Acabo de chegar dos Estados Unidos, e confesso que ainda estou estarrecido com o que presenciei lá.
Grandes lojas encerrando suas atividades, bancos de renome falindo, casas e mais casas vazias, sendo vendidas à preço de banana, desemprego generalizado, são apenas alguns dos sintomas da crise que nosso irmão do Norte está atravessando.
Tive pena de saber que muitas igrejas brasileiras estão se esvaziando rapidamente, porque o fluxo migratório agora se inverteu, e milhares de brazucas (como são chamados) estão retornando à terrinha.
O sonho americano está se tornando em um pesadelo que parece não ter fim.
E como se não bastasse, os Estados Unidos arrastam o mundo inteiro em sua nefasta crise econômica.
Todas as bolsas de valores do mundo estão sendo sacudidas por um terremoto sem precedência na história das nações.
Definitivamente, estamos à beira de um precipício.
E para apimentar ainda mais o pesadelo, o FMI declara que o pior ainda está por vir.
Somos todos passageiros de um barco à deriva.
Uma questão insiste em nos perturbar: por quê?
O que está havendo com o mundo? Qual a explicação razoável para o que está acontecendo? De quem será a culpa ou a responsabilidade?
Podemos buscar uma explicação teológica e outra técnica e política. Talvez as duas respostas se locupletem.
Vejamos:
Tive a oportunidade de conversar com eleitores republicanos e democratas, e cada um tem uma versão diferente do fato. Segundo os republicanos (partido do Bush), a culpa da situação seria da administração Clinton. Durante sua gestão, Clinton teria pressionado os bancos a darem crédito imobiliário com juros menores às classes mais pobres. Até aí, tudo bem. Mas com isso, a classe média aproveitou a oportunidade para comprar mais imóveis, não para moradia, mas como investimento. Casas e mais casas foram construídas e vendidas.Com o tempo, muitos não conseguiam pagar, e isso complicou a situação dos bancos, que passaram a tomar as casas de volta.
O mercado imobiliário entrou em parafuso.Isso é só o começo da história...Trocando em miúdos, a razão pela qual Deus pode estar tratando com os EUA é a ganância.
Cabe aqui a advertência divina:
"Ai dos que ajuntam casa a casa, e reúnem herdade a herdade, até que não haja mais lugar, e fiquem como únicos moradores da terra.” Isaías 5:8
A nação americana está experimentando o “Ai” de Deus. Não é plausível supor que Deus se manteria indiferente à esta luxúria consumista, que busca saciar a fome depravada que os seres humanos têm, e que só pode ser plenamente saciada n’Ele.
Pouco nos importa se a responsabilidade política é de Bush ou de administrações anteriores. O fato é que a ganância é que está nos levando à beira do abismo.
Também não podemos nos esquecer da guerra no Afeganistão e no Iraque, que já custou milhares de vidas, tanto de militares envolvidos, quanto de civis inocentes, além de já ter custado mais de 1 trilhão aos cofres americanos.
Não se trata de uma guerra justa, por um ideal (democracia), como alega Bush, ou mesmo de uma luta contra o terrorismo, mas se trata de uma guerra cujo objetivo não é outro que não seja o petróleo do Oriente Médio.
Não se sabe onde esta situação nos levará. Mas nos lembremos que todo juízo divino traz consigo a oportunidade de arrependimento por parte do homem, e misericórdia por parte de Deus.
Oremos para que o mundo acorde de seu egoísmo crônico, e que os seres humanos se convertam uns aos outros em amor. Só assim haverá esperança.
Enquanto isso, assistamos com temor ao cumprimento da Palavra que diz: "Ainda um vez abalarei, não só a terra, mas também o céu. Ora, esta palavra: Ainda uma vez, mostra a remoção das coisas abaláveis, como coisas criadas, para que as inabaláveis permaneçam. Pelo que, tendo recebido um reino que não pode ser abalado, retanhamos a graça, pela qual sirvamos a Deus agradavelmente com reverência e santo temor" (Hb.12:26-28). Tudo que for abalável, terá que ser abalado, e isso inclui os sistemas financeiros do mundo. E tudo isso só prepara o cenário para que o Reino inabalável de Deus, que já está entre nós, seja manifesto e plenamente estabelecido entre os homens.
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