sexta-feira, janeiro 07, 2011

3

PERDÃO é uma perda muito grande, sacou?



Por Pablo Massolar

"Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós." Mateus 6:14

“Perdão”. Palavrinha difícil esta... É incrível como muitas pessoas, não poucas, tem uma dificuldade gigantesca em lidar com este assunto. Não raro, vejo muita gente sendo devorada e corroída por dentro através das feridas inflamadas e purulentas que estão guardadas nas lembranças. Às vezes estas memórias estão escondias atrás de grandes muralhas de rejeição, impaciência, depressão, melancolia, autocomiseração, irritabilidade e algumas vezes transmitem uma falsa sensação de força, mas sempre acabam se revelando na brutalidade com que a dor retorna de vez em quando e a gente tenta esquecê-la sem sucesso.
Cresci ouvindo a sabedoria popular e ela dizia: “quem bate esquece, mas quem apanha não.” Esta é uma verdade que acompanha invariavelmente qualquer ser que tenha consciência de si memo.
A ofensa, o tapa, a humilhação, a traição, o roubo, o abuso, o abandono, a injustiça... Seja qual for o nome que você dê à sua ferida de estimação, por mais que se coloque sobre ela o peso do tempo ou da dureza de levar a vida amargamente, dificilmente ela vai cicatrizar, no máximo vai criar uma leve casca, mas ao menor toque vem à tona a dor novamente carregando consigo todo o potencial doloroso da lembrança de quando a ferida foi aberta.
Alguns vão vivendo como podem, ou melhor, vão morrendo aos poucos como podem. São leprosos de alma, vão levando a vida tomando sobre si armaduras e carapaças como pesadas vestiduras, erguendo seus castelos e fortalezas contra o menor sinal de um novo dano ou machucado. Nem dá para saber se é autodefesa ou autopunição. Muitos vão chorando pelos cantos, sozinhos na escuridão da noite, enxugando suas lágrimas internas e externas como dá, tentando não deixar ninguém perceber a sequidão que é viver assim. É preciso manter as aparências, dizem eles. Outros provocam o mundo com as mesmas dores com que foram afligidos, é quando o traído, por exemplo, tem uma neurótica e compulsiva vontade de trair também para mostrar, inconscientemente ou não, ao mundo que isto dói e muito. Ou quando o humilhado ameniza sua dor humilhando e pisando em qualquer outra criatura que venha ao seu encontro.
A mágoa e o rancor sempre procuram um culpado, disso não se escapa. O problema é que, às vezes, na falta de se encontrar um “bode expiatório”, muitos culpam a si próprios. Com ou sem razão muitos outros, pela falta de coragem para assumir seus erros, vão espalhando suas culpas obsessivas por seus familiares, amigos e inimigos próximos. Nem o próprio Deus, o Criador, escapa do alvo daqueles que querem achar, de qualquer jeito, um culpado para sua tristeza e dor. Estes vão sorteando nomes e culpados para suas feridas como quem distribui as cartas de um baralho numa mesa dePoker.
Faz tempo que muitos desistiram de viver, alguns literalmente, carcomidos por suas dores internas. Já dizia o sábio Shakespeare:“Guardar uma mágoa é como tomar um copo de veneno e torcer para que o seu agressor morra.” Parece irracional, mas o que o famoso escritor inglês descreveu nesta frase é a lógica inversa da cura para toda essa dor que tanta gente carrega e alimenta durante anos a fio. É provado cientificamente que o rancor arquivado pode ser somatizado pelo corpo através de doenças como câncer, gastrite, enxaqueca, cólicas agudas, doenças da pele, distúrbios hormonais, depressão e outras neuropatias sérias.
Etimologicamente perdão é o ato de não imputar a um transgressor a necessidade de pagar pelo erro cometido, ou seja, perdoar é o mesmo que liberar um condenado ou um réu de cumprir uma sentença, é como dizer a um presidiário amarrado na cadeira elétrica: “amigo, levanta daí, não vamos mais ligar a corrente elétrica em você. Você será liberado agora!” Aí está o grande problema encontrado na palavrinha “perdão”: quem perdoa perde muito. O perdão fere nosso senso comum de justiça, principalmente quando os ofendidos somos nós. Quem perdoa, na verdade, assume para si próprio o valor e a dor da punição. Perdoar é como ser ofendido duas vezes, a primeira pelo desafeto recebido, a segunda por abrir mão do justo direito de revidar ou se vingar.
Mas, acredite em mim! Por experiência própria e por ver muitos outros amigos vencendo seus dramas interiores e encontrando denovo o caminho da cura integral. Posso afirmar com a autoridade de quem já experimentou e tem aprendido a experimentar a dádiva de perdoar: existe muito mais benefício em não “cobrar a ofensa” do que alimentá-la dentro de você. Tenho consciência de que não é uma atitude fácil de se tomar, é verdade. Algumas vezes a sensação de náusea, confusão mental e de dor é muito mais forte do que qualquer argumento lógico e racional a favor de liberar ou não o seu perdão.
Não digo isso porque me considero bonzinho, realmente não sou! Tenho meus defeitos como qualquer outra pessoa. O que tenho aprendido até aqui é que, na maioria das vezes, esta capacidade para tomar tal atitude simplesmente não vem de nós. A única força capaz de superar a mágoa e remover toda raiz de amargura é o amor. Ele, o amor, vence todas as coisas, vence até a morte. Não é por acaso que João, o apóstolo, escreve em sua epístola afirmando categoricamente que Deus é amor. Sim, a essência de Deus é o amor.
A única fonte verdadeiramente confiável de amor é Deus, muitos são os textos revelados por toda a Bíblia que expressam este envolvente e imensurável amor de Deus pela sua criação e de forma especial pelo ser humano. Este amor sobrenatural nos ensina a viver e caminhar em direção à cura de nossas feridas emocionais e existenciais.
De forma contundente, o apóstolo Paulo afirma em sua carta aos Romanos, capítulo cinco, verso oito, dizendo: "Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores." Não houve merecimento nosso, não foi o esforço humano que provocou uma reação de perdão de Deus para nós. Foi simplesmente por amor e espontaneamente. A teologia moderna chama isto de solidariedade de Deus em relação ao ser humano, mas a Palavra Revelada chama a isto de Graça. Sem preço, sem barganha, Ele, Deus, fez isto antes que qualquer um de nós pedíssemos ou merecêssemos.
A boa notícia é que em Jesus, Deus ofereceu perdão gratuito a toda humanidade, isto inclui a você e eu. É este mesmo amor que nos convida, igualmente, a perdoar quem nos tem ofendido. O perdão que liberamos hoje retorna como bálsamo, alívio e cura para nossas dores.
Em Jesus, o perdão não é condicional, é mandamento incondicional pois somos perdoados com a mesma medida em que perdoamos. Quando perdoamos nos enchemos mais um pouco de Deus, é como se Deus reconhecesse em nós algo em comum e viesse nos dar um “olá!”.
Então... Quer ser curado? Perdoe! Quer ser liberto? Perdoe! Quer ser realmente feliz? Perdoe!
Talvez você até encontre alguma dificuldade para dar este primeiro passo, mas tenha certeza que o Doce e Santo Espírito de Deus é quem nos auxilia em nossas fraquezas. Ninguém melhor que o Criador para sondar sua mente e espírito nesta hora e saber exatamente do que você precisa. Ele já lhe deu neste dia um coração batendo, isto já é o suficiente para você, como eu, reconhecer que sem Ele nada somos. Acredite! Mesmo no conturbado e obscuro mundo em que vivemos, mesmo diante da morte, da dor, de poderes sobrenaturais da maldade, com a perturbação do passado, do amedrontado presente ou da incerteza do futuro, nada é capaz de nos separar deste gigantesco amor de Deus por nós. Precisamos dele, esta é a mais pura realidade. A única coisa a fazer então é dizer: Deus, me ajude! O resto já é com ele.
O Deus que ensina a perdoar te abençoe rica, poderosa e sobrenaturalmente!

Pablo Massolar - Via Ovelha Magra

3 comentários:

  1. Missionário Barbosa7:23 AM

    Bispo Hermes, Bom dia, graça e paz seja com todos os servos fiéis de DEUS!
    Perdoar a quem nos fez o mal não fácil! Só através do Espírito Santo que nos convence do pecado e do juízo, que liberamos o perdão! No livro de MATEUS 6.15 diz: Se, porém não perdoasdes aos homens as sua ofensas, também vosso Pai vos não perdoará as vossas ofensas.
    "SE PORÉM PERDOARDES AOS HOMENS".
    Esta declaração de Jesus Cristo de Nazaré salienta o fato de que o cristão deve estar pronto e disposto a perdoar as ofensas sofridas da parte dos outros. Caso ele não perdoe seu ofensor arrependido, DEUS não o perdoará e suas orações não terão respostas. Aqui está um princípio essencial para obtermos o perdão de DEUS; ler Mateus 18.35; Marcos 11.26; Lucas 11.4.
    EM MATEUS 18.35 diz: Assim vos fará também meu Pai celestial, se do coraçao não perdoardes, cada um a seu irmão,as suas ofensas.
    Jesus Cristo nesta parábola ensina que o perdão divino, embora seja concedido graciosamente ao pecador arrepemdido, é, também, ao mesmo tempo condicional, de conformidade com a disposição do indivíduo, de perdoar ao seu próximo. Por isso, uma pessoa pode ficar sem perdão divino por ter um coração cheio de amargura, que não perdoa ao seu próximo; ler Mateus 6.14,15; Hebreus 12.15; Tiago 3.14; Efésios 4.31,32.
    Esses textos mostram que amargura, ressentimento e animosidade contra o próximo são totalmente incompatíveis com a Verdadeira Vida cristã, e que devem ser banidos da vida do cristão.
    Concluindo: No livro de Hebreus 12.15b diz: Tendo cuidado de que ninguém se prive da graça de Deus, e de que nenhuma raiz de amargura, brotanto, vos pertube, e por ela muitos se contaminem.
    "RAIZ DE AMARGURA".
    "Raiz de Armagura" refere-se a um espírito e atitude caracterizados por animosidade e ressentimento intensos, Aqui, talvez se refira a ressentimento do cristão contra a disciplina de DEUS, ao invés de submissão humilde à sua vontade par nossa vida. A amargura pode ter como objetivo pessoas da igreja, e outros. Isso prejudica a pessoa que está assim amargurada, e, deixando-a sem condições de entrar na presença de DEUS em oração. A amargura entre um grupo de cristãos pode alastrar-se e corromper a muitos, destruindo a " Santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor"; ler Hebreus 12.14.
    " AMARGA INVEJA".
    EM TIAGO 3.14 diz: Mas, se tendes amarga inveja e sentimento faccioso em vosso coração, não vos glorieis, nem mintais contra a verdade.
    " Amargura Inveja" é o vício que impele a pessoa a cuidar somente dos seus próprios interesses. "A Inveja ou Ambição Egoísta na Igreja" é:
    1- "TERRENA", e, polui aquilo que é santo e que é do Espírito Santo.
    2- "ANIMAL", e , não-espiritual; carnal; sem o Espírito Santo.
    3- "DIABÓLICA", e, inspirada por Demônios ; ler I Timóteo 4.1.

    ResponderExcluir
  2. Meu irmão.Gostaria muito que você nos ajudasse publicando aqui a petição publica com o respectivo abaixo assinado contra a distribuição do que estão chamando de kit gay. Só um post e por algumas horas é o que pedimos. Segue o link da petição, o texto pode ficar a seu critério ou se preferir pode copiar o meu.Não precisa mencionar crédito.Não estou preocupado em auto-promoção. A idéia é que seus leitores tenham a oportunidade de se manifestar. te agradeço desde já no grande amor de Cristo. Vamos lutar pela família brasileira. Paz!
    http://www.peticaopublica.com.br/PeticaoVer.aspx?pi=PROL

    ResponderExcluir
  3. Olá Hermes! Fiquei imensamente feliz com sua visita ao meu blog. Queria dizer, também, que este texto veio em uma boa hora! Perdoar não é fácil, mas altamente necessário...

    Fique com Deus!
    http://huandra.blogspot.com/

    ResponderExcluir