Há dez anos, as torres gêmeas do World Trade Center ainda estavam de pé, apesar de já terem sofrido um atentado com um caminhão carregado de dinamite em 1993. Bill Clinton, era o presidente da nação mais poderosa do mundo, e indiscutivelmente o líder planetário. Sob seu comando, os EUA experimentaram um dos períodos de maior prosperidade de sua história. A paz sinalizava no Oriente Médio. Poucos haviam ouvido falar em Bin Laden, Google ou Euro. A internet e a telefonia celular se popularizavam. A China começava a chamar a atenção do mundo para o seu milagroso crescimento econômico, atingindo a marca de 11% ao ano. As mudanças climáticas ainda eram vistas pelos empresários mais como motivo para ceticismo que para investimento.
Ao longo da década, o mundo virou de ponta-cabeça – e o Brasil despontou.
As torres caíram! O Afeganistão e o Iraque foram invadidos pelo exército americano. Saddam Hussein foi deposto e condenado à morte. Osama Bin Laden ainda está vivo e solto.
Graças à desastrosa gestão de George W. Bush, os Estados Unidos elegeram seu primeiro presidente negro, Barack Hussein Obama. Como que por ironia do destino, o novo presidente traz o sobrenome do maior desafeto dos Bush, e o último sobrenome parecido com o primeiro nome do inimigo público número um da América.
Esta foi a década em que a bolha econômica estourou. A sólida economia americana demonstrou ser uma casa construída sobre a areia. O mercado imobiliário, somado aos enormes gastos com a guerra no Oriente Médio, foram os vilões que provocaram a maior crise financeira da história desde a Grande Depressão no final da década de 20.
Também foi uma década marcada por grandes catástrofes naturais, como o furacão Katrina e a Tsunami que atingiu vários países asiáticos. Apenas estes dois cataclismos ceifaram a vida de cerca de 400 mil pessoas.
O Mundo também se viu ameaçado por diversas pandemias. A Aids continua sua cavalgada, atingindo, só na África subsaariana, 25% da população, sendo considerada uma pandemia global. Fora o HIV, outros vírus ameaçaram provocar uma pandemia. Entre eles, a SARS, uma nova forma de pneumonia altamente infecciosa. Graças à ação rápida das autoridades nacionais e internacionais de saúde, o pior foi evitado. Em seguida, em 2004, foi descoberto o vírus da gripe aviária. E mais recentemente a gripe suína que causou mobilização sem antecedentes por parte das organizações de saúde.
Se em décadas anteriores o maior temor da população era de que eclodisse uma terceira guerra mundial, seguida de um holocausto nuclear, nesta primeira década do século este medo deu lugar a novos temores: terrorismo por parte dos fundamentalistas islâmicos, pandemias e cataclismos naturais.
A Década do Brasil
Dez anos atrás, o presidente era Fernando Henrique Cardoso, e o nome de Lula despertava temores entre economistas respeitados. Ninguém conseguiria acreditar que Lula seria o presidente em cujo governo saldaríamos a dívida externa e teríamos uma das moedas mais fortes do mundo. Ungido em 2002 como o operário que virou presidente, ele chega a 2010 e ao último ano do segundo mandato com 72% de aprovação. Em dez anos, o Brasil consolidou a democracia e a estabilidade. Tornou-se o país emergente com maior credibilidade no mercado global. Atingiu a universalização do ensino e a auto-suficiência em petróleo. E de quebra, como confirmação de sua credibilidade diante da opinião pública mundial, conquistou a cobiçada posição de Sede dos dois maiores eventos esportivos do Mundo: a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016. É verdade que ainda padecemos de problemas crônicos: corrupção, violência, um ambiente ainda hostil ao empreendedor e miséria endêmica em algumas regiões. Mas, nos próximos dez anos, deveremos continuar tentando resolvê-los.
Caro pr. Hermes Fernandes,
ResponderExcluirGraça e paz!
Parabéns pela retrospectiva,
Feliz 2010
Um grande abraço!
Pr. Carlos Roberto