sábado, março 06, 2010

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Pela valorização da Mulher

Podemos utilizar como critério para medir o grau de civilização de um povo a forma com que trata suas mulheres. Podemos de a mesma forma ver o grau de espiritualidade de uma religião observando a forma com que ela estimula seus seguidores a tratar o próximo, especialmente as mulheres. De um lado, vemos que algumas religiões não tratam as mulheres com tanta dignidade. No antigo Egito, permitia-se às mulheres apenas os trabalhos rústicos do campo. Elas não podiam cantar nem usar qualquer tipo de calçado.

Confúcio nunca defendeu a mulher; em sua doutrina, nunca falou sobre males como: prostituição, danças obscenas a que as mulheres eram submetidas, ignorância e escravidão. No confucionismo, a mulher sempre terá que obedecer a um homem: pai, marido, filho mais velho, etc. Se o marido achasse que esposa falava demais poderia requerer o divórcio. Buda dizia que a mulher não tinha alma. Só seria feliz se reencarnasse em um garoto. No Bramanismo, interrompe-se a leitura do código sagrado se passar uma mulher na frente do templo, a presença feminina anula e estraga todo o ritual.

No hinduísmo, todo o ensino de Manu pressupõe a impureza das mulheres. O xintoísmo japonês subjuga a mulher até pelos sogros. Muitas moças se prostituem para conseguir o dote do casamento e para o aluguel dos caríssimos quimonos que devem usar nas bodas. Na Índia, certas seitas consideram “impuro” o alimento que se prepara em um fogão se a mulher deixar sua sombra incidir sobre a panela. Antes das missões protestantes, era comum a queima das viúvas junto à tumba do marido. Por outro lado, se compararmos o Israel antigo, com os costumes das nações do seu tempo e com as religiões acima citadas, veremos que a Lei de Moisés era extremamente evoluída para aquela época, procurando preservar a dignidade da mulher. Por exemplo: Deuteronômio 24.5: “Um homem que tenha casado há pouco tempo ficará livre por um ano do serviço militar e de qualquer outro serviço público, ele tem o direito de ficar em casa um ano, fazendo com que a sua esposa se sinta feliz”; Êxodo 20.17: “... Não cobiçarás a mulher do teu próximo,... nem a sua serva...”; em Êxodo 22.16 assegura o casamento da mulher seduzida; a privacidade da mulher é preservada quer seja madrasta; mãe, irmã, tia, nora, cunhada, neta e sogra (Lv 18.8,11, 14-17); Deus também preserva a dignidade das vencidas de guerra dos maus tratos e do estupro (Lv 18:10-14).

Mas, no cristianismo vemos como Jesus elevou a mulher ainda mais: Ele as respeitava, as ouvia, atendia suas aflições, abençoava-as, acudia com carinho suas crianças. Por isso, algumas mulheres ricas como Joana, mulher de Cuza, que era alto funcionário do governo de Herodes; Susana e muitas outras mulheres, com os seus próprios recursos, ajudavam Jesus e os seus discípulos (Lc 8.3). Sem contar que a mensagem da realidade mais veemente para o cristianismo - a ressurreição - foi confiada inicialmente a uma mulher: Maria Madalena. Hoje, as mulheres continuam sendo as maiores divulgadoras do evangelho. Jesus olha com prazer para elas e as abençoa. Por isso, dos escritos de Paulo, inferimos que a guerra dos sexos não tem razão de existir, pois “não existe diferença entre homens e mulheres: todos vocês são um só por estarem unidos com Cristo Jesus” (Gl 3.28). Homens e mulheres salvos, em Cristo, devem se unir para proclamar as boas novas de Deus ao homem e para praticar ações que glorifiquem a Cristo e produza vida abundante ao ser humano. Nesse sentido, o judaísmo dá uma boa noção do valor que Deus dá às mulheres, porém, o cristianismo deixa isso ainda mais eloqüente.

A Atualidade

A mulher da atualidade parece querer abraçar o mundo, lota-se de afazeres e de obrigações sempre cobrando de si mesma a perfeição em tudo aquilo que ela faz! Quer que sua casa esteja sempre arrumada, tudo no lugar, que seus filhos sejam bem cuidados e tratados, que seu marido fique bem e vive querendo manter tudo sob o seu absoluto controle! Passa o dia no trabalho lutando para evoluir na sua carreira, abraçando muitas funções, não delegando tarefas e, ao mesmo tempo pensando nas tarefas domésticas, ligando para casa, querendo saber como as coisas estão caminhando, tem conflitos com a empregada porque ela não faz exatamente o que lhe é ordenado e, ainda por cima, culpa-se porque não consegue fazer tudo da forma como planeja, como gostaria de fazer e por não ter o controle! Tudo isso acaba por gerar em si mesma um stress acentuado, justamente porque, ao querer fazer tudo ao mesmo tempo, por desrespeito aos seus limites, acaba esquecendo-se de si mesma ou então nem sobra tempo para cuidar-se!

Até pouco tempo atrás, a mulher era educada apenas para ser uma boa dona de casa, esposa e mãe: ainda hoje esta é uma realidade em muitos lugares do Brasil! A mulher deveria se esmerar nestes papéis e ser submissa ao seu marido, seu amo, senhor e chefe da casa, aquele quem decide tudo só porque é a pessoa que paga as contas!

Visão Internacional

No Kuwait, a mulher continua a não possuir Direito de Voto, mesmo sendo um dos países Árabes mais liberais e onde as mulheres ocupam cargos importantes dentro dos ministérios e das empresas privadas.

No Afeganistão ou o Iraque onde o fundamentalismo continua a prender as mulheres atrás de um véu, onde os direitos humanos mais básicos lhes são negados e onde as mulheres são apenas vistas como simples reprodutoras.

As mulheres na China não têm um status igual, e desde a ’reforma e abertura política’ começada 25 anos atrás a posição delas tem piorado dramaticamente. A prostituição é legalizada. No interior do pais, freqüentemente as mulheres e crianças não podem comer uma refeição junto com os homens. Elas fazem o árduo serviço de casa, seu direito à educação está sendo tomado – elas são apenas procriadoras.

Claro que estamos olhando a visão em países com senso cultural muito forte de antepassados ainda, mas vejo muito disto no próprio dia-dia ou até mesmo em países chamados de primeiro mundo que de uma maneira ou outra, tratam as mulheres da mesma maneira.

Curiosidades que achei pelo caminho

As mulheres de origem Celta eram criadas tão livremente como os homens. A elas era dado o direito de escolher seus parceiros e a segurança de que nunca poderiam ser forçadas a uma relação que não era do seu agrado. Eram ensinadas a trabalhar para que pudessem garantir seu sustento, além de serem excelentes amantes, donas de casas e mães.

A primeira lição que aprendiam era a seguinte: "Ama teu homem e o segue, mas somente se ambos representarem um para o outro: amor, companheirismo e amizade."

Na Literatura

Durante toda a história da humanidade até a penúltima década deste século, a mulher era considerada uma peça, um objeto, uma coisa que podia ser trocada, dada, vendida, alugada, sem nenhum direito próprio. de todo ser humano. Escravas, instrumentos de prazer, as mulheres no Brasil Colonial não freqüentavam as escolas porque se o fizessem aprenderiam a ler e poderiam escrever para os namorados. Não comiam à mesa quando a família recebia um visitante. A mulher era, assim, uma propriedade do pai que a prometia em casamento aos bons partidos. E casavam com homens que não amavam, casamento sempre constituindo alianças econômicas de famílias ou, em alguns casos, realizados com a intenção de equilibrar as finanças de pais à beira da falência.

A mulher nunca foi levada a sério, nunca foi considerada como um ser humano, dona de seus direitos e obrigações, capaz de pesar na balança das ciências, das artes e das letras.

Escritores antigos menosprezavam a mulher acintosamente. Schopenhauer afirmava que "a mulher é um animal de cabelos longos e idéias curtas", esquecido de que era filho de um desses animais. Pitigrilli dizia que "a mulher é a escarradeira do amor", sem se lembrar que nessa escarradeira ele foi gerado e teve direito à vida. 0 brasileiro Berilo Neves publicou vários livros contra a mulher. Eram homens mal-amados, incompreendidos e incapazes de situar a mulher nas fronteiras da divindade pelo fato de conceber um-ser humano?

A luta da mulher na conquista de seu lugar ao sol começou faz pouco tempo. Hoje ela já ocupa seu devido e merecido lugar no desempenho das mais diversas atividades humanas. Mas, mesmo assim, ainda vamos encontrar resquícios dessa adversidade, dessa diferença, dessa prevenção da parte dos homens. E por ser imprescindível ao homem na perpetuação da espécie, a mulher é xingada, enaltecida, querida, desejada, diminuída.

Em muitos livros ve-se a mulher em paixões arrebatadoras, erotismo, lirismo, drama. Esses são alguns dos ingredientes que não podem faltar ao vasto e complexo universo feminino. Tema que rende inúmeras tramas e livros vendidos em todo mundo. Estaria esta toda visão correta atualmente?

A Opinião - De Homem para Homem - brasilidades

Estariam as mulheres querendo a igualdade social ou nos mostrando um tipo de dignidade que todas as pessoas merecem? Hoje qual a vantagem de obter benefícios masculinos tradicionais, alem de beber, falar palavras sem sentido algum, desrespeitar sua saúde, e usar de artimanhas sujas - como uma simples mentira - para se livrar de algum acontecido que no fim ninguém iria se lembrar?

Nem o homem quer ser mais homem, queremos misturar o que temos que sobriedade, culturalmente falando. Como podemos nós seres humanos ser bem vistos entre nós mesmos, se mal tratamos tudo aquilo que nos faz bem... O mundo passa por uma péssima fase e só vejo reclamações sobre o preço da gasolina, um filho quer aprender sobre as estrelas e o pai chega a casa apenas dizendo que participou de um dia na qual nunca mais quer participar, mas repete a frase todo dia santo. Isto nos mostra apenas o quanto gostamos de sofrer por NADA. Na antiguidade as mulheres eram tratadas mal por inveja dos homens nada mais. Pare e pense como antigamente - Elas eram boas, gentis, cuidavam da casa, crianças, animais, nos lembravam de coisas simples e sempre nos deixavam ligado a alguma maneira com nosso lado religioso. Já o homem antigo vivia de batalhas, guerras, sangue, corpo, perda de amigos, de esperança, não via sentido em tratar bem o que a vida lhe dava bem. Perdoem-me, mas não uso isto como desculpa, apenas tento obter a visão de vários lados.

Acredito que como há tempo para salvar-se de si mesmo, ainda haverá muito tempo para ajudar aos seus pensamentos a ver que ainda estamos em evolução, demos nossos primeiros passos agora e já estamos no caminho errado, iremos longe se assim você quiser. De que adianta casar com uma linda mulher e tratá-la com se fosse apenas uma pessoa em sua vida. Uma mulher em nossas vidas é o toque de esperança que nossos antepassados almejavam, homens de vários lugares sonham apenas em acabar com o tormento da alma, para volta a sua mulher, sua filha, sua mãe, sua avó, seu porto seguro. Sejamos realistas, estamos aqui falando hoje sobre mulheres, mas todos os dias e segundos as mesmas nos vem a mente junto com pensamentos puros. Como pessoas que se dizem homens podem ao menos cogitar a idéia de machucar uma mulher fisicamente ou verbalmente? Como pode se disser da sociedade atual - neste mundo tecnológico - que és um grande pensador, se despreza a única pessoa que sempre esteve ao seu lado. A mulher tanto quanto o homem esta ai para nos auxiliar e serem auxiliadas. Somos uma ligação, nunca fazermos nada como UM sempre com alguém que nos olha, e também almeja o nosso bem.

Por Julio Moraes. Leia o texto completo aqui.

Um comentário:

  1. Eu tenho a impressão que aqui na nossa sociedade até mesmo a própria mulher tem preconceito contra a própria mulher.
    Cristo elevou o patamar tão subjugado que a mulher se encontrava, vamos usufruir da liberta que há em seguir a Deus! O evangelizar, falar de Deus, é para todos os filhos e filhas, como afirmou pedro no dia de pentecostes... infelizmente há ainda muitos religiosos que fecham os olhos para esta verdade e oprimem as mulheres que anunciam a mensagem de Deus!

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