segunda-feira, fevereiro 05, 2018

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Einstein, a Cruz e as viagens no tempo



Por Hermes C. Fernandes

Devemos supor que o futuro já tenha sido escrito? Não! Muito mais do que isso. O futuro já é real. No universo descrito por Einstein através de sua Teoria da Relatividade, tudo está escrito. Nossas escolhas já estão escritas no tecido da realidade. Isso parece concordar com a declaração do salmista:

Os teus olhos viram a minha substância ainda informe, e no teu livro foram escritos os dias, sim, todos os dias que foram ordenados para mim, quando ainda não havia nem um deles. E quão preciosos me são, ó Deus, os teus pensamentos! Quão grande é a soma deles!” Salmos 139:16-17

O que os antigos se referiam como “livro”, talvez hoje pudesse melhor ser compreendido como um gigantesco computador cósmico.  Neste “computador” tudo está arquivado; passado, presente e futuro são arquivos igualmente acessíveis. Tudo o que aconteceu desde o início da história até o seu fim existe ao mesmo tempo. Esse “computador” é o próprio Universo.  

O livro de Deus a que se refere o salmista reaparece nas páginas do Apocalipse. Arrebatado à sala do trono do Todo-Poderoso, João descreve a cena em que vê “na mão direita do que estava no trono um livro escrito por dentro e por fora, selado com sete selos” (v.1). João deve ter se perguntado que livro era aquele. Por que estava lacrado? Por que era escrito por dentro e por fora? Aquele era o livro da existência.  O registro de toda a história, englobando o papel de cada elemento do Universo. Além dos fatos em si, nele também se encontra a interação entre eles e o propósito divino por trás deles. Ali estava o projeto de Deus, pronto para ser desencadeado. Naquele rolo estava escrito a História do Cosmos, desde o momento singular, até o seu desfecho. Criação, Queda, Redenção, Restauração e Juízo, tudo estava ali. A História de cada partícula, de cada ser vivo, de cada família, de cada nação. É claro que esse livro não deve ser entendido literalmente. Ele representa a vasta soma dos pensamentos de Deus relativos à Sua Obra. Paulo ficou igualmente estupefato diante desta realidade: “Ó profundidade das riquezas, tanto da sabedoria como da ciência de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis os seus caminhos! Quem compreendeu a mente do Senhor? Ou quem foi seu conselheiro? Ou quem lhe deu primeiro a ele, para que seja recompensado? Porque dele e por ele e para ele são todas as coisas. Glória, pois, a ele eternamente. Amém” (Rm.11:33-36).

O fato de o livro estar selado aponta para a inescrutabilidade dos decretos divinos. Estar escrito por dentro e por fora indica que o propósito de Deus abarca a criação como um todo, tanto a visível quanto a invisível, a material e a espiritual, a macro e a micro. Ali a mecânica quântica e a Teoria da Relatividade se encaixam perfeitamente.  Nenhuma dimensão da existência está fora do escopo do projeto de Deus.

João prossegue em seu relato: “Vi também um anjo forte, bradando com grande voz: Quem é digno de abrir o livro, e de lhe romper os selos? E ninguém no céu, nem na terra, nem debaixo da terra, podia abrir o livro, nem olhar para ele. E eu chorava muito, porque ninguém fora achado digno de abrir o livro, nem de o ler, nem de olhar para ele” (vv.2-4). Não havia ninguém capaz de dar o pontapé inicial, o start para que o projeto de Deus fosse deflagrado. Pra que a trama começasse e fosse bem sucedida, alguém teria que romper os selos, os lacres do misterioso livro. Mas teria que ser alguém digno disso. João se desespera enquanto assiste apreensivo. “Todavia um dos anciãos me disse: Não chores! Olha, o Leão da Tribo de Judá, a raiz de Davi, venceu para abrir o livro e os seus sete selos” (v.5). Alguém que emerge de dentro daquele pergaminho, que apesar de viver para além do tempo e do espaço, emerge de dentro da história, apresentando-se no cenário como o personagem principal da trama, como aquele que venceu para abrir o livro. Esse personagem é apresentado como que se identificando com duas etapas distintas da História, mas que estão intimamente conectadas. Ele é o Leão da Tribo de Judá, e o Descendente prometido por Deus a Davi, para ocupar seu trono. Ele também é a semente da mulher, o Descendente de Abraão, o Messias de Israel, o Cristo de Deus.

Ele existe dentro e fora da História. N’Ele se conecta o cronos e o kairós, o tempo e a eternidade. Ele é o ponto de convergência de todas as dimensões que possam existir. Ele é o diapasão pelo qual as cordas encontram sua fina sintonia.

“Então vi, no meio do trono e dos quatro seres viventes, e entre os anciãos, em pé, um Cordeiro, como havendo sido morto, e tinha sete chifres e sete olhos, que são os sete espíritos de Deus enviados por toda a terra. E veio e tomou o livro da mão direita do que estava assentado no trono” (vv.6-7).

Cristo surge como o centro gravitacional de tudo. Ele está no meio do trono e tudo O orbita. O Cordeiro visto por João se apresenta “como havendo sido morto”. Portanto, trata-se do Cristo Crucificado, aquele de quem Paulo diz: “Pois nada me propus saber entre vós, senão a Jesus Cristo, e este crucificado” (1Co.2:2). O sacrifício de Cristo foi o detonador da História. A História não começa com a criação de todas as coisas, e sim com o sacrifício do próprio Criador. O Cosmos surge a partir da Cruz.

Os sete chifres do Cordeiro representam Sua Onipotência, enquanto Seus sete olhos representam Sua Onisciência e Onipresença. Portanto, o Cordeiro é o próprio Deus, pois compartilha de todos os atributos incomunicáveis da Divindade.

João prossegue: “Logo que tomou o livro, os quatro seres viventes e os vinte e quatro anciãos prostraram-se diante do Cordeiro, tendo todos eles uma harpa e taças de ouro cheias de incenso, que são as orações dos santos” (v.8). Ora, como poderiam ser as orações dos santos, se tudo isso ocorre antes da abertura do livro, e, portanto, antes da fundação do mundo? Mais uma vez Davi nos responde: “Sem que haja uma palavra na minha língua, ó Senhor, tudo conheces” (Sl.139:4). Sua presciência permite que todas as orações dos santos estejam diante d’Ele, mesmo antes de terem sido feitas. Todos os ingredientes estavam postos diante do Trono. Louvores, orações, e acima de tudo, Alguém digno de abrir o livro, e iniciar o processo histórico, que culminaria com a glória de Deus revelada à Criação.

Imagine um livro em forma de um rolo de pergaminho. Ele não é encadernado como os livros de hoje. Trata-se de uma grande tira de pergaminho, enrolada pelas duas pontas. Quando seus selos são rompidos, ele começa a desenrolar-se por igual. O lado esquerdo pode representar as coisas passadas, e o lado direito, as futuras. A Cruz entra no meio, e faz com que o rolo se abra para os dois lados. Tudo acontece na Cruz, com a morte do Cordeiro. A História começa na Cruz, mas já surge contendo um passado e um futuro. No Kairós, a Cruz é o ponto inicial. Mas no Cronos, a Cruz ocorre na plenitude dos tempos.

Deus cria o mundo a partir da Cruz. Mas o cria já com um passado e um futuro. Ainda que os cientistas tenham razão em dizer que o Universo tem 15 bilhões de anos, aos olhos de Deus, esse universo veio a existência a partir da Cruz, como que instantaneamente.

Ali o rolo se abriu, para esquerda e para direita. Nada existia antes da Cruz, pelo menos, não da perspectiva divina. Há quem defenda a hipótese de que Deus possa ter criado as coisas com aparência de certa idade. Mas tudo não passaria de “aparência”. Portanto, a Terra “aparenta” ter 4,5 bilhões anos, mas seria, de fato, muito mais jovem (aproximadamente 6 mil anos, defendem). Os que advogam tal hipótese, argumentam que Adão fora criado já adulto. Quem quer que o encontrasse, lhe atribuiria certa idade, ainda que ele houvesse sido criado um dia antes. Pode parecer um argumento plausível, pelo menos do ponto de vista teológico. Entretanto, não me parece ser este o modus operandi de Deus.

Por que Jesus não surgiu no mundo já em idade adulta? Por que Ele teve que ser gerado no ventre de uma mulher, e experimentado cada etapa do desenvolvimento humano? Se esse fosse o modus operandi de Deus, haveríamos de esperar que o mesmo se sucedesse com o advento de Jesus. Em vez de acreditar que Deus criou um Universo aparentemente velho, prefiro acreditar que Deus criou um Universo já com uma História pregressa, e um futuro glorioso. Não creio que Deus faria alguma coisa com a intenção de criar uma ilusão de ótica.

Portanto, concluímos que a Cruz é o início de tudo. Nada existia antes dela! Sem que o Cordeiro fosse morte antes da fundação do mundo[1], não haveria nada que cobrisse a nudez do primeiro casal. Nossa culpa foi expiada mesmo antes que houvéssemos pecado.

Como já vimos, o livro em forma de pergaminho visto por João é o universo. Retomando a analogia do computador, o universo é o hardware, enquanto que a Mente de Cristo é o software.  As estrelas equivalem aos neurônios da mente de Cristo. O universo é o corpo cósmico de Cristo. Ao encarnar, o Logos Divino assumiu nossa humanidade, e, ao ascender ao céu, assumiu o cosmos inteiro.

De acordo com a teoria da relatividade de Einstein, o tempo é a quarta dimensão de um espaço tridimensional que é encurvado pela gravidade. O espaço curvo de Einstein lembra o livro da existência em Apocalipse. É também neste mesmo livro que o universo é apresentado “como um livro que se enrola” (Ap.6:14). Mais de setecentos anos antes, Isaías já havia previsto que “os céus se enrolarão como um livro” (Is.34:4).

O que tudo isso tem a ver com viagem no tempo? Os físicos só admitem a possibilidade de viagens no tempo, ainda que hipoteticamente, por causa da teoria da relatividade de Einstein. Segundo esta teoria, o espaço é curvo e, assim, o nosso universo é dobrado várias vezes sobre si mesmo, e que pode ser conectado a vários outros universos paralelos através de “túneis de tempo” produzidos por buracos negros e buracos de minhoca (wormholes).[2] Tal teoria não apenas possibilitaria viagens no tempo, mas também viagens a longas distâncias no espaço. Assim, uma distância que deveria ser percorrida em milhões de anos na velocidade da luz, seria percorrida em segundos por esses atalhos cósmicos.

Imagine um rolo de papel. Se desenrolado, uma formiga precisaria de uma hora caminhando para alcançar de uma a outra extremidade. Porém, se o mantivermos enrolado e com um lápis fizermos um furo que o penetre até o outro lado, esta mesma formiga poderia alcançá-lo em segundos.

Não existe movimento espacial sem movimento temporal. Isto é, no espaço-tempo não é possível a um corpo se mover nas dimensões espaciais sem se deslocar no tempo. Mas mesmo quando não nos movemos espacialmente, estamos nos movendo na dimensão temporal (no tempo). Mesmo sentado em sua cadeira enquanto lê este artigo, você está se movendo no tempo, para o futuro. Este movimento é tão válido na geometria do espaço-tempo quanto os que estamos habituados a ver em nosso dia a dia. Portanto, no espaço-tempo estamos sempre em movimento, e a nossa ideia de estar parado significa apenas que encontramos uma forma de não nos deslocarmos nas direções espaciais, mas apenas no tempo.

A maneira como encadernamos nossos cadernos escolares também nos oferece uma boa analogia para compreendermos a teoria da relatividade. Apesar das folhas serem soltas e as páginas sequenciais, elas são presas por uma espécie de espiral. Este arame espiralado perpassa todas as folhas várias vezes através dos buracos que as pontilham de cima a baixo.

Seguindo a analogia, cada página da história poderia ser revisitada inúmeras vezes por alguém advindo de uma dimensão atemporal. Ninguém menos que o próprio Deus seria este “Alguém”. Que Ele dispõe de tal poder, ninguém ousa duvidar. A questão é se Ele já ofereceu carona a alguém. Tenho razões para crer que sim.

Como já disse em outro artigo, o profeta Elias poderia ter sido uma destas. De acordo com o relato bíblico, um redemoinho o teria arrebatado.  Repare nos detalhes:
“E sucedeu que, indo eles andando e falando, eis que um carro de fogo, com cavalos de fogo, os separou um do outro; e Elias subiu ao céu num redemoinho. O que vendo Eliseu, clamou: Meu pai, meu pai, carros de Israel, e seus cavaleiros! E nunca mais o viu; e, pegando as suas vestes, rasgou-as em duas partes. Também levantou a capa de Elias, que dele caíra; e, voltando-se, parou à margem do Jordão.” 2 Reis 2:11-13
Não foi o carro de fogo que o tomou, mas um redemoinho. O carro de fogo apenas o separou de Eliseu. O redemoinho poderia ter sido um buraco de minhoca em forma espiralada, uma dobra aberta no tempo. Outro detalhe interessante é que as vestes de Elias ficaram para trás. Isso nos remete a uma das cenas de viagem no tempo mais marcantes do cinema, em que Arnold Schwarzenegger aparece completamente nu, vindo do futuro. De onde os roteiristas de Hollywood teriam tirado a conclusão de que não seria possível transportar um corpo pelo tempo juntamente com sua roupa?

Outro episódio misterioso das Escrituras é o do homem que aparece inusitadamente nas páginas de Marcos completamente nu, usando um lençol para cobrir-se, enquanto Jesus é preso pelos soldados do sinédrio.
“E um certo jovem o seguia, envolto em um lençol sobre o corpo nu. E lançaram-lhe a mão. Mas ele, largando o lençol, fugiu nu.” Marcos 14:51-51 
Quem era? De onde viera? Por que surge e desaparece misteriosamente? Por que estaria nu numa hora daquelas? Seria um viajante do tempo? Possivelmente. Não vejo outra explicação para o fato de estar nu, senão que tenha tido viajado no tempo com a intenção de assistir, ou quem sabe, tentar impedir a prisão de Jesus.

P.S.: Recebi um comentário neste artigo que me achou a atenção, e que abriu ainda mais o leque da questão nele abordada. Ei-lo: "Em Gênesis 1:5 lemos: "...E foi a tarde e a manhã, o dia primeiro". A expressão é mencionada seis vezes no capítulo 1, sempre se referindo aos dias da criação. O interessante é que pela lógica do cronos, ou cronologia, a expressão deveria ser: "e foi a manhã e a tarde." Mas na lógica do kairós, ou da kairosfera, o início se dá à tarde, pois foi à tarde, mas precisamente às quinze horas que Jesus foi crucificado. E a expressão termina com "a manhã", pois foi pela manhã que Ele ressuscitou, o que, para o nosso tempo cronológico durou três dias. Mas na criação, Deus já antevia a morte e ressurreição de Jesus."

Outros artigos meus sobre o tema aqui e aqui.



[1]  1 Pe.1:19-20 - “...mas com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro sem defeito e sem mancha, o que, na verdade, foi conhecido ainda antes da fundação do mundo, mas manifesto nestes últimos tempos por amor de vós”Ap.13:8b - “...O cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo”.
[2] A Ponte de Einstein-Rosen é um conceito teórico que vislumbra a hipótese da existência de buracos negros ou buracos de minhoca.


21 comentários:

  1. Anderson Melo9:19 PM

    ESPETACULAR... Sem mais.

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  2. Anônimo3:07 PM

    Muito bom!!;

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  3. Show de bola e muito interessante. E por que não subversivo? Nunca havia lido nada igual. Que Deus continue lhe concedendo sabedoria e revelação. Um abraçao, Fabio

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  4. muito bom fikei muito feliz de conhecer um Deus tao sábio...

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  5. Já que o senhor mencionou que o ponto de partida da criação foi a cruz, eu vou colocar um pouco de pimenta nessa hipótese. Em Gênesis 1:5 lêmos: "...E foi a tarde e a manhã, o dia primeiro". A expressão é mencionada 6 vezes ao todo no cap 1, sempre referindo-se aos dias da criação. O interessante é que pela lógica do cronos, ou cronologia, a expressão deveria ser: e foi a manhã e a tarde. Mas na lógica do kairós, ou kairologia, o início se dá à tarde, pois foi à tarde, mais precisamente às 15 horas que Jesus foi crucificado. E a expressão termina com: "a manhã", pois foi pela manhã que Ele ressucitou, o que para o nosso tempo cronológico durou 3 dias. Mas na criação Deus já antevia a morte e ressureição de Jesus.

    brunorenan9@hotmail.com

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  6. Bruno, seu comentário foi muito enriquecedor. Não foi só uma pimenta, mas um tempero completo. Obrigado por compartilhar.

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  7. Este comentário foi removido pelo autor.

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  8. Podemos encontrar uma evidência (maravilhosa, diga-se de passagem) da viagem no tempo em Cantares 4:6 onde lêmos: "Enquanto não raia o dia e as sombras não fogem, irei à montanha da mirra e à colina do incenso. " NVI. O quarto capítulo de Cantares nos mostra como Cristo vê a sua Noiva (Igreja), descrevendo assim o seu corpo (semelhante a Paulo em I Co 12) um pouco antes do seu arrebatamento. Arrebatamento?! Na parábola das 10 virgens retratada em Mt25:6 Jesus fala que o arrebatamento ocorrerá à meia-noite, que é um tempo profético. Vejamos: Mas à meia-noite ouviu-se um clamor: Aí vem o esposo, saí-lhe ao encontro. "Enquanto não raia o dia e as sombras não fogem..." O arrebatamento será o amanhecer de um novo dia para a igreja, pois para ela nascerá o sol da justiça que é Cristo e as sombras da noite desaparecerão.
    Todos os versículos deste capítulo se referem a Noiva, com exceção do sexto versículo. O texto fala da beleza da Noiva, de sues dentes, seu cabelo, seios...mas de repente entra o enigmático versículo 6, para em seguida voltar a descrever a Noiva sem mais nem menos. É como se nos instantes que antecedem o arrebatamento, Cristo vê a sua igreja e pensa irei resgatá-la!
    Mas para que a igreja fosse resgatada era necessário, antes, ir à montanha da mirra e à colina do incenso. A mirra era usada para fabricação de perfumes, é uma planta que quanto mais é esmagada, mais exala aroma agradável..."...moído por causa das nossas iniqüidades...Todavia, ao Senhor agradou moê-lo..." Isaías 53
    O incenso era usado no culto de adoração a Deus. Em outras palavras era preciso ir ao calvário para que pudesse arrebatar sua Noiva. Depois de voltar ao tempo da crucificação o texto volta novamente para os últimos instantes da igreja aqui e continua sua descrição concluindo com o versículo 16: "Acorde, vento norte! Venha, vento sul! Soprem em meu jardim, para que a sua fragrância se espalhe ao seu redor. Que o meu amado entre em seu jardim e saboreie os seus deliciosos frutos." A igreja estará suspirando, desejando a volta do amado quando de repente (num abrir e fechar de olhos) o Noivo responde, já na Kairosfera: "Já entrei no meu jardim, minha irmã, minha esposa; colhi a minha mirra com a minha especiaria, comi o meu favo com o meu mel, bebi o meu vinho com o meu leite; comei, amigos, bebei abundantemente, ó amados."
    Cânticos 5:1
    Já entrou no jardim, pois o arrebatamento é instantâneo. Colheu a mirra, colheu os frutos do seu penoso trabalho...Comei, amigos, bebei abundantemente, ó amados, pois são as bodas do cordeiro!

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  9. É somente, pela lógica do Kairós que conseguimos entender o cântico de Ana quando em I Samuel 2:6 diz: "O Senhor é o que tira a vida e a dá; faz descer à sepultura e faz tornar a subir dela." Não seria mais correto que Ana falasse:o Senhor dá a vida e depois a tira, pois esta é a ordem cronológica, o homem primeiramente nasce e depois morre. Mas aqui Ana está profetizando, ou seja, falando da parte de Deus. Portanto a lógica que deve ser adotada não é a cronológica, e sim a kairológica. Partindo do ponto de vista do Kairós, onde a cruz é o início de tudo, primeiro o Senhor tira a vida, que é a do seu Filho Jesus, para depois dar aos homens. É por isso que em seguida ela continua: faz descer à sepultura e faz tornar a subir dela. Jesus morreu, mas ressuscitou!
    Veja que interessante, Cristo ressuscitou ao terceiro dia, vemos que em Gênesis cap. 1 a vida surge apenas no terceiro dia, antes mesmo da criação dos luminares. Resumindo, a bíblia de Gênesis à Apocalipse só fala de Cristo, Ele é tudo, é o centro. "Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de mim testificam." Jo 5:39
    Gostaria muito de ouvir sua opinião sobre isto. Fique com Deus. A Paz do Senhor!

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  10. Anônimo2:10 PM

    Prof. Hermes o que o senhor poderia nos dizer a respeito "da viagem astral"? Na Bíblia tem alguma passagem que cita isso?

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  11. Anônimo3:43 PM

    Pode-se voltar no tempo ou avançar no mesmo através da consciência...

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  12. Nas Bíblias antigas (antes de 1955) é dito "o oeste, ao sol nascente" (Nm 2:3, 34:15 e Js 19:12). O sol, nos dias de Jó (1931 a.C.) e do Êxodo (1443 a.C.) nascia no oeste, antes da colisão da Terra com Vênus, segundo Immanuel Velikovskki em seu livro "Mundos em Colisão". Einstein era leitor assíduo e estudioso deste livro, numa época que isto foi considerado heresia pelos cientistas e que por isso, boicotaram Velikovski em 1950.
    No meu livro FIM DOS TEMPOS:O ENCOBERTO DESCOBERTO (que também pode ser acessado livremente no site Recanto das Letras), eu abordo esta expressão singular "tarde e manhã" de Gênesis, e a justifico pela inversão dos polos da Terra, que fazia com que o sol nascesse no norte, depois oeste, e finalmente no leste. O Pentateuco foi escrito numa época de dias nebulosos (tipo boreal) e de densas trevas a noite (se é que a havia); ´tempo das "sombras da morte".
    Até onde eu sei, desconheço que outra pessoa tenha abordado "tarde e manhã" antes de 2011, quando foi editado o meu livro.
    Parabéns por este teu artigo... muito bom. Paz.! Forte abraço.

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  13. Anônimo11:33 PM

    Sinceramente acredito que a Cruz é o principio de tudo ou seja, Cristo. Pra mim, a viagem no tempo do ponto de vista Bíblico é totalmente possível, assim também como Melquisedeque, Elias e joão Batista, o homem que aparece nu em Marcos e o discípulo que segui João e Jesus de longe, são as mesma pessoa. Acredito também que Eliseu, ao pedir porção dobrada do espirito de Elias, cujo seu ultimo milagre ressuscitara um homem que lhe tocara os ossos e o mesmo exclamara meu pai, meu pai quando este apanhara a capa de Elias e com a qual fizera o maior numero de milagres entre os profetas, ser o mesmo Jesus que uma mulher com fluxo de sangue tocara´lhe a capa e dele saiu poder e que no seu ultimo suspiro exclamou, Eli, Eli, por que me abandonaste e Jesus o Cristo serem a mesma pessoa.

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  14. Anônimo10:28 PM

    PALAVRAS SEM SENTIDO. TUDO QUE VOCÊ DISSE É FRUTO DE SUA MENTE FÉRTIL. É COMO OLHAR PARAS AS NÚVENS E VER UMA ONÇA, UMA ELEFANTE, O ROSTO DE DEUS, UM AVIÃO, UM JOGADOR CHUTANDO A BOLA, ETC, ETC, ETC. TUDO NÃO PASSA DE BOBAGENS. NUNCA ENTENDEREMOS NADA QUE OCORRE A NOSSA VOLTA. SÓ DEUS PARA NOS EXPLICAR. MAS ACHO QUE ELE NÃO PODE, PORQUE ELE SÓ É MAIS UMA PEÇA DE UM GRANDE QUEBRA CABEÇA.

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  15. Pastor Hermes , esse assunto a respeito de viagem no tempo atrai muito a minha atenção ; talvez por que tenha passado por algumas experiências que me deixaram intrigadas . Se o senhor permitir , gostaria de compartilhar:
    O que vou narrar aconteceu comigo no ano de 1.998. Há tantos mistérios e cousas ocultas e de vez em quando há alguns "vislumbres" que nos deixam a pensar à respeito.
    Naquela época ainda era um terreno vazio e todo murado. De vez em quando o seu dono fazia a limpeza necessária para a sua conservação. Foi então que nesse ano de 1.998 tive o seguinte sonho que me pareceu muito real:
    Sonhei que estava dentro desse terreno e via vários boxes de concreto com uma certa metragem de largura, altura e comprimento, um ao lado do outro contornando quase todo o terreno, aproveitando os muros como fundos. Eram vários boxes. Haviam portões em cada um.
    Me dirigi até eles e olhando alguns por cima dos portões, observei que seu interior, pareciam com cômodos de uma casa no formato retangular em seu comprimento.
    Passados uns seis anos desse sonho, foram colocados nos muros daquele terreno, placas de "Aluga-se". Confesso que ficamos um tanto surprêsos pois esperávamos a sua venda para construção de residências. Em menos de um ano aquele terreno foi alugado. Logo iniciou-se a limpeza total com a retirada do mato e a reforma dos muros. Podia observar isso, pois esse terreno se localiza na passagem para minha ida às compras.
    Passado algumas semanas, iniciou-se a construção interna. Via-se muitos tijolos e areia. Dias depois quando passava enfrente, como o portão de entrada estava aberto, avistei algo que imediatamente me chamou a atenção: Vi dois boxes de concreto construídos um do lado do outro. Passou-se mais um tempo e vi mais dois, depois mais, até circundar quase todo o terreno. Eram uns 20 boxes aproximadamente.
    Até que um dia, quando me aproximei do portão e olhei para dentro, não acreditava no que via: aqueles boxes estavam todos posicionados iguaizinhos ao do sonho que havia tido há vários anos.
    Foi feito o acabamento e tudo o que era necessário para terminar o objetivo daquela construção, o qual me deixou bastante surprêsa. Aqueles boxes de concreto depois de prontos, eram na verdade cavalariças, onde até hoje alojam dezenas de cavalos de raças para serem tratados e treinados.
    Naquele sonho de 1.998, eu me encontrava naquele local em tempo real , vendo e apalpando aquela construção que haveria de ser feita 6 a 7 anos depois. Como é possível isso?

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  16. As vezes passamos por certas experiências em nossa vidas que no final sempre fica um ponto de interrogação. Foi o que aconteceu comigo em 1998. Não acredito que tenha sido um sonho, pois a experiência foi muito real e até certo ponto me deixou impressionada. Aconteceu logo depois que me deitei para dormir. Vou procurar ser fiel aos detalhes.
    Me encontrava pessoalmente naquele lugar. Pude sentir a sua vibração o qual me transmitiu uma certa escassez de amor e sensibilidade. Lembro-me que cheguei a pensar: "Tudo bem que a tecnologia aqui é muito adiantada, mas aqui não existe amor." Sentia em mim um sentimento humano de amor em contraste com aquele lugar.
    As ruas estavam desertas e o céu acinzentado. Comecei a caminhar pelas ruas e vi construções bastante diferente do qual estamos acostumados a ver. Eram de um formato quadrado, onde algumas pegavam a rua toda. Não vi nenhum dos seus moradores, pelo menos no trecho aonde me encontrava.
    Continuei a caminhar e dentro de mim "sabia" que não se encontrava no "meu tempo". Era uma sensação muito esquisita, como se estivesse muitos e muitos anos além do nosso tempo.
    Foi quando avistei lá na frente uma espécie de loja. Digo loja pois foi a palavra que achei mais próximo do que vi, embora não fosse iguais as nossas daqui, pois veio "compreensão" dos produtos de lá serem de altíssima tecnologia .
    Fui me aproximando daquela loja. Pude observar algumas "pessoas" como que separando algumas mercadorias. Pareciam que iam ser entregues. Não vi ninguém fazendo compras, somente aquelas pessoas. Aqueles "funcionários" estavam todos uniformizados e havia algo como mecânico em seus comportamentos. Me aproximei mais um pouco e um calafrio percorreu todo o meu ser: eram seres andróides ! Tive essa compreensão quase que imediato! Interessante é que tinham aparências humanas e que se fossem confrontados com os seres humanos, ficaria difícil distinguir quem era quem.
    Não havia sentimentos humanos nesses seres, embora houvesse muita inteligência. Tudo parecia lógico, racional, técnico... Me faltam palavras para qualificá-los. E a vibração daquele lugar! Tão técnico, Meu Deus! Desculpem, é difícil traduzir em palavras o que eu senti, mas era muito desagradável!
    Lembro-me que quando voltei já era dia, pois estava claro e o sol batendo na janela do meu quarto. Senti uma presença em pé do meu lado esquerdo .
    Seja lá o que for, onde estive, que tempo foi, o que eu vi, só sei que me deixou bastante deprimida e evito pensar muito nisso .

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  17. Anônimo9:43 PM

    O Hermes disse viagem astral, deve ser porque ele deu umas bolinhas um tapa na erva chamada maria juana e está viajando entenderam?
    Essa erva leva a viajar no astral do que não existe.

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  18. Muito bom! Uma aliança provável entre a fé a ciência! Parabéns pela atualidade do artigo e por nos tirar um pouco do concreto para pensar um pouco mais no propósito do "Brilhe vossa Luz" !

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  19. Ótimo texto.
    A redenção veio antes da criação. É como se Deus antes de dizer "Haja luz" dissesse "Haja cruz". Nossa capacidade de entender o espaço-tempo é muito limitada, por isso dividimos em passado, presente e futuro, mas pra Deus não exite essa divisão, tudo é uma coisa só! Por isso a bíblia diz que para Deus um dia é como mil anos.

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  20. Não sei se acredito na viagem no tempo. Mas também não desacredito. Não tenho conhecimento suficiente para negar ou afirmar. Há um livro chamado "Operação Cavalo de Tróia" que o autor afirma que a máquina do tempo existe e que ele foi ao passado.
    Verdade? Não sei...

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