terça-feira, setembro 05, 2006

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A Corte Celestial II

Vamos deixar o campo da Física, e vamos para o campo da Biologia. Já sabemos pela Física como a matéria se organiza através dessas quatro forças. Agora, não podemos nos esquecer que os seres vistos diante do Trono de Deus eram “seres vivos”. E como a “vida” se organiza?

Como sabemos, os seres vivos são compostos de células, e é isso que os difere das coisas inanimadas. Se abríssemos o núcleo de uma célula, lá encontraríamos uma seqüência de códigos secretos que a ciência denominou DNA.

Os primeiros estudos sobre o DNA foram realizados no final do século 19, mas a forma desta estrutura indispensável à vida de todos os seres vivos só foi apresentada no dia 28 de fevereiro de 1953 pelos então jovens cientistas James Watson e Francis Crick. A descoberta do DNA foi saudada por um dos seus descobridores, Watson, com a frase – “Descobrimos o Segredo da Vida!" Em 1962, Watson, juntamente com os seus colegas Francis Crick e Wilkins, recebeu o Premio Nobel pela descoberta da estrutura molecular do ácido "hereditário", o DNA. A molécula deste ácido forma uma hélice dupla que lembra o Caduceu da medicina. Sem embargo, a descoberta do DNA é uma das descobertas mais importantes do século 20.

A descoberta do DNA deve-se muito a Johann Mendel, pioneiro no estudo das leis da herança genética.

O DNA é o responsável pelas características físicas de todos os seres vivos. Desde de um inseto até o maior mamífero, todos são compostos dos mesmos elementos básicos. O que os difere uns dos outros é o código secreto existente em cada célula. Como pode uma bactéria ser formada dos mesmos elementos que compõe o homem? O que os distingue é a forma como esses elementos se arrumam para formar o código, ou melhor, o DNA.

Para facilitar a compreensão, tomemos, por exemplo, algumas letras do nosso alfabeto. Com as letras A, M, O e R, podemos formar a palavra AMOR. Mas se invertermos a ordem das letras, poderemos formar a palavra ROMA. Ora, trata-se de palavras com sentidos completamente diferentes, mas com as mesmas letras. A mesma idéia pode se aplicar ao DNA. Embora todos os seres vivos possuam os mesmos elementos deste código, estes são arrumados em seqüências diferentes.

O DNA é formado pelos nucleotídeos adenina, citosina, timina e guanina, representados por suas iniciais A,C, T e G. Por incrível que pareça, apenas quatro (4) elementos compõem o código da vida!

Creio que esses quatro elementos estão representados diante do Trono pelos quatro seres vivos que ali se apresentam.

Outra coisa que difere os seres vivos é o número de elementos que possuem. O ser humano, coroa da criação, é o que apresenta o maior e mais complexo número de elementos entre todos os demais seres vivos.

A dupla hélice que forma o DNA está dividida em vários segmentos. Estes grupos de elementos são chamados genes. Os elementos de cada gene trabalham fabricando proteínas, que são os componentes que fazem o nosso corpo por dentro e por fora como os tijolos fazem uma casa. Assim, temos genes responsáveis pela produção de anticorpos -- as proteínas que defendem nosso organismo de agentes invasores, como bactérias, vírus e fungos; genes responsáveis pela produção de melanina -- a proteína que influencia na cor da nossa pele; genes responsáveis pela produção de insulina -- proteína que controla os níveis de açúcar no sangue; entre milhares de outros.

Os genes são também responsáveis por outras características mais evidentes, tais como nossos traços físicos. O código que trazemos no núcleo de todas as nossas células é resultado da combinação de genes que recebemos do nosso pai e da nossa mãe. Viemos de uma única célula, a célula-ovo, que se dividiu inúmeras vezes até que estivéssemos prontos para nascer. E a célula-ovo, por sua vez, resulta do encontro da célula reprodutora masculina (espermatozóide), que continha genes do seu pai, com a célula reprodutora feminina (óvulo), que continha genes da sua mãe.

Desta forma, nosso DNA é a combinação de genes do nosso pai com genes da nossa mãe. E como o DNA contém as características físicas dos indivíduos, herdamos as características físicas dos seres que nos deram origem.

É importante ressaltar que não somos exatamente meio a meio pai e mãe. Somos uma combinação de códigos de um e de outro e isso faz com que possamos desenvolver características próprias. E como os seres resultam de combinações de DNA, não existe ser vivo com DNA igual ao de outro. Só há uma situação em que dois ou mais seres podem ser considerados cópias naturais: é o caso dos gêmeos idênticos. Isso acontece quando a célula-ovo, que daria origem a um indivíduo, se divide formando dois ou mais embriões. Como esses irmãos tiveram origem na mesma célula, eles terão o mesmo DNA, o que os torna fisicamente idênticos.

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