O vídeo acima é uma produção cinematográfica que almeja o esclarecimento do público referente a implantação da usina hidrelétrica de Belo Monte no rio Xingu. É portanto um documentário cujo o objetivo é questionar o modelo de desenvolvimento proposto para a Amazônia, que revela também as tendências mundiais de desenvolvimento. O vídeo incentiva a reflexão daqueles que se interessam, de alguma forma, pelos desígnios do nosso planeta: da vida, das culturas, das minorias e de todos.
O filme expõe um problema ao público mas não propõe alternativas para solucioná-lo. Isso é tarefa de quem o assiste.
Os MEGAWATTS de lá são os MEGAWATTS daqui.
Enquanto vitrines da Tiffany ficam acesas madrugada a dentro nos shoppings de São Paulo, a floresta sucumbe.
Afinal, todos precisam de energia, não é verdade? Quem está agora no seu laptop Macintosh provavelmente chinês lendo este texto? Quem não precisa de estrada?! Pois então, o memorável general Médici olhou para o vasto mato virgem do Pará, lá do alto de seu avião definiu que seriam feitas duas estradas: a Belém-Cuiabá e a Transamazônica. Assim disse ele (pressupõem-se): “Temos que integrar para não entregar” com o dedinho em riste, certamente. Médici sabia dos 97 metros da queda d’água da Volta Grande do Xingu. Ele sabia que no futuro um presidente ou “presidenta” realizaria a obra que seria grandiosa, maior que sua Tucuruí! A Usina Hidrelétrica de Belo Monte, antigo projeto Kararaô.
A informação nos é escondida!
Como podemos saber o que se passa naquele fim de mundo (ou início) composto pelas matas da Amazônia e Pará? Se a informação não nos for trazida pronta até nossa sala de TV ou mesa de jornal, então ela simplesmente não pode ser conhecida. Também os livros de escola nada dizem sobre o verdadeiro sentido da Cabanagem. Quem estudou a respeito de como os Kaypos lutaram com os Mundurukus aliados da república? Nenhum jornal, canal de televisão, estação de rádio e nem os sites da internet mostram o que de fato está ocorrendo no Norte do país; pelo poder se omite.
Talvez, se a Floresta Amazônica queimar inteira em dez anos, o pessoal de São Paulo e Rio de Janeiro não vai nem ficar sabendo.
O problema é que quase todos pensam que não se pode salvar a Amazônia pois não há mais o que fazer. E os poucos que acreditam ser possível, acabam por tentarem fazê-lo sozinhos.
Nos unimos a todos.
Adaptação do texto de André Vilela D'Elias em seu canal no Vimeo.
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