Esta semana estive em Tampa, acompanhado de meus filhos e de alguns amigos. Fomos assistir ao show da banda Paramore, febre entre o público adolescente, tanto nos EUA, quanto no Brasil, por causa da trilha sonora do filme "Twilight" ("Crepúsculo", em português).
Tomamos muita chuva antes e durante o show, mas valeu a pena. Não tanto pelo show em si, mas pela conversa que pude ter com Joe, jovem americano de 26 anos, que nos acompanhou na viagem, juntamente com Pedro e seus filhos.
Meu propósito era muito mais do que assistir à perfomance dos jovens integrantes do Paramore (segundo o Rhuan, são cristãos). Eu queria observar a juventude, e tentar, de alguma maneira, sintonizar-me com seus anseios e sua cosmovisão.
Entre os assuntos que conversamos, falamos sobre o que o jovem americano pensava da igreja, e como poderíamos alcançá-lo.
Joe, como legítimo representante desse nosso "público alvo", disse-nos que uma das coisas que mais incomodam os jovens é a maneira como a igreja os vê. Eles já não aceitam ser tratados como números. Essa idéia de que cada pessoa evangelizada deve atrair mais pessoas para a igreja já não parece razoável para eles, que querem ser vistos como pessoas, e não como máquinas de reprodução de membros.
Embora criado na igreja, Joe me confessou que se fosse dar uma festa, preferiria convidar amigos de fora da igreja, por serem bem mais divertidos e menos neuróticos do que os cristãos.
Meditando em tudo o que ouvi de seus lábios, chego à conclusão de que a igreja cristã não exerce qualquer atração sobre a juventude atual. Não adianta promover gospelnights, raves, blocos carnavalescos cristãos, etc. O que os jovens carecem é de ideais.
Diversão por diversão, eles preferem as que o mundo oferece, pois, pelo menos, são autênticas. Chega de bandas evangélicas covers de bandas seculares. Isso soa estranho aos ouvidos deles.
Nossos jovens estão órfãos de sonhos e ideais. Por isso, estão cada vez mais cínicos e céticos com respeito ao futuro.
Para a maioria deles, falar de vida após a morte, céu, inferno, não cola. Falar de milagres cheira a embuste. Falar de prosperidade, de aquisição de bens materiais, também soa falso. O que eles querem e procuram é um propósito pelo qual viver.
Penso que o que deveríamos oferecer a essa enorme massa juvenil é uma mensagem contextualizada, que desafie-os a acreditar no futuro do mundo, e a trabalhar pela sua restauração.
Nenhum assunto é mais atraente para eles do que o futuro, pois é nele que passarão o resto de suas vidas.
A propósito...não é que a banda era boa mesmo? Rhuan e Revelyn tinham razão.
Olá!
ResponderExcluirAcabei de distribuir selinhos entre meus blogs favoritos. Vá lá e pegue o seu: http://adrialactaest.blogspot.com/2009/06/selo.html
Abraço - Adriana
Como disse Cazuza: "Ideologia, eu quero uma pra viver!"
ResponderExcluirViver de verdade só em JESUS.
Putz... Mostrou meus pensamentos...
ResponderExcluirAmei este texto!
ResponderExcluirSempre revendo conceitos e opiniões, esse é o caminho para permanecer com o mesmo idioma da juventude e continuar, jovem!
O "povo" tem olhos tão maus, estão sempre no caminho da ignorância, entendo perfeitamente o pensamento dos jovens, o problema da igreja é o "crente" não são felizes e nem deixam os outros serem!
Paciência eu tmb já fui assim!
Abraço querido Hermes
Dani Lima