quarta-feira, outubro 28, 2009

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O Dia em que Nietzsche orou

Antes de prosseguir em meu caminho e lançar o meu olhar para frente uma vez mais, elevo, só, minhas mãos na direção de quem eu fujo.

A Ti, das profundezas de meu coração, tenho dedicado altares festivos para que, em cada momento, Tua voz me pudesse chamar.

Sobre esses altares estão gravadas em fogo estas palavras: "Ao Deus desconhecido".

Sei, sou eu, embora até o presente tenha me associado aos sacrílegos.

Sei, sou eu, não obstante os laços que me puxam para o abismo.

Mesmo querendo fugir, sinto-me forçado a servi-Lo.

Eu quero Te conhecer, desconhecido.

Tu, que me penetras a alma e, qual turbilhão, invades a minha vida.

Tu, o incompreensível, mas meu semelhante, que Te conhecer, quer servir só a Ti.


Friedrich Nietzsche

2 comentários:

  1. Olá, gostei bastante do seu blog. Parabéns mesmo! E já estou seguindo. Obrigado por ter acessado meu blog. Foi uma honra tê-lo conosco.

    Luciano Ferrari
    http://simbolodopeixe.blogspot.com

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  2. Louvo sua coragem Pastor Hermes, ao publicar essa prece, a meu ver sincera, desse "herege", que já foi atirado nas profundezas do inferno, por muitos intolerantes eclesiásticos da modernidade.

    É uma oração para deixar de cabelo em pé, os "cristãos demasiadamente santos".

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