terça-feira, julho 22, 2008

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O Clamor da Terra

Senhor, Deus Soberano. Deus que me criou.

Eu, o Planeta Terra, prostro-me ante a Ti nesta manhã, e te peço misericórdia, pois sinto que estou morrendo.


O ser humano, que o Senhor criou para cuidar de mim, está se destruindo, e me destruindo.


A ganância é como um vírus que infecta o coração do homem, gerando a corrupção.

Tanta sede de poder entre os que são governantes... Muitos, Senhor, estão governando pelos seus interesses, não se importando com o que está acontecendo à sua volta, e isso tem provocado desigualdades sociais (muito para poucos e quase nada para muitos).

E por causa da desigualdade social, muitos não têm oportunidade; falta oportunidade de emprego, educação. Eles não têm o direito de sonhar e realizar seus sonhos.

E esta falta de oportunidade tem sido a desculpa de muitos para serem violentos e intolerantes.

Violência e intolerância estão atingindo todas as classes sociais.

O ser humano foi se esquecendo ao longo do tempo a importância do amor ao próximo, do respeito à natureza e à vida. Quanta indiferença, Senhor!

Pai, eles agem como se nunca fossem ser cobrados por tudo o que fazem uns aos outros e a mim também. A sensação de impunidade entre os seres humanos é grande.

Ah, Senhor, tenho me sentido tão só. São poucos os homens que me vêem como um organismo vivo, que precisa de cuidados. Afinal de contas, sou a casa deles!

Alguns não querem nem saber... Estão me destruindo. Só vêem em mim fontes de riqueza, e não pensam nas gerações futuras.

Não se importam em poluir o ar, derrubar florestas... Veja, Senhor, o que estão fazendo com a Amazônia, que é o meu pulmão. A cada ano a floresta diminiu, e não sei se vou agüentar tanta agressão por muito tempo.

Mares, rios e lagos; as minhas águas estão contaminadas, ecossistemas aquáticos desaparecendo. A vida nas minhas águas está se extingüindo.

Estou com uma ferida na camada de ozônio e com isso, o sol que deveria me fazer bem, está me trazendo males, e estes males se estendem aos humanos, e mesmo assim, eles não acordam.

Estou doente, Senhor. Preciso ser restaurada. Me ajude.

Senhor: - Calma planeta! Eu sou o Senhor teu Deus, e te digo: não temas! Eu te ajudo.
Eu nunca te desampararei.
Já lhe enviei meu Filho Jesus. Ele é o antídoto para lhe curar deste mal.
É tudo uma questão de tempo, do meu tempo.

Terra: - Mas, Senhor!...

Senhor: - Calma... eu já despertei um povo.

Terra: - Despertou um povo?

Senhor: - Sim!

Terra: - Mas onde está este povo, Senhor? Eu não sinto nada mudar!

Senhor: - Por enquanto você não sentirá muita diferença, pois como lhe disse,
é uma questão de tempo, do meu tempo e não do seu.
Há alguns anos lancei no coração de um homem uma semente; ela
brotou e o despertou. E este homem retornou a tudo aquilo que meu
Filho havia ensinado.
Essa semente cresceu e virou uma imensa árvore.

Terra: - Mas onde está essa árvore, Senhor?

Senhor: - Ora, ela já está plantada em você!

Terra: - Onde?

Senhor: - Ali, na Amércia do Sul, no Brasil, no Estado do Rio de Janeiro, na cidade de
Duque de Caxias. Esta árvore já deu frutos, que gerou novas sementes. E
estas sementes estão sendo plantadas, em cada setor da sociedade, para
lhe restaurar e lhe restabelecer.

Obs: Este texto é de autoria de Josilda de Oliveira, e retrata um sonho que ela teve recentemente, antes da VII Convenção da REINA. Com base neste sonho, o V Distrito da REINA fez uma linda apresentação, que arrancou lágrimas da multidão presente.

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