria! Este mundo não é um playground! Estamos caminhando em terreno minado. Há armadilhas em toda a parte. No dizer de Pedro, “o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar” (1 Pe. 5:8).
Antes fosse o diabo nosso maior problema! Bastaria que nos sujeitássemos a Deus, resistíssemos ao diabo, e ele, certamente, fugiria de nós. Pelo menos, é o que nos garante a Palavra (Tg. 4:7). Todavia, nosso maior problema não está fora de nós, mas em nossa própria natureza. Na faculdade em que o diabo se formou, somos PhD. Nem sequer precisamos dele para sermos maus. Já há malignidade suficiente em nossa carne, a ponto de Paulo confessar: “Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum” (Rm. 7:18a). Portanto, em se tratando de diabisse, o diabo é totalmente dispensável. Os piores ‘demônios’ habitam nossas pulsões e são alimentados pela cobiça dos nossos olhos e pela soberba de nossos corações. Para livrar-nos deles, temos que matá-los, deixando de alimentá-los. Infelizmente, preferimos alimentá-los a pão de ló, como se fossem nossos bichinhos de estimação. Paulo diz que devemos exterminar nossas inclinações carnais (Col. 3:5). Outras traduções dizem “mortificai”, ou “fazei morrer”. Não será com medidas ascetas como autoflagelação, prolongados jejuns, que lograremos êxito em nossa luta contra tais inclinações carnais. Devemos, tão-somente, deixar de alimentá-las. E como fazemos? Quando se trata do diabo “em carne e osso”, a orientação bíblica é que o resistamos para que ele fuja de nós. Mas quando se trata do inimigo que trazemos em nós mesmos (carne), nós é que temos que fugir. Não adianta tentar resisti-lo. Por isso, Paulo é incisivo com seu jovem discípulo Timóteo: “Foge das paixões da mocidade” (2 Tm.2:22). Ninguém é mais tentado do que o jovem. Soma-se a curiosidade aguçada típica da idade aos hormônios à flor da pele. Se pudéssemos, colocaríamos nossos filhos dentro de uma redoma, a fim de protegê-los das investidas do mundo. Mas já que isso não nos é possível, devemos alertá-los para os riscos que correm ao transitar pelos terrenos minados do mundo.
Antes fosse o diabo nosso maior problema! Bastaria que nos sujeitássemos a Deus, resistíssemos ao diabo, e ele, certamente, fugiria de nós. Pelo menos, é o que nos garante a Palavra (Tg. 4:7). Todavia, nosso maior problema não está fora de nós, mas em nossa própria natureza. Na faculdade em que o diabo se formou, somos PhD. Nem sequer precisamos dele para sermos maus. Já há malignidade suficiente em nossa carne, a ponto de Paulo confessar: “Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum” (Rm. 7:18a). Portanto, em se tratando de diabisse, o diabo é totalmente dispensável. Os piores ‘demônios’ habitam nossas pulsões e são alimentados pela cobiça dos nossos olhos e pela soberba de nossos corações. Para livrar-nos deles, temos que matá-los, deixando de alimentá-los. Infelizmente, preferimos alimentá-los a pão de ló, como se fossem nossos bichinhos de estimação. Paulo diz que devemos exterminar nossas inclinações carnais (Col. 3:5). Outras traduções dizem “mortificai”, ou “fazei morrer”. Não será com medidas ascetas como autoflagelação, prolongados jejuns, que lograremos êxito em nossa luta contra tais inclinações carnais. Devemos, tão-somente, deixar de alimentá-las. E como fazemos? Quando se trata do diabo “em carne e osso”, a orientação bíblica é que o resistamos para que ele fuja de nós. Mas quando se trata do inimigo que trazemos em nós mesmos (carne), nós é que temos que fugir. Não adianta tentar resisti-lo. Por isso, Paulo é incisivo com seu jovem discípulo Timóteo: “Foge das paixões da mocidade” (2 Tm.2:22). Ninguém é mais tentado do que o jovem. Soma-se a curiosidade aguçada típica da idade aos hormônios à flor da pele. Se pudéssemos, colocaríamos nossos filhos dentro de uma redoma, a fim de protegê-los das investidas do mundo. Mas já que isso não nos é possível, devemos alertá-los para os riscos que correm ao transitar pelos terrenos minados do mundo.
Fugir das paixões é driblar as pulsões que latejam dentro de nosso próprio corpo. Mas não para aí... Temos que evitar ambientes e relacionamentos que sejam nocivos à nossa comunhão com Deus, porquanto estimulem tais paixões em nós.
Não basta fugir do mal. Devemos fugir “de toda a aparência do mal” (1 Ts.5:22).
Há ambientes carregados de lascívia que instigam o pior que há em nossa natureza. Fuja deles! Desvie-se de amizades que te induzem a frequentá-los.
Alguns alegam que sabem quando parar. Dão corda até chegarem bem próximos ao abismo e aí... freiam. Ainda que nosso freio esteja em perfeito estado, a pista é escorregadia; o carro vai derrapar e precipitar-se no abismo.
É besteira confiar em sua carne. Nenhum condicionamento religioso vai te livrar de cair em tentação. Por isso, Jesus nos ensinar a orar para que não “caiamos” em tentação, mas também nos ensinar a vigiar para que não “entremos” em tentação.
Repare nisso:
“E não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal.” Mateus 6:13
“Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca.” Mateus 26:41
É perda de tempo orar para não cair, mas não vigiar para evitar entrar em tentação. Quando é que entramos em tentação? Quando nos expomos desnecessariamente à tentação. É a isso que a Bíblia chama de “tentar ao Senhor”. Testar seus limites implica querer tentar ao próprio Deus. Lembre-se de que Deus não se deixa tentar (Tiago 1:13).
Mantenha sua carne com rédeas curtas. Não se exponha! Não cutuque a onça com vara curta!
Mesmo quando expostos, Deus invariavelmente nos envia um escape. Pena que, geralmente, nós o negligenciamos e depois acusamos a Deus de permitir que fôssemos tentados além de nossas forças. Se considerarmos que a Palavra de Deus não mente, não podemos recorrer a este tipo de desculpa.
“Não veio sobre vós tentação, senão humana; mas fiel é Deus, que não vos deixará tentar acima do que podeis, antes com a tentação dará também o escape, para que a possais suportar.” 1 Coríntios 10:13
Por mais que a carne seja fraca, o espírito é forte. Sorte a nossa! Além do mais, o escape sempre aparece a tempo. Basta prestar a devida atenção. É como aquelas placas de “saída” nos lugares fechados. Em caso de incêndio, corra!
Ademais, “o Senhor sabe livrar da tentação os piedosos” (2 Pe. 2:9).
Portanto, jamais culpe a Deus. Nem tome o diabo como bode expiatório. A responsabilidade de nossos atos pertence única e exclusivamente a nós.
Que não sejamos como os que “ouvindo a palavra, a recebem com alegria, mas, como não têm raiz, apenas creem por algum tempo, e no tempo da tentação se desviam” (Lucas 8:13).
Teimosia inexplicável é a que nos faz tomar uma estrada em cuja entrada vemos uma placa onde se lê "Rua Sem Saída". Só para ter o trabalho de manobrar e dar meia-volta. Tomou o caminho errado? Não foi por falta de aviso. Não é à toa que lemos a mesma advertência em duas passagens diferentes: "Há um caminho que ao homem parece direito, mas o fim deles conduz à morte" (Prov.14:12 e Prov.16:25). Os dois versículos estão separados por 81 versos (81= 9x9). Como se sabe, 9 é o número dos dons espirituais e é também o número das manifestações do fruto do Espírito. Não arrisque sua comunhão com o Espírito Santo numa aventura por uma estrada sem saída ou que termine num precipício. Vai que o freio falhe... Valorize o que você tem.
Teimosia inexplicável é a que nos faz tomar uma estrada em cuja entrada vemos uma placa onde se lê "Rua Sem Saída". Só para ter o trabalho de manobrar e dar meia-volta. Tomou o caminho errado? Não foi por falta de aviso. Não é à toa que lemos a mesma advertência em duas passagens diferentes: "Há um caminho que ao homem parece direito, mas o fim deles conduz à morte" (Prov.14:12 e Prov.16:25). Os dois versículos estão separados por 81 versos (81= 9x9). Como se sabe, 9 é o número dos dons espirituais e é também o número das manifestações do fruto do Espírito. Não arrisque sua comunhão com o Espírito Santo numa aventura por uma estrada sem saída ou que termine num precipício. Vai que o freio falhe... Valorize o que você tem.
Excelente texto! Muito edificante e desafiador!
ResponderExcluirTipo ir ao show da Donzela de Ferro?
ResponderExcluirExcelente texto. É nisso que eu creio também. A liberdade que Cristo nos confere é desafiadora. Penso, apenas de formar a se encaixar no meu modelo mental e eu me fazer entendido, que a Liberdade seja uma espécie de hiato entre a lei e a libertinagem. Mas de uma coisa estou certo: prefiro andar no Caminho em fé e amando o meu próximo do que ter uma lista legalista do que posso e não posso fazer. Isso é chato e burocrático demais pra um Deus que cura até no sábado se preciso for. A liberdade de Cristo nos deixa sem chão. Cadê a Lei pra dizer o que devo fazer? Prefiro ouvir o creia (fé) e viverás das Escrituras. A fé e a liberdade que Cristo nos deixou é muito mais desafiadora que o legalismo. Pra finalizar, na fé, não vale a meritocracia. Só vale crer sem fazer força pra crer (sem o tal do feche seus olhos e concentre sua fé). Fé é fé. Ou você crê ou não crê. Não precisa fazer esforço para canalizá-la ou concentrá-la como se fosse um super herói ou um guerreiro que concentra seu esforço para lançar, através de suas mãos, seu poder em forma de magia no adversário. Isso só acontece em desenho japonês ou nos jogos de fliperamas. O único esforço a ser feito é descansar na fé e nela não se tem barganhas a fazer. Assim prossigo para o alvo descansando na fé e agindo como se tudo dependesse de mim porque do céu só cai chuva. É isso que me traz paz e alegria! Abraços, Fabio
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