domingo, janeiro 04, 2009

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Em vez de janelas, terraço!

Hoje, em nossa celebração eucarística, preguei um sermão sob este título. Pude ver com mais clareza o significado dessa analogia imprimido pelo Espírito em meu coração.

É incrível como as coisas fluem enquanto pregamos. É diferente de quando simplesmente escrevemos. O assunto toma uma espécie de dimensão profética. Alguns insights ocorrem enquanto prego, e fico pensando "de onde tirei isso?".

Um desses insights que me veio hoje, foi sobre a diferença entre "janelas" e "terraços".

A janela nos proporciona uma visão de 180 graus. Pode-se enxergar até os limites do horizonte. Porém, não se pode ver o que acontece no horizonte de trás. Porém, o terraço nos proporciona uma visão panorâmica, isto é, de 360 graus. Podemos vislumbrar tudo o que acontece em todos os ângulos, onde quer que nossa vista alcance.

É melhor uma janela aberta, do que uma fechada. Porém, a visão que ela proporciona é deficiente em comparação à proporcionada por um terraço.

Quando Deus quis revelar a Pedro a abrangência da mensagem redentora do Evangelho, conduziu-o a um terraço, onde teve um arrebatamento de sentidos, e viu um lençol que se abria e trazia todas as espécies de animais. Uma voz bradou do céu, ordenando-o: Mate e coma! Pedro recusou a obedecê-la, alegando jamais ter comido coisas imundas, vetadas pela Lei. Deus, porém, respondeu-lhe: Não chames imundo o que eu purifiquei.

Horas depois, chegavam os mensageiros enviados por Cornélio, para buscar o apóstolo para que lhe pregasse o Evangelho.

Cornélio foi o primeiro gentio convertido.

Até aquele dia, a visão de Pedro era limitada pelo preconceito étnico e religioso. Havia uma janela aberta, mas que estava voltada exclusivamente para os judeus.

Enquanto Pedro ainda estava a pregar, o Espírito Santo caiu sobre Cornélio e toda a sua família. Até então, havia um tipo de protocolo pelo qual as pessoas recebiam o dom do Espírito. Os apóstolos deveriam impor-lhes as mãos. Porém, se já era difícil para Pedro, como bom judeu que era, entrar na casa de um gentio, quanto mais impor-lhe as mãos. Isso era completamente proibido a um judeu. Mas Deus não se prende a protocolos! A obra do Espírito Santo não depende em nada das mãos humanas.

É verdade que a Igreja de Cristo foi erguida no mundo para ser a principal agente do Seu reino. Eu disse "a principal", não "a única".

Somente quando deixamos nossos "quartos" religiosos, e subimos o terraço da fé, podemos ver que o agir de Deus não se limita aos termos eclesiásticos. O vento sopra onde quer, e ninguém sabe de onde vem, nem para onde vai.

Quantos de nós precisam ser levados ao terraço!

Lembremo-nos que foi Jesus quem instruiu a Seus discípulos, para que a Palavra que lhes fora dita em segredo, deveria ser pregada sobre os telhados!

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