Por Hermes C. Fernandes
Há
uma corrente que defende que Cristo teria
descido ao inferno para ser torturado por Satanás, e, assim, pagar por completo
o preço de nossa redenção. Se isso fosse verdade, Ele não teria dito antes de
Seu último suspiro: “Está consumado”
(Jo.19:30). A obra da redenção foi finalizada na cruz. Ainda que tenha descido ao inferno, não foi para completar nada, mas tão somente para anunciar
o que já havia feito (1 Pe.3:18-19).
Outra
lenda que se tem disseminado entre muitas igrejas é a de que o Diabo promovia
um verdadeiro carnaval no inferno enquanto Jesus era crucificado. Mas para sua surpresa, Jesus interrompe a celebração e toma das mãos do Diabo as chaves do inferno. Nada
mais distante da verdade que isso. Jamais foi intenção do Diabo que Jesus
morresse na cruz. Pelo contrário. Ele fez de tudo para impedir que isso
acontecesse, pois sabia que através de Sua morte, seu império seria
desbaratado. Por isso, foi capaz de usar até os lábios de Pedro para tentar
dissuadir Jesus (Mt.16:22-23).
Já no início do ministério de Jesus, o Diabo lhe
ofereceu um atalho para reaver os reinos deste mundo, e assim, não precisasse
passar pela cruz (Mt. 4:8-9). Mesmo durante Seu suplício no calvário, o Diabo
insistia em que Ele descesse da cruz, valendo-se dos lábios de várias pessoas,
incluindo um dos ladrões que morriam ao Seu lado (Lc.23:39; Mc.15:30). A cruz
sempre foi o centro do plano divino para a redenção de toda a criação (At.2:23).
Ela foi a porta pela qual Jesus passou para adentrar o território da morte e
libertar os que ali estavam cativos.
Jesus é Senhor de todos os céus, de todos os mundos e de todos os infernos. Ele recebeu as chaves das mãos do próprio Pai, além de um nome que é sobre todos os nomes, agora e por todas as eras.
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