quinta-feira, julho 27, 2017

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Um Deus de transições e não de rupturas abruptas


Hermes C. Fernandes


A maioria dos cristãos crê que haverá um tempo de justiça e paz no mundo. Uns creem que isso se dará paulatinamente através do avanço do evangelho. Mas a maioria prefere acreditar que isso se dará subitamente, quando Cristo vier em glória para estabelecer o Seu reino. Para nutrirmos uma esperança bem fundamentada, precisamos recorrer às Escrituras em busca do modus operandi de Deus.

Como Deus tem trabalhado ao longo da História, através de rupturas ou transições?

Se Ele trabalha com rupturas, é justo esperar que a qualquer momento a História sofrerá uma intervenção radical por parte de Deus, seja através de um vultuoso avivamento repentino, ou através da volta iminente de Cristo para o estabelecimento do Seu reino de paz e justiça.

Mas se for comprovado que o método usado por Deus é caracterizado por transições em vez de rupturas, é plausível esperar que Ele trabalhe de maneira gradativa na expansão do Seu reino entre os homens.

Será que encontramos na natureza algum indício de como Deus trabalha?

Em Gênesis 8:22 lemos: “Enquanto a terra durar, não deixará de haver sementeira e ceifa, frio e calor, verão e inverno, dia e noite”. Verão e inverno são dois extremos dentre as estações. Foram as duas primeiras estações a serem nomeadas pelos humanos. O verão é caracterizado pelo calor, enquanto o inverno, pelo frio. Com o passar do tempo, os homens observaram que entre um extremo e outro, havia uma período de transição. O calor do verão não cede ao frio do inverno de um dia para o outro. Antes que o inverno chegue, o verão tem que ceder lugar ao outono. E antes que o verão volte, o inverno cede sua vez à primavera. Hoje entendemos que o ano é dividido em quatro estações, e não apenas duas.



Da mesma maneira, o dia é dividido em duas partes de doze horas cada: o dia e a noite. O dia não vira noite de um minuto para o outro. Não se acende o sol como quem aperta um interruptor. Para que a noite vire dia, há um período extenso de transição que chamamos de “madrugada”. E para que o dia se torne noite, há um período chamado de “tarde”, ou “entardecer”. Da madrugada para a manhã há um breve momento chamado de “aurora”, ou “alvorada”. Da tarde para a noite há um breve momento chamado de “crepúsculo” (pôr-do-sol). Nada acontece abruptamente. Tudo obedece a uma ordem, a uma seqüência.

Podemos observar algo parecido no desenvolvimento da vida humana. Entre a infância e a vida adulta, há um período intermediário chamado “adolescência”. Neste período o indivíduo se adapta às novas dimensões do seu corpo, bem como às novas responsabilidades sociais da fase adulta. Ora se comporta como criança, ora como adulto. Alguns chamam esta fase de “aborrecência”, devido aos aborrecimentos sofridos pelos pais. Mas até isso é uma maneira de preparar os pais para “perder” seus filhos, atenuando o sofrimento por sua partida.


Da fase adulta à velhice, há um período intermediário que chamamos de “meia-idade”. Aos poucos, nossas forças diminuem, e nos habituamos às limitações da terceira-idade. Já a velhice nos prepara para o grande salto, o momento da morte. O fato de sermos relegados a um segundo plano, nos dá a consciência de que a vida segue sem nós, de que não somos indispensáveis. O maior sofrimento que a morte trás se deve ao fato de não admitirmos que somos dispensáveis. Rubem Alves disse certa vez, quando perguntado se tinha medo da morte: “Não tenho medo da morte, tenho pena”. A gente tem dificuldade de aceitar que o mundo continua em sua trajetória, mesmo em nossa ausência. Não somos indispensáveis. E a velhice é o período que nos dá essa lição.



Imagine se dormíssemos crianças, e acordássemos adultos? E se no outro dia, amanhecêssemos idosos? O filme “De repente trinta” fala sobre uma adolescente que acorda com trinta anos. Sem ter tido tempo para se adaptar, ela passa pelas situações mais inusitadas e cômicas. Cada fase do desenvolvimento humano traz seus próprios desafios, e nos prepara para a próxima. O próprio Cristo teve de passar por cada fase. Ele poderia ter descido do céu já adulto. Mas em vez disso, experimentou ser um espermatozoide, depois um feto, um embrião, um bebê, uma criança, um adolescente, até chegar à maturidade, quando teve Sua trajetória interrompida pela morte, e por isso, não teve oportunidade de envelhecer. Por que Ele não apareceu já adulto, oferecendo-Se para morrer por nossos pecados? Pra quê ter que passar por tudo aquilo? Ter que aprender a engatinhar, a falar, a andar? Tudo isso indica que Deus usualmente trabalha através de transições, e não de rupturas.

Vejamos, agora, através da História, a maneira preferível de Deus trabalhar. Na criação, por exemplo, Ele poderia ter feito todas as coisas instantaneamente. Bastaria um estalar de dedos, e tudo surgiria do nada. Ninguém duvida que teria poder para isso. Entretanto, preferiu seguir uma seqüência. Tenha sido de 6 dias literais, como creem alguns, ou em bilhões de anos, como advogam os cientistas, o fato é que Deus criou todas as coisas gradativamente, sem pressa.

Ao tirar o povo Hebreu do Egito, Deus poderia tê-los arrebatados até a Terra Prometida. Isso não constituiria qualquer dificuldade para Deus. Se Ele foi capaz de arrebatar Filipe, levando-o de um lugar ao outro em segundos, por que não poderia arrebatar todos os hebreus de uma só vez, poupando tanto trabalho? Mas em vez disso, permitiu que eles peregrinassem por 40 anos no deserto, até que estivessem prontos para herdar a Terra da Promessa. Já foi dito que o mais difícil não foi tirá-los do Egito, mas tirar o Egito do coração deles. O deserto representa o período de transição entre o cativeiro e a promessa.

Quando chegaram à Terra que manava leite e mel, Deus poderia ter instituído um reino imediatamente. Mas antes que Israel estivesse pronto para ser governado por um monarca escolhido por Deus, teve que viver debaixo da autoridade dos juízes por muitos anos. Homens como Gideão, Sansão, Samuel, e até uma mulher, Débora, ajudaram a preparar o povo israelita para viver sob a autoridade de um rei ungido por Deus.

Ao inaugurar a Era da Graça, Jesus sabia que a igreja necessitaria de um período de adaptação. O livro de Atos narra essa fase de transição. Por isso, não pode tomar o livro de Atos como normativo para igreja nos dias de hoje. A igreja primitiva não nos serve de modelo. Nela, encontramos situações atípicas, como a que Paulo tomou a Timóteo, que era filho de pai grego, e o circuncidou “por causa dos judeus” (At.16:3). Mais tarde, o próprio Paulo advertiu: “Escutai! Eu, Paulo, vos digo que, se vos deixardes circuncidar, Cristo de nada vos aproveitará” (Gl.5:2). Atos nos apresenta uma igreja adolescente, que ainda não se acostumara à realidade da Graça, e por isso, insistia em manter alguns resquícios da Lei. O livro de Atos equivale, no Novo Testamento, ao livro de Êxodos no Antigo Testamento. Ele narra a peregrinação do Novo Israel, da escravidão da Lei, para a liberdade da Graça. Por isso, nenhuma doutrina pode se fundamentar unicamente no livro de Atos dos Apóstolos. Entre a remoção da Antiga Aliança, e a implementação da Nova, houve um período de transição. Foram necessários cerca de 40 anos, o equivalente a uma geração, para que a igreja tivesse o seu cordão umbilical cortado, rompendo de vez com o judaísmo. Isso se deu quando Jerusalém foi sitiada pelos romanos, e seu templo destruído, conforme previsto por Jesus. A antiga Jerusalém teve que dar lugar à nova Jerusalém, a igreja de Cristo.

E quanto ao Reino de Deus? De que maneira ele se estabelecerá no mundo? Será por uma intervenção abrupta, ou gradativamente? Deixemos que o próprio Jesus nos diga:

“A que é semelhante o reino de Deus, e a que o compararei? É semelhante ao grão de mostarda que um homem tomou e plantou na sua horta. Cresceu e fez-se árvore, e em seus ramos se aninharam as aves do céu. Perguntou mais: A que compararei o reino de Deus? É semelhante ao fermento que uma mulher tomou e escondeu em três medidas de farinha, até que tudo levedou.” Lucas 13:18-21
Ambas as parábolas indicam claramente que a implantação do Reino de Deus é gradual, e não abrupta.

É comum vermos cristãos sinceros esperando por uma manifestação espetacular do Reino de Deus no mundo. Mas o modus operandi de Deus é claramente outro, como temos demonstrado aqui. Ele prefere a discrição, em vez do espetáculo. Jesus deixa isso bem claro ao declarar que “o reino de Deus não vem com aparência visível. Nem dirão: Ei-lo aqui! Ou: Ei-lo ali! Porque o reino de Deus está dentro de vós”(Lc.17:20-21). Se Ele quisesse, poderia simplesmente aparecer para todos os homens, em um glorioso espetáculo, e dizer: Eu sou Deus! Tratem de obedecer aos meus mandamentos! Mas, pelo que tudo indica, não é isso que Ele pretende fazer.

A semente de mostarda já foi plantada. O Filho de Deus já estabeleceu Seu Reino entre os homens em Seu primeiro advento. E o fermento já começa a levedar! Estamos vivendo em um período de transição. Em breve, aquela pequena semente terá se espalhado em toda a Terra, e justiça do Reino brotará. Não é à toa que Jesus Se apresenta como a “Estrela da Manhã”, aquela que anuncia que o dia já está amanhecendo.

O caminho proposto por Deus à igreja é a vereda dos justos, que “é como a luz da aurora que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito” (Pv. 4:18). Estamos a caminho do dia perfeito, quando o Sol da Justiça brilhará em todo o Seu resplendor. João dá testemunho de que “as trevas vão passando, e já brilha a verdadeira luz” (1 Jo.2:8). Paulo também parece concordar com a afirmação joanina, ao declarar: “A noite é passada, e o dia é chegado. Rejeitemos, pois, as obras das trevas e vistamo-nos das armas da luz”(Rm.13:12). É hora de aposentarmos nossos pijamas, e despertarmos para vivermos o novo dia, que começou quando Cristo rendeu Seu espírito na Cruz, dizendo: Está consumado. Na Cruz, as trevas encontraram o seu apogeu, pois no relógio profético, ela se deu à meia-noite. Por isso Jesus afirmou ao ser preso: “Esta, porém, é a vossa hora e o poder das trevas” (Lc.22:53).

A partir da Cruz, começa o novo dia. Portanto, a tendência é que as coisas clareiem, em vez de escurecerem. Em outras palavras, o mundo caminha para a restauração, e não para a destruição, como insistem alguns.

Quando começa um novo dia? Não é no primeiro segundo após a meia -noite? Entretanto, a noite continua tão escura quanto antes. Porém, a partir daí, gradativamente, as trevas vão cedendo à luz. Ainda que os olhos não percebam, dado o caráter paulatino com que o dia vai clareando. As horas que se seguem testemunham o embate entre as trevas e a luz. Invariavelmente, as trevas são vencidas.  Afinal,“a luz resplandece nas trevas, e as trevas não prevaleceram sobre ela” (Jo.1:5).

Horas depois, surge no horizonte a estrela da manhã, anunciando que a qualquer momento, os primeiros raios solares serão vistos. Não é à toa que Jesus Se apresenta nas páginas de Apocalipse como a Estrela da Manhã (Ap.22:16).

Em breve, a luz do Evangelho terá alcançado todos os povos, e o novo dia alcançará o seu apogeu. Todas as nações se renderão à Cristo, Luz do Novo Dia. “Todos os confins da terra se lembrarão, e se converterão ao Senhor; todas as famílias das nações adorarão perante ele” (Sl.22:27). Em outras palavras, o bem triunfará. As trevas serão totalmente dissipadas. A verdade e o amor prevalecerão. E aí... será dia perfeito!

Podemos dizer que estamos vivenciando a aurora deste Novo Dia. Já podemos contemplar o degradê, resultado dos primeiros raios solares que despontam no horizonte celeste.

Cabem aqui as palavras proféticas proferidas por Isaías: “Levanta-te, resplandece, pois já vem a tua luz, e a glória do Senhor vai nascendo sobre ti. As trevas cobrem a terra, e a escuridão os povos; mas sobre ti o Senhor vem surgindo, e a sua glória se vê sobre ti” (Is.60:1-2). Repare no uso do gerúndio, demonstrando claramente que se trata de uma transição, e não de algo abrupto: “A glória do Senhor vai nascendo sobre ti (...) Sobre ti o Senhor vem surgindo”. Portanto, é hora de levantar, de despertar de nosso sono letárgico, e assumirmos uma postura de vanguarda neste mundo. Esta é a ordem do dia para igreja de Cristo espalhada no mundo:“Desperta, ó tu que dormes, e levanta-te dentre os mortos, e Cristo te iluminará”(Ef.5:14). Em vez de ficarmos aguardando uma manifestação repentina do Reino de Deus, arregacemos as mangas e trabalhemos por sua expansão.

Já, já, poderemos fazer coro com Salomão: “Vê! Já passou o inverno; as chuvas cessaram, e se foram. Aparecem as flores na terra; o tempo de cantar chegou, e a voz das rolas ouve-se em nossa terra. A figueira já deu os seus figos, e as vides em flor exalam o seu aroma” (Ct.2:11-13a).

11 comentários:

  1. Interessante, sua exposição, Hermes,

    Mas é meio difícil de conciliá-la com a volta de Jesus. Afinal, Ele mesmo disse que Sua volta seria de forma abrupta, tal qual o dilúvio nos dias de Noé. Ele disse que as coisas estariam em um desenvolvimento gradual, até que, de forma repentina e visível, como um relâmpago, todos O veriam voltando. E tais coisas Ele disse em resposta à pergunta dos discípulos, a respeito de Sua volta e a consumação do século.

    Ele também citou a repentina destruição de Sodoma e Gomorra, como exemplo de Sua volta repentina. Mais uma vez, Ele comenta que tudo se desenvolvia normalmente, até um acontecimento repentino, transformador e decisivo acontecesse.

    Entendo que o Senhor chamou atenção para esses fatos, exatamente, para demonstrar que haveria uma intervenção divina repentina, para o início do verdadeiro reinado de Cristo, apesar de, quase sempre, Deus agir de forma gradual e não traumática, como você tão bem descreveu em seu texto.

    Só para lembrar, saliento que entendo que a Igreja estará presente na terra, nos piores dias finais, até a volta gloriosa de Jesus.

    E são argumentos que estou lançando, não facadas em você, a quem prezo muitíssimo.

    Grande abraço e continue na Paz do Senhor!

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  2. Barbosa3:29 PM

    Irmão HERMES,graça e paz de Jesus Cristo de Nazaré.
    Meu irmão gostaria de comentar sobre o versículo de Lucas 13.21 no qual é muito interessante oK? Se o irmão assim permitir.
    O FERMETO!
    O fermento é,normalmente,considerado,nas Escrituras,tipo da presença do mal ou da impureza. Ele fermenta,desintegra ou corrompe; ver Êxodo 12.19; 13.6,8; levitico 2.11; 6.17; Deuteronômio 16.3,4; Amos 4.4,5; Êxodo 13.17.
    Nota,no Novo Testamento,o fermento é empregado para representar o falso ensino e as doutrinas malignas dos fariseus,e saduceus,e dos herodianos; ver Mateus 16.6,12; Marcos 8.15.
    Em I Coríntios 5.6,8,o fermento representa a "MALDADE E MALÍCIA", em contraste com a "SINCERIDADE E VERDADE"; ver Gálatas 5.9. Por isso,muitos entendem que esta parábola refere-se a doutrina falsa e malignas e à injustiça,que se alojam no atual reino visível de DEUS. Esse fermento do mal espalhar-se-á em todos os setores da obra de DEUS.
    Ele acha-se:
    (a) No modernismo,no liberalismo religioso nas igrejas e na Teologia da Libertação,que exaltam o raciocínio humano acima da autoridade das Escrituras Sagradas; ver Mateus 22.23,29.
    (b) No mundanismo e práticas imorais permetidos por certas igrejas e seus líderes; ver Apocalipse Capítulos 2 e 3.
    (c) Na busca da fama ou do poder dentro da igreja,por homens que se preocupam mais com suas próprias ambições do que com a Glória de DEUS; ver Mateus 23.
    (d) Nas falsas doutrinas,nos falsos mestres;nos cristãos professos,que nunca nasceram de novo; ver Gálatas 1.9; Mateus 24.11,24 e Mateus 23; Judas versículos 12,19.
    Perto do fim da presente era,esses males se infiltrarão na obra de DEUS,através das denominações,das igrejas locais,dos institutos Bíblicos,das faculdades de Teologia,dos seminários,e dos ministérios - Todos liberais,até o ponto de o EVANGELHO APOSTÓLICO DO NOVO TESTAMENTO E A VIDA SANTIFICADA EM DEUS E SUA PALAVRA DE VIDA ETERNA SEREM COISAS "RARAS DE SE VER"; ver Lucas 18.8; Gálatas 1.9; I Timóteo 4.1; Apocalipse capítulos 2 e 3.
    CONCLUINDO: Todo Cristão deve tomar cuidado para que o fermento do mal não afete sua vida.
    O segredo da vitória contra isso consiste em sempre olhar para Jesus Cristo de Nazaré com fé,desprezar as coisas do mundo,permanecer firme e fiel na Palavra de DEUS,aguardar a volta de Jesus Cristo,e constantemente ouvir e obedecer a voz do Espírito Santo,estar disposto a sofrer com Cristo,e por Cristo,lutar contra as formas do mal,defender fielmente o evangelho,e finalmente revestir-se de toda armadura de DEUS; ver Hebreus 12.2,15; Tito 2.13; I João 2.15,17; Tiago 1.27; João 15.7; Tiago 1.21; Lucas 12.35,40; Romanos 8.12,14; Gálatas 5.16,18; Romanos 8.17; Filipenses 1.29; I Coríntios 10.6; I Tessaloniceses 5.15; I Pedro 3.11 Filipenses 1.17 e Efésios 6.11,18.
    A DEUS TODA HONRA E GLÓRIAS PARA TODO SEMPRE AMÉM!

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  3. Caro Renê,

    O caráter repentino da volta de Cristo só valerá para os que estiverem dormindo. Veja o que diz Paulo acerca disso:

    "Pois vós mesmos sabeis muito bem que o dia do Senhor virá como o ladrão de noite. Quando andarem dizendo: Há paz e segurança, então lhes sobrevirá repentina destruição (...) Mas vós, irmãos, já não estais em trevas, para que esse dia vos surpreenda como um ladrão" (1 Ts.5:2-3a,4).

    A volta de Cristo será o desfecho de um processo de restauração de todas as coisas.

    Pra quem se deita à meia-noite e acorda ao meio-dia, a impressão que se tem é que o dia raiou repentinamente. Mas pra quem passa a noite em claro, como acontece comigo às vezes, o raiar do dia é um processo que começa ainda à meia-noite.

    Pode parecer que a criança nasça de repente, porém antes, há um processo de gravidez, as contrações, o rompimento da bolsa, e finalmente, o parto.

    O relâmpago é repentino, mas também é fruto de um processo. As nuvens chuvosas não se formam de um minuto para o outro.

    Repito, a volta de Cristo é a coroação de um processo que começou lá atrás e que está em franco progresso.

    Obrigado pelo comentário. Sua participação aqui é muito importante.

    Agradeço também aos comentários do Barbosa que sempre ajudam a enriquecer os temas aqui abordados.

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  4. Com certeza, meu amado Hermes, os que se entregaram ao senhorio de Cristo não serão pegos de surpresa. Meu comentário se deu, porque o texto parece incluir "maus" e "bons" em um mesmo processo. É verdade que, apesar de parecer repentina e abrupta para os "maus", a volta de Cristo é a coroação de um processo que terá sido acompanhado pela Igreja, sem surpresas para ela.

    Abração e continue na Paz!

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  5. A Paz, amado.
    É um pouco complicada a sua abordagem, principalmente no que diz respeito a Divina concepçao de Jesus pelo poder do Espírito Santo, quando você afirma que ele foi primeiramente espermatozóide. Se percebe por inferência que você equivocadamente nega a Divindade de Jesus, pois, o espermatozóide como o senhor sabe, teria que vir do marido de Maria, no caso José, o que tira literalmente a participação do Espirito Santo, que dá a Jesus a Filiação Divina: "Filho de Deus". Deus usou o óvulo da mulher sem a necessidade do espermatozóide do homem. Espero que o irmão reflita mais em suas postagens e não dê lugar a falsas doutrinas. Fica na Paz.

    Prfº e Dc João Rodrigues

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  6. Meu caro João,

    Não precisa ficar preocupado, porque o que estou dizendo não é heresia alguma. Simplesmente creio numa encarnação plena do Verbo Divino. Deus não pula etapas. O ventre de Maria não foi um ventre de aluguel. Ela deu sua contribuição (óvulo), que por sua vez, teve que ser fecundado. A Escritura fala da semente de Deus. A palavra grega usada para "semente" é espermatozóide. Não se trata de espermatozóide humano, mas divino. O verbo se fez 'semente', e fecundou o óvulo de Maria.

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  7. Anônimo5:52 PM

    O Corpos do texto "Compreendendo o Agir de Deus na História" aponta com mais ênfase para um Modus Oparandi transicional, mas, observando outros Sistemas Organizados mais velozes podemos verificar ao final de cada ciclo um momento abrupto de ruptura.
    No século XIV iniciou-se um processo de comunicação planetária conhecido como Grandes Navegações, esse fenômeno iniciou-se vagaroso e foi ganhando corpo e magnitude, foi agregando valores com a aquisição de ideais e novos instrumentos aceleradores de um processo grávido de necessidades expansionistas. Ao longo destes últimos sete séculos de Gestação aquele Gérmen de comunicação 'aberto' no Séc. XIV Sublima e Rompe Abruptamente com a acanhada velocidade gestada ao longo deste recorte observado na História.
    O Modus Operandi que processa o amadurecimento espiritual dos que estão ‘acordados’ é mais transicional, mas, não está livre de rupturas. Ao final de cada ciclo de um processo vivo percebe-se uma ruptura com o ciclo vigente para adaptar-se à estrutura posterior que se revela a cada ciclo mais iluminada pelas virtudes domésticas anteriores com mais Peso de Glória.

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  8. O Corpos do texto "Compreendendo o Agir de Deus na História" aponta com mais ênfase para um Modus Oparandi transicional, mas, observando outros Sistemas Organizados mais velozes podemos verificar ao final de cada ciclo um momento abrupto de ruptura.
    No século XIV iniciou-se um processo de comunicação planetária conhecido como Grandes Navegações, esse fenômeno iniciou-se vagaroso e foi ganhando corpo e magnitude, foi agregando valores com a aquisição de ideais e novos instrumentos aceleradores de um processo grávido de necessidades expansionistas. Ao longo destes últimos sete séculos de Gestação aquele Gérmen de comunicação 'aberto' no Séc. XIV Sublima e Rompe Abruptamente com a acanhada velocidade gestada ao longo deste recorte observado na História.
    O Modus Operandi que processa o amadurecimento espiritual dos que estão ‘acordados’ é mais transicional, mas, não está livre de rupturas. Ao final de cada ciclo de um processo vivo percebe-se uma ruptura com o ciclo vigente para adaptar-se à estrutura posterior que se revela a cada ciclo mais iluminada pelas virtudes domésticas anteriores com mais Peso de Glória.

    PAIXÃO, Edson.

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  9. O processo começou no Éden. A vinda messiânica de Jesus é parte do processo de resgate da raça humana assim como sua volta "repentina" é a culminância do processo, mas ainda assim, parte de um processo.
    Acho que compreendi a noção de processo e transição que o bispo Hermes atribui ao modus operandi de Deus e espero contribuir para a compreensão dos demais irmãos com a ilustração a seguir:
    Em meu ofício como professor estou a todo o momento dizendo aos meus alunos que práticas constantes de verificação do conteúdo estudado é um hábito saudável para um aluno. Digo o tempo todo para realizarem o exercícios antes de se envolverem com as atividades de lazer ao chegarem em casa. Desenvolvo execícios sob supervisão em sala de aula e corrijo cada um deles comentando os pontos que os alunos não compreenderam de forma plena. Pois bem, imagine se um dia eu entro na sala e aviso que haverá uma prova. É uma surpresa geral, ou parte lógica de um processo que precisa de uma atividade avaliativa? Será que causa ao aluno uma estranheza tão grande assim uma prova? Ou somente aqueles que foram relapsos durante as aulas se sentirão traídos com a "súbita" e "injusta" avaliação?
    A volta de Jesus (guardadas as devidas proporções, é óbvio) passa por aí: se somos ouvintes atentos e praticantes dos ensinamentos de Cristo, veremos e leremos com compreensão os sinais que antecede sua volta, mas, se somos relapsos e desatentos, seremos pegos de surpresa com tão "súbito" e "repentino evento".
    Espero ter ajudado!

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  10. Assim como relampago sai do oriente e e se mostra no ocidente, assim será a vinda do Filho do Homem," Jesus Cristo de Nazaré ".
    Será num piscar de olhos isto acontecera, guando a trombeta tocar.
    Estás tu pronto amigo para encontrar com o Senhor da Glória?
    Mas, lembrem-se, sem santificação ninguém verá o Senhor.
    Santifiquem-se suas vidas na Palavra de Deus, e renucia tolalmente este mundo e seus prazeres, aí encontrarás com o Senhor Jesus.
    Mas, sejais sábio! Guanhe almas dos homens perdidos para Jesus Cristo.
    Ser sábio é guanhar almas para a Salvação e vida eterna em Jesus Cristo.

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  11. Mesmo a parousia de Cristo, apesar de repentina, será fruto de um processo iniciado em Seu primeiro advento. Tanto Jesus, quanto Paulo se referem a este processo como "gravidez". A bolsa rompe de repente, mas as contrações são o aviso de que a qualquer momento a criança virá ao mundo. Quanto mais próximos estivermos deste clímax, menor será o espaço de tempo entre as contrações.

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