O anúncio de Bilac
(A função do poeta)
O dono de um pequeno comércio, amigo do grande poeta Olavo Bilac, abordou-o certa vez na rua:
- Sr. Bilac, estou a precisar vender a minha propriedade, que o Senhor tão bem conhece. Poderia, por gentileza, redigir o anúncio para a venda no jornal?
Olavo Bilac apanhou o papel que o amigo lhe estendia e escreveu:
VENDE-SE ENCANTADORA PROPRIEDADE
"Vende-se encantadora propriedade, onde cantam os pássaros ao amanhecer no extenso arvoredo. Cortada por cristalinas e marejantes água de um ribeiro. A casa, banhada pelo sol nascente, oferece a sombra tranqüila das tardes, na varanda".
“Meses depois, o poeta reencontrou o comerciante e perguntou-lhe se havia conseguido vender a propriedade”.
- Nem pense mais nisso Sr. Bilac! Quando li o anúncio que o senhor escreveu é que percebi a maravilha que tinha nas mãos.
Às vezes não descobrimos as coisas boas que temos conosco e vamos longe atrás de Miragens e falsos tesouros. Valorize o que você tem. A pessoa que está a seu lado, os amigos que estão junto a você, o emprego que Deus lhe proporcionou, o conhecimento adquirido, a sua saúde, o sorriso... Enfim, tudo aquilo que Deus nos oferece diariamente para o nosso crescimento espiritual.
Olavo Bilac
A naturalidade com que concebemos os nossos pertences é tão dessignificada que perdemos de vista a grandiosidade do valor agregado a cada conquista feita durante nossa existência.
ResponderExcluirQuem visualiza de outro ângulo enverga valores que perderam-se para nós na floresta do costume diário.
A naturalidade com que concebemos os nossos pertences é tão dessignificada que perdemos de vista a grandiosidade do valor agregado a cada conquista feita durante nossa existência.
ResponderExcluirQuem visualiza de outro ângulo enverga valores que perderam-se para nós na floresta do costume diário.
PAIXÃO, Edson.