sexta-feira, outubro 10, 2008

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Mamom sob o peso do Cetro de Cristo

O que está acontecendo com o Mundo? Dia após dia a crise financeira se agrava.

Os bancos centrais reduziram suas taxas de juros, injetaram bilhões na economia mundial, e até agora...nada!

Onde é o fundo deste poço?

Em um fórum pela internet alguém disse que não deveríamos meter Deus nisso. Retruquei afirmando que não somos deístas, que crêem em um deus distante, que não se intromete em questões humanas e mundanas. Outro disse que o juízo de Deus se restringe às coisas espirituais. Meu Deus! Será que esta turma não lê a Bíblia?

As Escrituras declaram que Cristo está reinando, e quebrando a arrogância das nações com Seu Cetro de Ferro, como quem quebra vasos de barro. E convém que Ele reine até que o último inimigo seja vencido.

No final da década de 80, a bola da vez foi o Comunismo. Não tenho dúvida de que foi o Cetro de Cristo quem o reduziu a escombros, juntamente com o Muro de Berlim.

Ora, se Deus não poupou aquele Muro, um dos maiores símbolos do Comunismo, por que pouparia Wall Street, o Muro símbolo do Capitalismo?

Ontem fui questionado pelo filho acerca dos sistemas capitalista e comunista. Tive que explicar-lhe que não há sistema perfeito. Que ambos os sistemas traem o ideal da revolução francesa (Liberdade, igualdade e fraternidade). No Comunismo, sacrifica-se o ideal da liberdade no altar da igualdade. Para que as coisas sejam repartidas igualmente entre as pessoas, tem-se que tratar com a avareza humana, e o sistema comunista não teve alternativa, senão promover tal distribuição por coação.

Já o Capitalismo preconiza a liberdade, mas sacrifica a igualdade no altar do consumismo. O homem vale o quanto possui.

Um sistema valoriza a igualdade, e outro a liberdade. Esqueçeram a fraternidade. Somente o amor fraterno poderia dar sustentação a qualquer que fosse o modelo empregado.

De fato, não há sistema político/econômico perfeito. E o problema não está simplesmente no sistema em si, mas na natureza humana corrompida.

Por isso, não creio em utopias humanas. Creio em uma utopia divina, que se torna realidade à medida que os sistemas do Mundo são desbaratados para dar lugar ao Reino de Deus.

E é nisso que Cristo Se ocupa neste exato momento. Tudo o que for abalável terá que ser removido, para ceder lugar àquilo que é inabalável: o Reino de Deus.

A Igreja Primitiva nos forneceu o protótipo de como funcionaria uma sociedade sob a égide do amor perfeito. Lemos que as pessoas tinham tudo em comum, não por imposição de um Estado absolutista, mas simplesmente por amor. Também usufruíam de plena liberdade, porém eram exaustivamente admoestados a não usar dessa liberdade para dar ocasião às concupiscências carnais.

Assistia nesta manhã a um telejornal, quando a repórter informou que toda vez que uma bolsa de valores tem uma queda de mais de 10%, há um intervalo de meia hora para que as pessoas tomem fôlego, se reanimem e reflitam sobre as medidas que devem ser tomadas. O que geralmente é raro, tornou-se cada vez mais freqüente nesses últimos dias.

Creio que o Mundo inteiro precisa de um intervalo, não apenas para se recompor diante da crise, mas para refletir sobre a maneira como tem caminhado nas últimas décadas. Não dá pra continuar do jeito que está.

Temos que romper com o paradigma do consumismo, e abraçar um novo paradigma: o paradigma da partilha. Não uma partilha tutelada e imposta pelo Estado, como queria o Comunismo, mas uma partilha que seja fruto de uma consciência transformada, voltada para o outro, e não para si mesma.

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