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Tony Campolo conta a história de um bêbado que foi convertido miraculosamente no abrigo Bowery em Nova Iorque.
O bêbado chamado Joe era um homem abandonado sem esperança, vivendo com os dias contados. Mas após sua conversão, tudo mudou. Joe se tornou a pessoa mais carinhosa que qualquer pessoa associada ao abrigo já conheceu. Ele gastava seus dias e noites no local, não hesitando nem mesmo para as tarefas mais difíceis. Ele limpava os vômitos, a urina e os bêbados em qualquer estado que se encontrassem. Não havia nada que ele considerasse tão exigente de si mesmo.
Uma noite quando o diretor do abrigo estava compartilhando sua mensagem evangelística para os frequentadores regulares do local, homens mau-humorados e calados com suas cabeças baixas em penitência e cansaço, um homem ergueu-se e caminhou em direção ao altar, ajoelhando-se para orar e clamar para Deus ajudá-lo a mudar de vida.
O bêbado arrependido começou a gritar: “Oh Deus, faça-me igual ao Joe! Faça-me igual ao Joe! Faça-me igual ao Joe!”
O diretor do abrigo inclinou-se e disse ao homem: “Filho, penso que seria melhor se você orasse: “Faça-me igual a Jesus!”
O homem olhou para o diretor com uma expressão embaraçada em sua face e perguntou-lhe: “Ele é igual ao Joe?”
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Quão diferente é isso daquela camiseta com as seguintes inscrições: “Jesus save me from your followers!” (Jesus, salve-me de seus seguidores!)?
Como seria se vivêssemos de tal maneira que as pessoas que buscam por Deus pudessem orar: “Senhor, faça-me igual aos seus seguidores”?
Como seria se pudesse ser dito a nosso respeito o que o fisósofo ateniense Aristides († 130), escrevendo possivelmente ao imperador Adriano César (117-138) disse acerca da vida dos primeiros cristãos?
“Os cristãos ó rei, vagando e buscando, acharam a verdade conforme pudemos achar em seus livros, estão mais próximos que os outros povos da verdade e do conhecimento certo, pois crêem no Deus criador do céu e da terra, naquele em quem tudo é e de quem tudo procede, que não tem outro Deus por companheiro e do qual eles mesmos receberam os preceitos que guardam no coração, com a esperança e expectativa do século futuro. Por isso, não cometem adultério, não praticam a fornicação, não levantam falso testemunho, não recusam devolver um depósito, não se apropriam do que não lhes pertence. Honram pai e mãe, fazem bem ao próximo e, quando em juízo, julgam com equidade. Não adoram os ídolos semelhantes aos homens. O que não desejam lhes façam os outros não o fazem também; não comem alimentos de sacrifícios idolátricos, pois são puros. Exortam os que os afligem, a fim de fazê-los amigos. Suas mulheres, ó rei, são puras como virgens, suas filhas são modestas. Seus homens se abstém de toda união ilegítima e da impureza, esperando a retribuição que terão no outro mundo. Aos escravos e escravas, bem como a seus filhos – se os têm – persuadem a tornar-se cristãos, em razão do amor que lhes dedicam, e quando se tornam, chamam-nos indistintamente irmãos. Não adoram a deuses estranhos e vivem com humildade e mansidão, sem qualquer mentira entre eles. Amam-se uns aos outros, não desprezam as viúvas. Protegem o órfão dos que os tratam com violência. Possuindo bens, dão sem inveja aos que nada possuem. Avistando o forasteiro, introduzem-no na própria casa e se alegram por ele, como se fora verdadeiro irmão: pois se dão o apelativo de irmãos, não segundo o corpo, mas segundo o espírito e em Deus. Se algum pobre passa deste mundo, alguém sabendo, encarrega-se – na medida de suas forças – de dar-lhe sepultura. Se conhecem um encarcerado ou oprimido por causa do nome do seu Cristo, ficam solícitos a seu respeito e se possível libertam-no. Quando um pobre ou necessitado surge entre eles e não possuem abundância de recursos para ajudá-lo, jejuam dois ou três dias para obter o necessário para o seu sustento. Guardam com diligência os preceitos do seu Cristo, vivem reta e modestamente – conforme lhes ordenou o Senhor Deus. Todas as manhãs e horas louvam e glorificam a Deus pelos benefícios recebidos, dando graças por seu alimento e bebida. Mesmo se acontece que um justo – entre eles – passa deste mundo, alegram-se e dão graças a Deus, ao acompanharem o cadáver, como se emigrasse de um lugar para outro. E assim como quando nasce um filho louvam a Deus, também se ele morre na infância glorificam a Deus, por quem atravessou o mundo sem pecados. Mas vendo alguém morrer na malícia e nos pecados, choram amargamente e gemem por ele, supondo-o ir ao castigo. Tal é, ó rei, a constituição da lei dos cristãos e tal a sua conduta”. (Apologia)
Foi pelo poder de testemunhos assim que o Evangelho se espalhou e conquistou cada vez mais adeptos, mesmo sob ferrenha perseguição, nos primeiros séculos da Era Cristã.
Eu sei que estou longe disso. Mas como disse George Verwer: “O primeiro passo nesta revolução [de amor e equilíbrio] é querê-la.”
E eu quero. Pela graça de Deus e no poder do Espírito Santo, eu quero. Ainda que leve toda a minha vida, de tropeços e confissões, de grandes sonhos e pequenas realizações, eu quero. Por isso, como peregrino no mundo, correndo a carreira da fé, oro: Senhor, faça-me como Jesus para que Jesus seja visto através de mim. Kyrie eleison. Christe eleison. Kyrie eleison.
“Não que eu já tenha obtido tudo isso ou tenha sido aperfeiçoado… mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que ficaram para trás e avançando para as que estão adiante, prossigo para o alvo, a fim de ganhar o prêmio do chamado celestial de Deus em Cristo Jesus.”
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