“Viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom”.Gn. 1:31a
Rev. Sandro Mariano Viana
O livro sagrado, a Bíblia conta a origem da humanidade que foi colocada em um lindo jardim chamado Éden. Lá habitava a proposta mais surpreendente e perfeita de criação. As mais lindas e diversificadas espécies de seres viventes, livres em seus ambientes, vivendo harmoniosamente, anunciando o esplendor de seu Criador. Como coroa de toda esta formosa inspiração criacionista é posto um ser a imagem e semelhança de seu Autor com atributos que nenhuma outra criatura possui.
O ser humano nesta composição criativa, detentor de livre arbítrio, foi comissionado com o ofício de gerir a criação, porém esta aprazível narrativa bíblica é interrompida com uma abrupta mudança nos destinos da humanidade. Os legítimos e capazes representantes da humanidade, Adão e Eva, decidem se tornar como deuses, conhecedores do bem e do mal e ingressam todos os seus descendentes nesta odisseia de infortúnios existenciais.
Hoje o retorno ao Éden passa pelo caminho do coração. As transformações diárias e constantes de nossos caminhos apontam para uma conversão criativa e ética do Reino de Deus aqui na Terra.
O planeta Terra, o jardim de Deus, para a humanidade sempre esteve ameaçado com as condutas humanas, o problema é que hoje estamos em um beco sem saídas, pois todos os recursos naturais foram exauridos e não há mais como continuar nesta caminhada de destruições pensando o mundo da mesma maneira como se pensou, destruir para consumir. O ritmo pós-moderno contemporâneo de viver torna tudo obsoleto em menos de dezoito meses. Na contramão da sustentabilidade o viver descartável invadiu o cotidiano do “pacato cidadão” influenciando sua conduta.
Os grandes temas mundiais como a sobrevivência do planeta e o futuro que as novas gerações, estarão nas escolhas corretas e mudanças que precisam acontecer hoje, esta é a herança que deixaremos para as próximas gerações.
A insustentável sustentabilidade da ética humana no cuidado do Planeta, nossa conduta no cuidado da coisa divina precisa urgentemente de mudanças que ocorram primeiramente dentre de nós.
Vinte anos depois da Eco 92 a Rio + 20 (Mais Vinte) traz a tona discussões sobre o conflito entre sobrevivência básica da maioria dos habitantes do planeta contra os interesses de uma minoria que detém o capital pela escravidão de muitos.
Neste jogo de sobrevivência os interesses são os mais plurais. Os ambientalistas e “ongs” de preservações tentam desesperadamente conscientizar as novas gerações quanto a obrigação de se preservar a vida.
Para trabalhar a preservação ambiental é necessária uma campanha de reciclagem de corações de pensamentos, uma despoluição mental, diminuição dos altos índices de egoísmo e ganancia que foram diluídos em nossa fonte de esperança. Sentimentos tóxicos como, a insensibilidade e o individualismo, são energias radioativas nocivas à paz e a união. Enquanto o homem não for limpo de sua natureza pecaminosa os discursos serão como lindas canções que trarão alegria momentânea e não haverá forças renováveis suficientes para as transformações tão necessárias que garantam a sobrevivência das novas gerações.
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