Por Hermes C. Fernandes
Você já se perguntou o porquê de alguns
países serem classificados como terceiro
mundo? Se os países subdesenvolvidos são de terceiro mundo, e os
desenvolvidos são chamados de primeiro
mundo, quem seriam os países do segundo
mundo? Aliás, por que nunca ouvimos esta designação?
Na verdade, tais designações perderam o
sentido desde a Perestroika (abertura política da Rússia), da
queda do Muro de Berlim, e do fim do regime comunista no Leste Europeu. Os
países comunistas, liderados pela antiga União Soviética, formavam o segundo
mundo. Ora, se já não existe o segundo mundo, não faz sentido classificar
países como sendo de terceiro mundo.
Hoje, há outro tipo de classificação. Há os
países desenvolvidos, os emergentes (Brasil e Índia, por exemplo), os
subdesenvolvidos, e ainda os muçulmanos (classificados à parte por razões
óbvias).
Apesar das diferenças culturais, políticas e
econômicas, aos poucos estamos desenvolvendo a consciência de que o mundo é um
só, e não três, como usávamos classificar. Igualmente aos poucos, países
com proximidade cultural e geográfica, unem-se em blocos econômicos, como é o
caso da União Europeia, do Mercosul, da NAFTA e etc. Tais blocos
relacionam-se entre si, promovendo o processo conhecido como globalização,
tendência que dificilmente será revertida. O mundo parece destinado a
tornar-se numa grande aldeia global.
Seria isso parte do plano de Deus para a
humanidade? Como cristãos, deveríamos temer a unificação dos
povos? Seria prenúncio do fim do mundo, como defendem alguns? Ou isso
estaria preparando o cenário para a ascensão de um líder mundial, que
encarnaria as características do tão temido Anticristo?
Em Isaías 19:23-25 lemos uma interessante
passagem que nos revela o interesse de Deus na integração dos povos:
“Naquele dia
haverá estrada do Egito até a Assíria. Os assírios virão ao Egito, e os
egípcios irão à Assíria. Os egípcios adorarão com os assírios ao Senhor.
Naquele dia Israel será o terceiro com os egípcios e os assírios, uma bênção no
meio da terra. O Senhor dos Exércitos os abençoará, dizendo: Bendito seja o
Egito, meu povo, a Assíria, obra das minhas mãos, e Israel, minha herança.”
Imagino o escândalo que tal profecia deve ter
causado entre os judeus mais ortodoxos. Como Deus poderia referir-se ao
Egito como “meu povo”? Israel se achava detentor exclusivo de tal título.
Nenhum outro povo poderia usurpá-lo, quanto mais o Egito.
O Egito foi o primeiro grande império pelo o
qual os israelitas foram dominados. A Assíria era o império da vez, que levara
cativo os judeus, e destruíra completamente sua santa cidade,
Jerusalém. Agora me vem Isaías profetizando que no futuro haveria
integração entre o Egito, a Assíria e Israel. Isso era simplesmente
inconcebível.
Como seres limitados que somos, focamos os
conflitos atuais, porém, não podemos ignorar que Deus enxergue para além do
horizonte histórico. Mesmo Seus juízos visam, em longo prazo, a execução dos
Seus propósitos, dentre os quais, a harmonia entre os povos. Apocalipse
afirma que todas as nações virão e o adorarão porque Seus atos de justiça terão
sido manifestos. [1]
Nenhuma nação ficará de fora! A promessa de
Deus é que “desde o nascente
do sol até o poente”, Seu
nome “será grande entre as
nações.”[2]
Todas as nações são obra de Suas mãos, e no
tempo certo, hão de reconhecer que Seus caminhos são justos e verdadeiros. Não
pela imposição de outras, como foi depois que Constantino, imperador de Roma,
anunciou sua conversão ao cristianismo. Mas pela atuação do Espírito levando os
homens à consciência da verdade. Nem mesmo as nações muçulmanas ficarão ilesas
a esta atuação. O Cristo a quem admiram como profeta há de revelar-Se a elas
como o Deus que Se fez homem e caminhou entre nós.
Estados ateus, como a China, hão de se abrir
à influência do evangelho. Agora mesmo, a igreja chinesa é a que a apresenta a
maior taxa de crescimento do mundo. São mais de 100 milhões de chineses que
adoram ao Deus revelado em Jesus, reunidos clandestinamente em porões.
Todavia, faz-se necessária uma mudança no
paradigma missionário que tem conduzido a igreja ao longo dos últimos séculos. Precisamos
admitir a atuação de Deus nestes povos anterior a qualquer investida
missionária. Não há cultura onde Deus não tenha deixado Seu rastro. No discurso
de Paulo no areópago ateniense, percebemos tal compreensão. Ele afirma, dentre
outras coisas, a origem comum de todos os homens: “De um só fez todas as nações dos homens, para habitarem sobre a face
da terra, determinando-lhes os tempos já dantes ordenados e os limites da sua
habitação. Deus fez isso para que o buscassem, e talvez, tateando, o pudessem
achar, ainda que não está longe de cada um dós. Pois nele vivemos, e nos
movemos, e existimos.”[3]
Repare que cada nação tem um prazo de
validade definido. Suas fronteiras, seu sistema de governo, sua economia, tudo
está sujeito ao desaparecimento com o tempo. Porém, cada geração recebeu de
Deus a oportunidade de buscá-lo, ainda que como quem tateie no escuro. O
criador jamais deixou de dar testemunho de si, deixando-nos entregues à própria
sorte. Mesmo permitindo que “todas as
nações andassem nos seus próprios caminhos”, “não deixou de dar testemunho de si mesmo, fazendo o bem”,
dando-lhes “chuvas do céu e estações
frutíferas”, enchendo-os de mantimento e de alegria os seus corações.[4]
Definitivamente, Deus não é um
estraga-prazer. Pelo contrário, Ele sempre esteve por trás dos bastidores
trabalhando para que pudéssemos desfrutar de alguma alegria, mesmo quando
andávamos na ignorância.
Portanto, em vez de nos apresentarmos como
aqueles que oferecem ao mundo o que somente eles têm, deveríamos nos apresentar
como quem fala em nome d’Aquele que sempre esteve ali, ao alcance de seus
corações, insinuando-se através das bênçãos derramadas.
Não somos porta-vozes de um deus estranho,
mas de um Deus desconhecido, porém, acessível. Deus que recebeu inúmeros nomes
cada vez que seres humanos tatearam à Sua busca, mas que Se revelou na pessoa
de Seu Filho Eterno, Jesus Cristo.
Este Deus não tem povo predileto. Ele é o
Deus de todos os povos. De todas as culturas. De todos os homens, quer
reconheçam ou não.
Em breve, as fronteiras cairão! Uma nova
civilização emergirá. “Todas as famílias das nações se converterão ao
Senhor”[5],
convertendo “as suas espadas em arados, e
as suas lanças em foices”, de modo que “uma
nação não levantará a espada contra outra nação, nem aprenderão mais a guerra.”[6]
Ainda mais importante do que o fim das
barreiras alfandegárias, será o fim do preconceito e da xenofobia. Quando
finalmente aprendermos que não há culturas superiores às outras. Cada uma delas
tem sua beleza, suas virtudes e vicissitudes. Uma cultura não deve jamais
pretender eliminar as demais, mas conviver pacificamente e aprender umas com as
outras.
Na verdade, do ponto de vista espiritual, a
unificação da humanidade se deu na cruz, quando as paredes ruíram, e de todos,
Deus fez um só povo.[7] Esta é a
verdadeira globalização. Não a apregoada pelas grandes potências econômicas,
que só visam seus interesses econômicos, mas a que unifica os povos, sem
uniformizá-los. Une, mas não destrói sua identidade cultural.
Nunca ouvi ninguém pregar ou fazer qualquer abordagem a Isaías 19:23-25.
ResponderExcluirInteressante, bom para pensar e refletir a respetio.
Eu espero a civilização do reino.
Não entendo o porque de deuses diferentes permanecerem ainda neste momento Histórico em que a informação e a cultura circula na velocidade da Luz.
ResponderExcluirIRMÃO HERMES, GRAÇA E PAZ DE JESUS CRISTO O NAZARENO.
ResponderExcluirEste texto de Isáias é muito interessante.
" NAQUELE TEMPO." Isáias 19.16-25.
Isáias profere quatro profecias a cumprirem-se "naquele tempo".
1- Os egípicios temeriam judá ao compreenderem que o castigo deles viera de Deus; leiam Isáias 19.16,17.
2- Depois do sofrimento, cidades do Egito adorariam ao Senhor e lhe edificariam altares; leiam Isáias 19.18,19.
3- Os egípios clamariam a Deus, que lhes enviaria um Salvador, e muitos se voltariam para o Senhor; leiam Isáias 19.20,22.
4- Egito, Assíria e Israel adorariam, todos juntos, ao Senhor; leiam Isáias 19.2325.
Embora "aquele tempo" não esteja claramente identificado aqui, outros trechos bíblicos sugerem que esta passagem alude aos eventos do tempo do fim, associados ao período da tribulação e ao reino milenar de Cristo; leiam
Apocalipse 20.
" O SENHOR DOS EXÉRCITOS OS ABENÇÕARÁ...O EGITO...A ASSÍRIA...ISRAEL."
Esta predição terá seu cabal cumprimento no fim dos tempos quando, então, todas as nações da terra serão abençoadas; durante o reino justo do Messias, Jesus Cristo.
Um dia, o Deus de Israel será o Deus dos árabes, dos judeus e de todos os demais povos e nações; leiam os versículos de Gêneses 12.3;
Isáias 2.2-4; 11.1-10.
Há salvação para os judeus árabes, e gentios que somos nos.
Jesus Cristo é única Salvação aos povos da terra.
Deus cumprirá todos os seus relatos, sua Palavra Viva e Eficaz: Deus não quer que nem ser humano se perca, mas que todos se chegam ao arrependimento do seu pecado e convertam a Jesus Cristo de Nazaré.
"Somos um só corpo em Cristo Jesus."
"E DEUS É AMOR."
Não entendo o porque de deuses diferentes permanecerem ainda neste momento Histórico em que a informação e a cultura circula na velocidade da Luz.
ResponderExcluirPAIXÃO, Edson.
Hermes é resposta para a ? do irmão Edson e para ? de muitos cristãos por aí ok?
ResponderExcluirEdson porque de deuses diferentes no mundo? Simples! Existe um inimigo eterno que como diz as Escrituras, o diabo , vosso adversário, anda em derredor, bramando como um leão, buscando a quem possa tragar; I Pedro 5.8, na tradução original é devorar estraçalhar toda a raça humana, é ele Satanás! Conhece ele?
Satanás sabe muito bem onde estamos, no que diz no livro de Jó 1.6,7,8 que diz: E vindo um dia em que os filhos de Deus vieram apresentar-se perante o SENHOR, veio também Satanás entre eles.
Então, o SENHOR disse a Satanás: De onde vens? E Satanás respondeu ao SENHOR e disse: De rodear a terra e passear por ela.
E disse o SENHOR a Satanás: Observaste tu a meu servo Jó? Porque ninguém há na terra semelhante a ele, homem sincero, e reto, e temente a Deus, e desviando-se do mal.
Então Satanás se faz deuses, sendo através dos seus anjos caídos e até mesmo homens carnais sem Jesus, ele é o comandante deste século, como a Palavra de Deus diz, Satanás é o deus deste século, e o mundo já do maligno, e seus anjos caídos atuam em várias áreas nesta terra, cada um com uma missão diferente, mas todos com um objetivo: Destruir a raça humana.
É sua tática se passar por anjo de luz como diz as escrituras: Satanás virá como um anjo de luz e poderá enganar até mesmo os escolhidos de Deus, e ele está usando suas táticas de engano.
Quando o homem pecou, Satanás passou a ser o dominador do mundo; ver Jo 12.31; 14.30; 16.11. Satanás domina o mundo inteiro; ver I Jo 5.19, percorre a terra e comanda uma hoste de espíritos malignos, através dos quais ele escraviza e mantém em cativos os que estão sem Jesus Cristo sem salvação; ver Ef 2.2. Somente o cristão fiel a Jesus Cristo está liberto do seu poder. Mesmo assim, como leão rugente, ele é uma ameaça aos cristãos; ver Sl 22.12; Ezequiel 22.25 e também ameaça incrédulos sendo estes, não tem como sair fora dele, pois não tem a força, o poder do Espírito Santo e de Jesus para livra-los, e procura destruí-los , especialmente por meio do sofrimento; ver I Pedro 5.8-10. Satanás destruíra espiritualmente e fisicamente todo aquele que abandono a proteção de Deus. Através da nossa fé no sangue de Jesus Cristo, da nossa luta espiritual no Espírito e nossas orações a Deus, estamos plenamente equipados para derrotar as astutas ciladas de Satanás, resistir-lhe e ficar firmes na fé salvífica; ver Apocalipse 12.11; Efésios 6.11-18; Mateus 6.13; I Pedro 5.9.
OBS: MAS LEMBRE ME IRMÃO EDSON E IRMÃOS ESPALHADOS NESTA TERRA, MAIOR É O QUE ESTÁ EM VÓS DO QUE O QUE ESTÁ NO MUNDO; ver I João 4.4
Quem é de Deus fiel e santificam suas vidas na sua Palavra e guardam os seus mandamentos, saí fora! Tem a proteção de Jesus, mas o cristão morno, e incrédulos do mundo é presa fácil para o diabo.
Sem Jesus Cristo não há vida eterna e nem proteção de Deus PAI.
Sem Jesus Cristo, não dá para ser feliz!
Com certeza Hermes o que vc diz na última estrofe deste texto.
ResponderExcluirO reino de Deus permanece para sempre.
O ser humano, é que não permanece em Jesus Cristo, prefere os prazeres do mundo que é delicias que levará para o inferno.