Um avião da companhia US Airways caiu, por volta das 15h30 (horário local) desta quinta-feira, no rio Hudson, perto da Ilha de Manhattan, em Nova York, nos Estados Unidos. A Administração Federal da Aviação Civil dos Estados Unidos (FAA) informa que o Airbus A320 da companhia transportava 150 passageiros e cinco tripulantes. Os enviados do Terra para a posse de Obama estavam a 100 m de onde o Airbus fez o pouso forçado.
Nos primeiros minutos após o acidente, choque e perplexidade nos quarteirões ao redor e nos Píeres 57 e 56, para onde o avião deslizou na água depois do pouso próximo ao Píer 48. Olhos grudados nos aparelhos de televisão, celulares ligados a todo instante, os nova-iorquinos engolem a pergunta que todos temem fazer:
-Um atentado? De novo?
O vôo 1549 partiu do aeroporto de LaGuardia e viajava em direção a Charlotte, no Estado da Carolina do Norte. Segundo um porta-voz da FAA, uma testemunha disse que viu "muitos pássaros" passando em frente à aeronave antes da queda. No início da noite a causa do acidente ainda era desconhecida.
O prefeito da cidade, Michael Bloomberg, em entrevista coletiva, disse que apenas as investigações poderão responder às muitas questões sobre a causa do acidente.
"Muitas pessoas começaram a chorar e a tentar buscar proteção quando a tripulação avisou para nos prepararmos para o impacto", disse um dos passageiros à CNN. "O motor explodiu. Houve fogo por toda a parte e cheiro de gás", afirmou o passageiro Jeff Kolodjay, de Norwalk, Connecticut, à agência Reuters. "Havia pessoas sangrando por todo lado. Nós batemos forte na água. Foi assustador".
Imagens da CNN mostram a aeronave a afundar no rio Hudson. No início, era possível ver todo o avião. Mais tarde, grande parte já submergia. A temperatura em Nova York, no momento da queda, era de cerca de 5ºC. A neve atingiu a cidade desde a manhã e ainda cobria as ruas.
O Píer 56 estava quase vazio quando chegaram os enviados do Terra. Em menos de 10 minutos, dezenas de ambulâncias, carros do corpo de bombeiros, viaturas da polícia de Nova York e Nova Jersey e equipes de civis de diversas entidades rapidamente se mobilizaram para fazer os primeiros socorros às vítimas nas duas margens do rio. A West Street, que percorre a margem do rio, foi rapidamente bloqueada, o que impediu que o caos no trânsito atrapalhasse os resgates.
A rápida ação de embarcações oito particulares e veículos aquáticos oficiais foi vital para o resgate de todos os passageiros e da tripulação do Airbus.
Píer 56. "Milagre, milagre", repetiam repórteres de emissoras de rádio e televisão. Milagre por, na gélida tarde de inverno nova-iorquino, um avião lotado ter feito um pouso forçado nas águas do Hudson e todos os passageiros e tripulantes terem sido resgatados com vida.
"Milagre, milagre", e o circo da mídia se instalou ao longo das margens do rio. Aqui e ali, um colete salva-vidas amarelo inflado esbarrava na margem do Hudson, e tornava concreta a história da tarde em que Nova York escapou de mais uma grande tragédia.
Reportagem de Antonio Prada e Bob Fernandes
Fonte: Redação Terra
De fato, o avião não caiu. Graças às habilidosas mãos do seu experiente piloto, ele "aterrissou" sobre as águas do Rio Hudson. Ontem a noite o jornal da Globo afirmava que o acidente foi provocado por aves que entraram pelas duas turbinas. Já foram registrados 668 acidentes aéreos nos EUA provocados por pássaros. Fiquei pensando na situação do aeroporto internacional do Rio de Janeiro, que graças à proximidade do lixão de D. Caxias, é constantemente ameaçado por inúmeros urubus. Infelizmente, nossas autoridades só tomam alguma medida, depois que acontece um acidente. Espero que, se acontecer, tenhamos a sorte de ter um piloto tão habilidoso quanto esse. Ele não salvou apenas os passageiros e tripulantes de sua aeronave. Ele salvou milhares de vidas que transitavam pelas ruas e avenidas novaiorquinas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário