quarta-feira, fevereiro 20, 2013

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A Vitória da Vida sobre a Morte em Sete Rounds!


Por Hermes C. Fernandes

Atenção senhoras e senhores! É chegado o momento da tão esperada luta! A luta dos séculos!

De um lado, com Seu manto sem costura, diretamente da Eternidade, o Autor da Vida (At.3:15).

Do outro lado, seu oponente, com sua aparência notadamente cruel, empunhando uma foice, diretamente do Inferno, a Morte (Rm.5:12).

Começa o primeiro round! A morte se apressa a entrar no ringue usando o fácil acesso pelo corredor do pecado.

O primeiro golpe é desferido pela morte. Ela parte com tudo, pronta a estabelecer sua supremacia no ringue do mundo.

Depois de seis golpes consecutivos, finalmente a vida reage, driblando um golpe fatal:

“Andou Enoque com Deus; e já não era, porque Deus para si o tomou” (Gn.5:24).

Sob o protesto da Morte, Deus remove do mundo dos viventes o sétimo ser humano, sem que passasse pela morte.

O round estava perto de terminar. Ouve-se um clamor desde a Terra. Elias, o profeta do fogo, clama a Deus por um menino morto, e ele revive (1 Reis 17:22).

Pela primeira vez na História um morto volta à vida.

A Morte parece ter baixado a guarda.

E enquanto ela se questionava onde havia falhado, eis que mais uma vez ela é driblada. Mais um ser humano é tomado da Terra sem passar pela sepultura. Elias sobe ao céu num redemoinho (2 Reis 2:11).

Toca o gongo, e começa o segundo round.

A morte já pensava em lançar a toalha, quando o homem que foi arrebatado ao céu, lança de seu veículo celestial um manto, que logo é apropriado por seu discípulo Eliseu.

Eliseu havia pedido a Elias que lhe fosse dado uma porção dobrada do seu espírito. Agora era esperar para conferir.

Logo de cara, a Morte experimenta a sensação que os humanos apelidaram de Déjà Vu:

Atendendo ao apelo de uma mãe desesperada, Eliseu clama ao Senhor, que restitui a vida de seu filho morto (2 Reis 4:32-35). Mais uma ressurreição em plenas páginas do Antigo Testamento!

Cada milagre operado por Eliseu era contabilizado pelo seu oponente, a Morte. Será que ele também a driblaria sendo arrebatado ao céu como o seu mestre?

Morre Eliseu. A Morte celebra. O profeta morreu sem completar o número de milagres que confirmasse que seu pedido fora atendido. Com mais um milagre, Eliseu teria completado exatamente o dobro de milagres operados por Elias.

Termina o segundo round. Ufa! Que alívio para a Morte. Finalmente as coisas parecem melhorar para o seu lado.

Começa o terceiro round.

Enquanto a Morte celebrava, algo inusitado acontece:

“Enquanto alguns enterravam um homem, de súbito viram um bando de invasores, e lançaram o homem na sepultura de Eliseu. Quando o cadáver tocou os ossos de Eliseu, o homem reviveu, e se levantou sobre os seus pés” (2 Reis 13:21).

A Morte esbraveja: - Isso é golpe baixo! Mais um que ressuscita! Eu preferia que Eliseu tivesse sido arrebatado ao céu, como Elias, em vez de me dar mais este prejuízo!

Hora te retomar o fôlego.

Depois de um prolongado tempo de recuperação, a luta recomeça.

No quarto round, eis que entra no ringue o próprio Autor da Vida.

A Morte se enfurece, e se prepara pra levar uma surra.

Em seu primeiro encontro com a Morte, Jesus é convidado a visitar a filha de Jairo, um importante figurão do templo. Enquanto caminhava, é interrompido por uma mulher que sofria a doze anos de uma hemorragia crônica. Aquela mulher estava morrendo à prestação! Jesus a cura, depois de ser tocado por ela. E quando volta à sua caminhada rumo à casa de Jairo, recebe a notícia de que a menina havia morrido. Em vez de desistir de visitá-la, Jesus prossegue em sua jornada. Aquela menina tinha apenas doze anos, tempo de vida que correspondia ao tempo de sofrimento da mulher que acabara de ser curada. Enquanto a Morte tirava a vida daquela mulher hemorrágica à prestação, tirou a vida daquela menina com apenas uma tacada. “Ao entrar, lhes disse: Por que vos alvoroçais e chorais? A menina não está morta, mas dorme. Tomando-a pela mão, disse: Talita cumi, que quer dizer: Menina, eu te ordeno, levanta-te. Imediatamente a menina, que tinha doze anos, levantou-se e começou a andar” (Marcos 5:39, 41-42).

Pela primeira vez, alguém do sexo feminino ressuscitara. Para quebrar um tabu, valorizando a mulher, Jesus traz uma menina de volta à Vida.

Não se contentando em ressuscitá-la, Jesus ainda despreza a Morte. Para Ele, a Morte não passa de um estado de sonolência. Ela não é o bicho-papão que os homens imaginam.

Começa o quinto round.

Jesus Se depara com uma mãe desesperada, viúva, que perdera seu filho único que era seu arrimo e esperança.

“Quando chegou perto da porta da cidade, levavam um defunto, filho único de sua mãe, que era viúva. E com ela ia uma grande multidão da cidade. Vendo-a, o Senhor sentiu grande compaixão por ela, e lhe disse: Não chores. Chegando-se, tocou o esquife e, parando os que o levavam, disse: Jovem, a ti te digo: Levanta-te. O defunto assentou-se, e começou a falar, e Jesus o entregou à mãe dele” (Lucas 7:12-15).

Jesus e Sua mania de quebrar tabus e protocolos!

Primeiro, Ele Se deixa tocar por uma mulher hemorrágica. Pela Lei, isso o tornava impuro. Agora Ele toca no esquife onde estava um cadáver, o que era considerado um grave erro, e O tornava ainda mais impuro. Não importa. O que importa é que mais um morto ressuscitara.

Começa o sexto round.

No primeiro caso, Jesus ressuscita uma menina que acabara de morrer. No segundo caso, ele interrompe um cortejo fúnebre. Em ambos os casos, Ele lidara com pessoas com quem não tinha qualquer relacionamento. Mas agora, Ele enfrentaria a Morte mais de perto. Seu amigo Lázaro morrera. O mesmo Jesus que pediu à viúva que perdera seu filho para que não chorasse, agora chora diante do túmulo de um de Seus mais chegados amigos. Além disso, diferentemente dos outros dois casos, Lázaro já estava morto e enterrado há quatro dias. Uma coisa é ressuscitar alguém que acabou de morrer, ou alguém que está a caminho do cemitério, outra coisa é ressuscitar alguém que já está em estado avançado de decomposição. O grau de dificuldade só foi aumentando.

Com os olhos lacrimejando, Jesus Se coloca diante do túmulo de Lázaro e brada: “Lázaro, vem para fora!”. Surpreendentemente, o morto retorna à vida, e escapa das garras insaciáveis da Morte (João 11:43-44).

A luta parece estar chegando ao fim.

É chegado o sétimo e último round da luta entre o Autor da Vida e a Morte.

Chegara a hora de Jesus encarar a Morte cara a cara. Para enfrentá-la em seu próprio terreno, Jesus, o Filho do Deus Vivo, teve que Se fazer homem, com todas as limitações inerentes à condição humana, exceto o pecado. O escritor sagrado diz que Ele participou da natureza humana, “para que pela morte aniquilasse o que tinha o império da morte, isto é, o diabo; e livrasse a todos os que , com medo da morte, estavam por toda a vida sujeitos à escravidão” (Hebreus 2:14-15).

A Cruz foi momento crucial (será que cometi redundância?). Foi ali que se deu o embate final entre a Vida e a Morte. Assim como a vitória de um corredor de fórmula 1 se dá na pista e não no podium, a vitória de Cristo se deu na Cruz e não na Ressurreição.

Enquanto alguns vêem na Cruz a derrota de Cristo, e na Ressurreição a Sua reabilitação, a Bíblia declara que na Cruz Ele despojou os principados e potestades, e toda a gangue do inferno, e os expôs publicamente ao desprezo. Na Cruz a Morte foi desmoralizada. A Ressurreição foi o momento em que o Juiz levanta os braços do pugilista vencedor e o declara campeão. Paulo, apóstolo, afirma que Jesus foi declarado Filho de Deus com poder, segundo o Espírito da santidade, pela ressurreição dos mortos” (Rom.1:4).

Sua Ascensão/Entronização foi a premiação, o momento em que Jesus recebe o cinturão de Campeão dos Campeões.

Há algo que passa despercebido por muitos. Leia e surpreenda-se com o que diz Mateus 27:52-53:

“Abriram-se os sepulcros, e muitos corpos de santos, que dormiam, ressurgiram. E, saindo dos sepulcros, depois da ressurreição de Jesus, entraram na cidade santa e apareceram a muitos.”

Interessante o contraste entre Jesus e outro pugilista: Sansão. É dito que Sansão matou em sua morte maior número de inimigos do que durante sua vida inteira. Podemos dizer que Jesus ressuscitou em Sua ressurreição maior número de pessoas do que durante Seu ministério terreno.

Aquela ressurreição coletiva foi uma espécie de avant premier do que vai acontecer no último dia; uma amostra grátis da ressurreição geral. Jesus atesta sobre isso:

“Não vos maravilheis disto, pois vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz e sairão: Os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida, e os que praticaram o mal, para a ressurreição da condenação” (João 5:28-29).

A vitória de Cristo sobre a Morte não foi por pontos. Foi por nocaute (knockout)!

Não teremos que enfrentar a Morte. Ele já a desbaratou por nós, e nos garantiu que quem n’Ele crer jamais a verá, pois já passou da morte para a vida.

A exemplo de Estevão, quando deixarmos este mundo, nos encontraremos imediatamente com o Autor da Vida. E por isso, podemos debochar da Morte, como fez Paulo:

“Onde está, ó morte, o teu aguilhão? Onde está, ó morte, a tua vitória?” (1 Coríntios 15:55).


6 comentários:

  1. Obrigado pelo comentário, Marcello.
    Tô indo lá conferir seu blog.
    Abraços.

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  2. Missionário Luiz6:37 PM

    Irmão Hermes, paz e graça de Jesus Cristo o Nazareno seja com o irmão e todos os seus, amém?
    No livro de I Coríntios 15.35 diz:
    Mas alguém dirá: Como ressuscitarão os mortos? E com que corpo virão?
    " A RESSURREIÇÃO DO CORPO ".
    A ressurreição do corpo é uma doutrina fundamental das Escrituras.
    Refere-se ao ato de Deus, de ressuscitar dentre os mortos o corpo do salvo e reuni-lo à sua alma e espírito, dos quais esse corpo esteve saparado entre a morte e a ressurreição.
    1- A Bíblia revela pelo menos três razões por que a ressurreição do corpo é necessária.
    (a) O corpo é parte essencial da total personalidade do homem; o ser humano é incompleto sem o corpo. Por conseguinte, a redenção que Jesus Cristo oferece abrange a pessoa total, inclusive o corpo; veja em
    Rm 8.18-25.
    (b) O corpo é templo do espírito Santo; veja em I Co 6.19; na ressurreição, ele voltará a ser templo do Espírito, mas glorificado.
    (c) Para desfazer o resultado do pecado em todas as áreas, o derradeiro inimigo do homem ( A MORTE DO CORPO) deve ser aniquilado pela ressurreição; leia I Co 15.26.
    2- Tanto as Escrituras do Antigo Testamento, como as Escrituras do Novo Testamento ensinam a ressurreição futura do corpo; leia Hb 11.17-19; Gn 22.1-4; Sl 16.10; At 2.24ss; Jó 19.25-27;
    Is 26.19; Dn 12.2; Oz 13.14; Lc 14.13,14; 20.35,36; Jo 5.21,28,29; 6.39,40,44,54;
    I Co 15.22,23; Fp 3.11; I Ts 4.14-16;
    Ap 20.4-6,13.
    3- Nossa ressurreição corporal está garantida pela ressurreição de Jeus Cristo; veja em
    Mt 28.6; At 17.31; I Co 15.12,20-23.
    4- Em termos gerais, o corpo ressurreto do cristão será semelhante ao corpo ressurreto do Nosso Senhor Jesus Cristo o Nazareno; veja em Rm 8.29; I Co 15.20,42-44,49; Fp 3.20,21;
    I Jo 3.2.
    Mais especificamente, o corpo ressurreto será:
    (a) Um corpo que terá continuidade e identidade com o corpo atual e que, portanto, será reconhecível; veja em Lc 16.19-31.
    (b) Um corpo tranformado em corpo celestial, apropriado para o novo céu e a nova terra; veja em I Co 15.42-44,47,48; Ap 21.1.
    (c) Um corpo imperecível, não sugeito à deterioração e à morte; veja em I Co 15.42.
    (d) Um corpo glorificado, como o de Nosso Senhor Jesus Cristo; veja em I Co 15.43;
    Fp 3.20,21.
    (e) Um corpo poderoso, não sujeito às enfermidades, nem à fraqueza; veja em
    I Co 15.43.
    (f) Um corpo espiritual( e, não natural, mas sobrenatural), não limitado pelas leis da natureza; veja em Lc 24.31; Jo 20.19;
    I Co 15.44.
    (g) Um corpo capaz de comer e beber; veja em
    Lc 14.15; 22.16-18,30; 24.43; At 10.41.
    5- Quando os cristãos receberem seu novo corpo se revestirão da imortalidade; veja em
    I Co 15.53.
    As Escrituras indicam pelo menos três propósito nisso:
    (a)Para que os cristãos venham a ser tudo quanto Deus pretendeu para o ser humano, quando o criou; veja em I Co 2.9.
    (b) Para que os cristãos venham a conhecer a Deus de modo completo, conforme Deus quer que eles o conheçam; veja em Jo 17.3.
    (c) A fim de que Deus expresse o seu amor aos seus filhos, conforme Ele deseja; veja em
    Jo 3.16; Ef 2.7; I Jo 4.8-16.
    6- Os fiéis que estiverem vivos na volta iminente de Jesus Cristo, para buscar os seus, experimentarão a mesma transformação dos que morrerem em Cristo antes do dia da ressurreição deles; veja em I Co 15.51-54.
    Receberão novos corpos, idênticos aos dos ressurretos nesse momento da volta de Jesus Cristo o Senhor da glória, e nunca mais experimentarão a morte física.
    7- Jesus Cristo o Nazareno fala de uma ressurreição da vida, para o cristão, e de uma ressurreição de juízo, para o ímpio; veja em
    Jo 5.28,29.
    MARANATA JESUS CRISTO MEU SENHOR.
    " MARANATA" é uma expressão araimaica significando " Vem, Senhor", e que provavelmente foi usada como oração ou saudação entre os cristãos primitivos.
    A igreja primitiva estava sempre orando pela imediata vinda de Jesus Cristo o Justo.
    Ser Cristão, são aqueles que "amam a sua vinda"; veja em 2 Tm 4.8 e que expressam esse anseio nas sua palavras e ações; veja em
    I Ts 1.10; Ap 22.20.

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  3. Olá Hermes,é sempre um susto estonteante e edificante conferir suas postagens.É uma pena que você não possa ouvir as palmas que estou batendo para você nesse momento,mas digo:"Bravo,bravíssimo".Foi genial a forma como você escreveu sobre um assunto tão sério e importante.Peço sua permissão para postá-la em meus blogs:http://vilma-wwwsoparamigos.blogspot e amigos-gideonitas.blogspot.com.Graça e paz.

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  4. Sinta-se a vontade, Vilma. E obrigado pelas palavras estimulantes.
    Abraço!

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  5. Bispo hermes sempre um prazer ler suas postagens. agradeço a Deus por sua vida. seu ministerio e familia é um exemplo pra mim que hoje sou um jovem cheio de sonhos, mas que amanha estarei sendo exemplo para as proximas gerações em nome do grande. abraço carinhoso. Leandro Lima

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  6. Anônimo6:39 AM

    Hermes com certeza foram grandes round de jesus que vc citou.
    Mas o maior deles, foi o round final em que Jesus Cristo de Nazaré derrubou, nocauteou o seu adversário Satanás.
    Este round, foi que ao terceiro dia depois de sua morte física, Jesus ressuscitou; e para completa a queda do diabo , Jesus desceu ao inferno e tomou das mãos de Satanás a chave da morte e do inferno e levou consigo para o paraíso as pessoas que estavam aprisionados há milhares de anos.
    Este sim, foi o maior round da história da vida humana.
    Não há outro round e perfeito maior do que este.
    Jesus Cristo de Nazaré, é o Rei dos reis, Senhor dos senhores e todos os joelhos vão ter que se dobrar diante dEle e dizer que Ele(Jesus) é o Senhor, todos os joelhos, nenhum ser humano escapará, no dia do juízo final!

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