Por Hermes C. Fernandes
Frutos! Muito tem sido dito acerca disso. Temos que dar frutos, vociferam os pregadores em seus cultos dominicais. Uns confundem os frutos com almas ganhas para Cristo. Outros confundem com ofertas tragas no gazofilácio. Do que se trata, afinal, tais frutos?
O fruto é o que se espera de uma árvore. Cada árvore deve produzir de acordo com sua espécie. Portanto, seus frutos denunciarão qual é sua verdadeira natureza. Jesus deixou isso muito claro: “Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós disfarçados em ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores. Pelos seus frutos os conhecereis. Colhem-se uvas dos espinheiros ou figos dos abrolhos? Do mesmo modo, toda árvore boa produz bons frutos, e toda árvore má produz frutos maus. Não se pode a árvore boa produzir maus frutos, nem a árvore má produzir frutos bons” (Mt.7:15-18).
Em outras palavras, não se deixe enganar pela aparência, pela voz suave, pelo jeito cativante. Verifique os frutos, não apenas a curto prazo, mas também a médio e longo prazo. Jesus também alerta sobre isso: “Não fostes vós que me escolhestes, mas fui eu que vos escolhi, e vos designei para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça” (Jo.15:16a).
Portanto, não importa apenas a quantidade de frutos, mas também sua qualidade. Se o fruto dado não resiste ao tempo, é sinal de que há algo errado com a árvore.
Éramos todos ramos de uma árvore chamada Adão. Tudo o que produzíamos já vinha bichado, apodrecido pelo pecado. Paulo levanta a questão: “E que fruto tínheis então das coisas de que agora vos envergonhais? pois o fim delas é a morte” (Rm.6:21). A seiva de que nos nutríamos estava comprometida. Mas Deus nos removeu dessa árvore e nos enxertou numa nova árvore, a saber, Jesus Cristo, a Videira Verdadeira. Esta o operação de remoção e enxerto pode ser chamada de “arrependimento”.
O que Deus espera de nós, agora? Que produzamos “frutos dignos de arrependimento” (Mt.3:8). Tais frutos apontam para o conjunto de nossa vida, e não apenas para as ofertas ou pessoas que trazemos à igreja. A maneira como tratamos nosso cônjuge, nossos filhos, colegas de trabalho, e até com os nossos inimigos, como lidamos com a possessão de bens materiais, como reagimos a uma crise, etc. Enfim, nosso comportamento vai revelar de que árvore somos ramos e de que seiva temos nos alimentado.
O apóstolo Paulo chama este conjunto de “o fruto do Espírito”. Em vez de usar a palavra grega γέννημα (gennēma), traduzido geralmente como “ frutos” (plural), ele usa καρπός (karpos), que geralmente é traduzida como “fruto” (singular). O que ele tem em mente é um cacho de uvas (lembre-se que Cristo se apresenta como a Videira). Cada uva é uma gennēma, mas o cacho inteiro é um karpos. Você nunca vai encontrar um cacho de uvas com espaços vagos. Da mesma maneira, quando somos partícipes da Videira Verdadeira, Sua seiva que é o Espírito Santo produz em nós o fruto completo: “Amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio” (Gl.5:22-23).
Há uma lista parecida oferecida por Pedro (2 Pe.1:5-7), onde ele termina dizendo: “Pois se em vós houver estas coisas em abundância, não vos deixarão ociosos nem infrutíferos no pleno conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo” (v.8).
Aquele que estando n’Ele não dá o fruto esperado, recebe d’Ele o trato necessário. Segundo Jesus, quem não dá fruto é cortado, pois ocupa inutilmente o espaço (Mt.21:43), enquanto quem produz é podado pra que produza ainda mais. Ninguém fica imune à tesoura do podador (Jo.15:2). O que demonstra que Deus Se importa tanto com a qualidade de nossos frutos, quanto com a quantidade de nossa produção.
Muito edificante seus artigos, aproveito para colocar em meu blog seus artigos para edificação de muitos irmãos e amigos.
ResponderExcluirDeus seja louvado por sua vida !
Amem Bp Hermes!
ResponderExcluirPermita-me compartilhar um episódio:
Eu e minha esposa estávamos no culto a uns 4 domingos e o Pastor,
convidado de outra congregação da mesma igreja, pregou nesta linha que o Sr muito bem desenhou aqui. Resumindo, surgiram frases do tipo: "...se você não der frutos, não serve para minha igreja. Pode ir 'embora'...".
O fruto aqui não eram oferta$. Esta igreja na verdade nem pede os dízimos e ofertas durante o culto. Tratava-se de envolvimento nos
ministérios e "trazer conhecidos pra igreja" - FRUTOS.
Bp Hermes, o resultado foi que nos desanimamos um pouco - culpa nossa, não daquele Pr - e só hoje vamos ao EBD e Culto novamente. Ocorreram outras coisas tb, eu viajei aos EUA, minha esposa está viajando agora, etc..
É isso Bp Hermes. Como sempre aprendi mais um pouquinho com seus textos.
Shalom!
Bispo Hermes, amado de Jesus Cristo o Nazareno!
ResponderExcluirGraça e paz!Meu irmao amado! A hora dos cristãos passarem pela provação pelo fogo já chegou preparate-te! Perseguições terríveis virão ao povo fiel de Cristo.
Hermes, guerreiro de Jesus, não vacile, nem desanime, pregue o original evangelho de Jesus, porque a luta agora que vai começar, vc é um soldado escolhido por Jesus Cristo seu Senhor!
Belo texto meu irmão! Vou falar algumas coisas que o irmao mencionou em alguns versículos amém?
"TODA VARA" João 15.2.
Jesus fala de duas categorias de varas; infrutíferas e frutíferas.
1- As varas que cessam de dar fruto são as que não tem em si a vida que provém da fé perseverante em Cristo e do amor a Deus.
A essas varas a Pai(DEUS) tira, e, Ele as separa da união vital com Jesus Cristo; leiam
Mateus 3.10.
Quando cessam de permanecer em Cristo, Deus passa a julgá-las e a rejeitá-las; leiam
João 15.6.
2- As varas que dão fruto são as que tem vida em si por causa da sua perseverante fé e amor para com a Palavra de Deus e para com Jesus Cristo o Salvador, o Cordeiro Santo que nos deu a vida eterna.
Essas varas o Pai(DEUS O TODO-PODERO) "limpa, poda, a fim de ficarem mais frutíferas.
Isso quer dizer que Deus remove de suas vidas qualquer coisa que desvia ou impede o fluxo vital de Cristo, e deixa o poder do Espírito Santo agir com poder e graça.
O fruto é o caráter cristão, como qualidades, que no cristão glorifica a Deus, mediante sua vida e seu testemunho; leiam Mateus 3.8; 7.20;
Romanos 6.22; Gálatas 5.22,23; Efésios 5.9; Filipenses 1.11.
Mas, a alegoria da videira e das varas deixa plenamente claro que Jesus não admitia que "uma vez na videira, sempre na videira", ou seja "uma vez em Jesus e na sua Palavra, sempre em Jesus e na sua Palavra.".
Pelo contrário, Jesus Cristo de Nazaré nessa alegoria faz aos seus discípulos uma advertência séria, porém amorosa, mostrando que é possível um Verdadeiro cristão abandonar a fé, deixar Jesus e seu evangelho de vida eterna, não permanecer mais nEle e por fim ser lançado no fogo eterno do inferno; leiam
João 15.6.
TRÊS VERDADES SÃO ENSINADAS NESTA PASSAGEM.
(A) A responsabilidade de permanecer em Jesus Cristo recai sobre o discípulo; leiam
João 15.4.
Essa a nossa maneira de corresponder ao dom da vida e ao poder divinos concedidos no momento da conversão.
(B) Permanecer em Jesus Cristo resulta em Jesus continuar a habitar em nós; leiam João 154a; frutificação do discípulos; leiam João 15.5; sucesso na oração; leiam João 15.7; plenitude de alegria; leiam João 15.11.
(C) As consequências do cristão deixar de permanecer em Jesus Cristo são a ausência de fruto; João 15 4,5, gera a separação de Jesus Cristo e a perdição leiam João 15.2a6.
Em João 15.16 diz:
Não me escolhestes vós a mim, mas eu vos escolhi a vós, e vos nomeei, para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça, a fim de que tudo quanto em meu nome pedirdes ao pai ele vos dará.
Todos os cristãos são escohidos "do mundo" leiam João 15.19, para "dar fruto para Deus; leiam João 15.2,4,5,8, a prioridade que Deus quer é à conversão a Jesus Cristo, doutras pessoas o ser Humano em pecado sem direção; leia João 4.36; 12.24, esta é a nossa missão nesta terra: Pregar o evangelho sempre, mesmo que nos custe á própria vida.
" POR ISTO EU CANTO: EU AVISTO UMA TERRA FELIZ, ONDE IREI PARA SEMPRE MORAR! VOU MORAR NESTA TERRA CELESTE POVIR!
VOU MORAR COM MEU SALVADOR QUE ME DEU A VIDA ETERNA JESUS CRISTO DE NAZARÉ!
"LOUVADO SEJA O NOME DE JESUS CRISTO PARA TODO SEMPRE." AMÉM!
Esta linguagem figurativa usada no texto acima e na própria Escritura Bíblica é um facilitador de compreensão.
ResponderExcluirQuando nos vimos comparados a agricultor a vinha a oliveira etc. Nós podemos nos significar metaforicamente diante de Deus e diante das nossas ações. Isto facilita a leitura de nós mesmos e a leitura da obra que Deus realiza através de pessoas escolhidas para este serviço.
Parece óbvia a comparação, mas, temos certeza que não há sublimação mais profundamente gratificante que experiênciar ser agricultor, videira ou oliveira da seara Divina.
Esta linguagem figurativa usada no texto acima e na própria Escritura Bíblica é um facilitador de compreensão.
ResponderExcluirQuando nos vimos comparados a agricultor a vinha a oliveira etc. Nós podemos nos significar metaforicamente diante de Deus e diante das nossas ações. Isto facilita a leitura de nós mesmos e a leitura da obra que Deus realiza através de pessoas escolhidas para este serviço.
Parece óbvia a comparação, mas, temos certeza que não há sublimação mais profundamente gratificante que experiênciar ser agricultor, videira ou oliveira da seara Divina.
Muito pertinente e oportuna a sua reflexão, como sempre. Parabéns.
ResponderExcluirSó fico com reservas quanto aos termos gregos mencionados. Conheço o argumento, mas acho que é mais construído a partir do entendimento, e deste, em direção ao texto, do que do texto (e da língua) em direção ao entendimento. Se é que me entende.
gennema é uma forma singular. Seu plural é gennemata. essa palavra aparece na cena da instituição da Santa Ceia. Jesus a usa para se referir ao fruto da videira.
karpos é uma forma singular. Seu plural é karpoi. No mais, karpos é a palavra mais usada para "fruta" em geral no grego escrito nos tempos do N.T..
Cacho (de uva), por sua vez, é melhor dito com bótrus ou stafulês.
Mas, embora me ressabie com essa parte linguística da argumentação e julgue que merece uma revisão, meu elogio ao texto é garantido. Concordo plenamente!
Abraço,
Cesar www.abuscadosaborososaber.blogspot.com
Esta linguagem figurativa usada no texto acima e na própria Escritura Bíblica é um facilitador de compreensão.
ResponderExcluirQuando nos vimos comparados a agricultor a vinha a oliveira etc. Nós podemos nos significar metaforicamente diante de Deus e diante das nossas ações. Isto facilita a leitura de nós mesmos e a leitura da obra que Deus realiza através de pessoas escolhidas para este serviço.
Parece óbvia a comparação, mas, temos certeza que não há sublimação mais profundamente gratificante que experiênciar ser agricultor, videira ou oliveira da seara Divina.
PAIXÃO, Edson.
A produção de ideias é marcada pelo espaço e pelo tempo habitado pelo sujeito. Nós vamos testemunhar variações na linguagem tradicional do evangelho que sempre enxergará novas almas para Cristo. Gerações que estão comungando um mundo de velocidades regulado pela economia vão ser invadidas por um evangelho contextualizado e subversivo.
ResponderExcluirNo Universo da sabedoria divina o incrível é familiar...
PAIXÃO, Edson.