domingo, novembro 06, 2011

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JOVENS: Resgatando o orgulho de ser brasileiro




Texto de Emílio Franco Jr. publicado originalmente no iG
Os jovens brasileiros estão mais esperançosos com o futuro do país. Quem chega a essa conclusão é a empresa de mapeamento de tendências Box1824, que entrevistou 3000 garotos e garotas entre 18 e 24 anos, de todas as classes sociais, para descobrir o que eles pensam sobre o país e sobre a sua geração. O estudo, que faz parte do projeto intitulado “O Sonho Brasileiro” e demorou um ano e meio para ser concluído, constatou que 89% dos jovens têm orgulho de ser brasileiro, sendo que 76% acreditam que o país está mudando para melhor. Os dados são positivos e revelam bastante otimismo entre as 25 milhões de pessoas que fazem parte desta faixa etária atualmente.
O levantamento mostra que esses números são resultados de diversos fatores. No campo social, isso se deve a esse grupo ter crescido no período pós-ditadura, imerso em novas tecnologias e com a inflação controlada. Diante da situação econômica mais promissora, o jovem encontra um país cada vez mais importante no cenário internacional, pronto para superar crises, além de ser escolhido para sediar grandes eventos esportivos.
A cara da nova geração
Mas, se o país vai bem, qual é a cara da juventude, associada normalmente a movimentos de ruptura? No passado, ela enfrentava realidades distintas. Nos anos 1960, o jovem tinha sonhos grandiosos e utópicos. A geração seguinte possuía sonhos possíveis, porém individualizados. A atual tem desejos alcançáveis e quase sempre focados no coletivo. Desses jovens, por exemplo, 77% acreditam que o seu próprio bem-estar depende da satisfação da sociedade em que vive. “É dever do cidadão pensar no coletivo”, afirma o estudanteFelipe Gonçalves Guimarães, de 18 anos.
A pesquisa, antes mesmo de constatar o otimismo com o país, provocou os jovens a refletirem sobre os anseios pessoais. Assim como Felipe, cujo maior sonho é ser bem-sucedido nos cursos de Cinema e Publicidade e Propaganda, a maioria, 55%, cita como primeira opção o desejo de se formar e conseguir emprego. Outros 24% logo escolhem alcançar o trabalho dos sonhos. Mais uma constatação dos pesquisadores é a de que essas pessoas querem fazer aquilo que gostam e não pensam apenas no dinheiro. Roberto Moreira Lage Júnior, de 20 anos, estuda direito, mas coloca a vontade de se sentir realizado profissionalmente na frente da estabilidade financeira. “Fazer o que dá dinheiro, mas não dá prazer, pode vir a se tornar insuportável”, acredita.
Esse pensamento é compartilhado por Gabriel Vasques, 18 anos, que afirma categoricamente: “Meu maior sonho é conseguir viver de música”. Para ele, a realização pessoal é o mais importante. “Estou colocando como prioridade aquilo que gosto, não faço questão de um salário absurdo para me sentir realizado”, acrescenta. O que a pesquisa mostra é que essa geração não nega questões como dinheiro e estabilidade, mas a diferença é que não se contenta só com isso e quer unir a realização pessoal com a profissão dos sonhos. “Fazer o que gosta, mas não ter condições de sobreviver, também não é possível”, pondera Roberto. A percepção é de que os profissionais mais admirados são os que conseguem aliar trabalho e felicidade.
Sonhos para o Brasil
Quando o tema em pauta é o país, e não o indivíduo, 18% sonham com menos violência, seguido pelos 13%que citam a necessidade de menos corrupção. Gabriel se encaixa nesse quadro e acredita que o desvio de verba pública acontece em quantidade absurda e deseja a diminuição dessa realidade. Para mudar o que está errado, o estudo aponta o próprio jovem como catalisador do progresso, isso porque historicamente essa faixa de idade busca ampliar suas liberdades de escolha e expressão ao revolucionar costumes.
Dentro do grupo pesquisado, 56% acreditam que a transformação será alcançada agindo com honestidade no dia a dia, e outros 30% por meio das oportunidades que o Brasil oferece. Todo o otimismo em relação à nação surge com os 87% que acham o país importante no mundo atual. O curioso é que o jovem acredita no Brasil, mas não atribui o progresso a nenhum partido político. A pesquisa mostrou que eles, além de apontarem os problemas, já enxergam as maneiras pelas quais podem atuar pela mudança, que parte do desejo individual para alcançar o coletivo.
As recentes manifestações anticorrupção que pipocaram pelo Brasil refletem essa realidade. As mobilizações surgiram a partir de ambientes digitais, como o Facebook, pela livre iniciativa de indivíduos cansados da impunidade. No ambiente da internet, acharam outras pessoas com o mesmo pensamento e assim o movimento ganhou forma e tomou as ruas. Em nenhuma dessas marchas houve a participação de partidos políticos. Isso não significa uma geração despolitizada, já que 71% dos jovens acreditam que usar a internet para mobilizar as pessoas é uma forma de fazer política.
O diferencial para qualquer outro tempo é a maneira pela qual essas manifestações começaram, o que reflete o novo jeito de se relacionar. Por isso, são considerados a primeira geração global de brasileiros. Eles não veem barreiras na comunicação e enxergam a tecnologia como espaço para trocas sem limites físicos ou sociais, assim seus anseios pessoais são expostos em rede e outras pessoas se identificam e começam a se mobilizar. Essa característica é definida pelo projeto Sonho Brasileiro como hiperconexão. “A internet é, hoje em dia, o meio de comunicação que mais influencia os jovens, o papel dela é primordial”, salienta Gabriel.
Os jovens-ponte
De acordo com a pesquisa, os jovens-ponte são os formadores de opinião e equivalem a 8% das pessoas entre 18 e 24 anos. São dois milhões de brasileiros nessa condição. E o principal diferencial é que eles convivem com grupos bastante distintos e levam o que aprendem de um para o outro, redistribuindo os pensamentos e conectando pessoas que não se falariam espontaneamente. O projeto as define como catalisadores de ideias.
Outra característica é que essas pessoas não aceitam discursos preconceituosos, porque acreditam que essa ponte deve ser feita entre diferentes realidades. Como esse jovem transita por muito mais grupos do que a média, age por múltiplas causas, está aberto a trocas e não defende bandeiras unidimensionais. Felipe, que se relaciona com mais de seis grupos, acredita que se encaixa nesse perfil. “Quando converso sobre política, por exemplo, sempre tento mostrar os dois lados.”
Segundo o estudo, a geração atual é menos individualista e está cansada de hierarquia. Não à toa, 74% afirmam se sentir na obrigação de fazer algo pelo coletivo no seu dia a dia e a profissão dos sonhos mais citada foi “ser dono do próprio negócio”. Seus anseios estão mais alcançáveis por acreditarem em pequenas revoluções no dia a dia. Todo esse processo é exemplificado pela simples frase de Gabriel: “A juventude e a mudança estão ligadas.”


Fonte: Pavablog

2 comentários:

  1. Luiz.3:18 PM

    Hermes, eu também tenho nojo e desprezo de ser brasileiro
    Só ver o valor que nós temos um salário mínimo que o Verdadeiro trabalhador ganha neste páis de bosta e cagões medrosos que tem medo de fazer uma revolução só ficam latindo, fazendo fumacinha que não dá em nada e não fazem nada!
    Vai aumentar de R$545,00 para R$610,00 reias.
    É um belo salário para quem ganha isto que é 80% dos brasileiros para sustentar suas famílias não é mesmo?
    A saúde faltando médicos porque eles não querem mais trabalhar com salário de miséria que ganham.
    Tem médicos que estão guanhando em serviço publico R$1.500 reais.
    Não vou ficar perdendo meu tempo em falar das crueldades que fazem com o povo.
    Fiquem sabendo que,vão aumentar os números de vereadores nos municipios em todo o brasil.
    Vão voltar com a CPMF, e os produtos importados a maioria serão da China que uma porcaria descartável.
    E o pior querem implantar o sistema de escravidão no trabalho igual a China, que trabalham até 16 horas por dia, e trabalhador lá guanham menos que o nosso miséro salário mínimo.
    Quem sabe aqui também será meio salário mínimo é isto que eles querem: O povo que se dane!
    Querem derrubar a Presidente Dilma de qualquer jeito porque ela quer ajudar o pobre o povo se vcs não sabem! E o congresso não quer gastar dinheiro com o povo!
    Aí vem uns idiotas e dizem que vai melhorar?
    Não me faça rir!
    Conheço a podridão do congresso Nacional e não vai mudar nada! Lá é uma corrupção indestrutivo pelos homens, quem se aventurar a entregar esquemas morre mesmo! Cadê o Ullisses Guimarães hem? Sumiu!
    E tem mais quem vai pagar as contruções dos estádios e as melhorias para a bosta do mundo, ou quer dizer a copa do mundo no brasil são vcs que dizem que o país de merda vai melhorar.
    Os impostos vão despecancar em cima de nós seus cegos!
    Somos nós que vamos se estrepar, pagar toda a conta.
    Revolução já neste país de sacanas!
    Só assim vai funcionar sem dúvidas nenhuma!
    Não sou revoluncionário não! Sou um cidadão que já estou de saco cheio destes pilantras do congresso sacanial!
    Acorda Ô!

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  2. Cara, simplesmente inspirador! Nossa, se cada um fizer o seu pouquinho, assim como no pouquinho de comida da santa multiplicação dos pães, a coisa se transforma certamente... Muito massa o vídeo e o texto!

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