Gosto de filmes de comédia, drama, épicos, mas os que mais me fascinam são os filmes de suspense. Gosto de sentir a adrenalina que acompanha a expectativa pelo inusitado.
Quando adentro a sala de projeção, quero ser surpreendido por um roteiro inovador. Aquela velha fórmula do mocinho que aparece pra salvar a mocinha não funciona pra mim. Nada é mais entediante do que um roteiro previsível. O filme pode ter uma direção impecável, com atores extraordinários, mas se for recheado de clichês, eu acabo dormindo. Nem a pipoca com coca-cola me mantêm acordado!
Quando assisti ao novo filme do Batman, saí da sala comentando com meu filho: Isso é que é filme! Quase cada tomada vinha com uma surpresa. Nada acontecia como previsto. De perder o fôlego!
O ser humano tem uma fixação por surpresas. Parece que fomos feitos já com esta expectativa vinda de fábrica. Estávamos bem aconchegantes e protegidos no ventre de nossa mãe, e de repente... surpresa! Nascemos, ou melhor, estrelamos. A partir daí, nossos olhos ficam sempre atentos em busca de novas surpresas.
Uma vida desprovida de surpresas é um tédio insuportável. Se as surpresas não vêm naturalmente, procuramos por elas, e até as provocamos. Queremos aventura. Queremos ser surpreendidos.
Recuso-me a acreditar que o roteiro escrito por Deus para a minha vida seja cheio de clichês, de lugar-comum. Quero ter o que contar aos meus netos. Quero dar trabalho ao meu biógrafo. Quero fazer valer à pena. Então, que venham as surpresas!
E se minha vida um dia virar filme (quanta pretensão!), não quero ninguém dormindo no cinema.
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