Por Hermes C. Fernandes
Noruega, classificada como o melhor país do mundo em desenvolvimento humano em todos os relatórios desde 2001. Segundo a ONU, o melhor lugar pra se viver. Em 2007 foi avaliada pelo Índice Global da Paz como o país mais pacífico do mundo. Lá os policiais não andam armados. Os politicos andam sem segurança.
Oslo, sua capital, foi o cenario onde acordos de paz foram selados entre Israel e os palestinos. Lá nasceu a esperança da Paz no Oriente Médio. E é tambem lá que, todos os anos, é atribuído o prêmio Nobel da Paz.
Mas a paz característica desse país nórdico foi frontalmente atacada na última sexta-feira.
A explosão de uma bomba perto da sede do governo em Oslo matou ao menos sete pessoas. E 85 pessoas morreram num tiroteio na ilha de Utoeya, num Congresso da Juventude Trabalhista.
Inicialmente, cogitou-se que o atentado teria sido engendrado por algum grupo islâmico radical. Mas para a surpresa do mundo, o autor de ambos os ataques foi um norueguês. Desta vez, o mal não vinha de Meca, nem de Moscou, mas da terra dos vikings.
Anders Behring Breivik (nascido em Oslo, a 13 de fevereiro de 1979), empresário norueguês de 32 anos, um fundamentalista cristão ligado à extrema-direita, assumiu a autoria dos atentados. Não! Ele não freqüentava mesquita alguma. Em vez disso, Breivik tem sido definido como "islamofóbico, anti-imigração, hipernacionalista e relativamente intelectual, que cresceu na zona oeste de Oslo, a parte rica e burguesa". O alegado autor tinha colocado mensagens na Internet declarando-se inimigo da sociedade multicultural.
Este nosso suposto “irmão em Cristo” entrou disfarçado de agente da polícia no acampamento de jovens do Partido Trabalhista, e abriu fogo contra os presentes. Duas horas antes, teria usado bombas em outro ataque próximo a prédios do governo.
Cristão? Não! Recuso-me a crer que este imbecil tenha aprendido alguma coisa do Evangelho de Jesus. Ele bebeu foi de outras fontes. Das mesmas que os fundamentalistas islâmicos têm bebido. As fontes do ódio e do extremismo.
Não importa se você se diz um seguidor de Cristo ou de Maomé. Se você bebe dessas fontes, você se torna um fundamentalista, que acha que deve matar ou morrer por suas crenças.
E quando me refiro ao fundamentalismo, não estou falando dos fundamentos da fé cristã, mas do radicalismo com que alguns abraçam sua fé, seja no Evangelho ou no Islã, usando-a como pretexto para o ódio, o preconceito, o nacionalismo cego.
Este tipo de fundamentalismo é a praga do século. Não deveria ser disseminado na internet, nem pregado nos púlpitos, ou panfletado nas ruas.
Certas mensagens são capazes de armar o coração dos seus ouvintes, transformando-os em homens-bomba em potencial.
Não se pode misturar a pregação do Evangelho com doutrinação ideológica, seja de direita ou de esquerda.
Seguimos a Cristo, e não a Marx, ou a Hitler. Nossa bandeira é o amor, e não o martelo e a foice, ou as estrelas e as listras.
Se não tormarmos os devidos cuidados, poderemos assistir a cenas como as ocorridas na Noruega em solo tupininquins. Se é que já não as temos assistido… (vide o ataque à escola em Realengo).
Existe uma grande diferença entre a pessoa dizer que é, e ser Cristã. Quem ama não mata. Cristo deu a vida dEle para nos salvar e nos ensinou o caminho certo para escolhermos a vida de Deus em nós. Uma vida de equilíbrio, esforço, trabalho e respeito. É lamentável o caos que está no nosso planeta tão lindo, que Deus criou para vivermos nele. Pessoas se destruindo consumindo intorpecentes, sendo assassinadas por não terem como pagar quem os viciou... enfim, só tenho que lamentar mais uma atrocidade cometida por alguém que deu lugar ao diabo.
ResponderExcluirPastor, desculpe-me a sinceridade, mas o tal não afirmava ser cristão. Leia mais a respeito (se não se importar em divulgar o link) aqui: http://www.cpadnews.com.br/blog/silasdaniel/?POST_1_31_TERRORISTA+NORUEGU%C3%AAS+N%C3%A3O+%C3%A9+
ResponderExcluirSempre é bom consultarmos mais fontes de informações antes de afirmarmos qualquer coisa.
Anders Behring Breivik tem o mesmo discurso do Malafaia!! e onde ja se viu um Cristão Nazista.
ResponderExcluirO manifesto impressiona pelo tamanho, mas não pelo conteúdo. Grande parte foi produzida seguindo os preceitos da escola tecno-filosófica do CTRL+C e CTRL+V. Plágio puro e simples. Do manifesto do Unabomber a blogs de extrema direita, de páginas de malucos em geral à Wikipédia, trechos inteiros foram copiados e colados.
ResponderExcluirQuanto ao conteúdo, trata-se de um caso radical do que o crítico Roberto Schwarz certa vez chamou de “ideias fora do lugar”. Citações desconexas de autores marxistas misturadas com trechos da revista Economist, estatísticas inventadas e passagens do Alcorão. Tudo para “provar” que a Europa está sob ataque do Islã (uma nova onda de ataque, na sua versão) e precisa se defender militarmente – usando todas as armas que tiver à mão, incluindo o terrorismo.
Antes de atacar os muçulmanos, o terrorista defende ser preciso combater adversários internos que facilitam a penetração do “inimigo” no território europeu. A saber: políticos liberais, marxistas, feministas, defensores do politicamente correto, a academia e todo mundo que discordar de suas convicções racistas. Daí os alvos de Breivik terem sido o governo liberal norueguês e os filhos de seus líderes.