Canibalismo
Em 1816, aos 20 anos de idade, John Williams abraçou a vida de missionário dedicando-se à catequização de indígenas da Polinésia sob os auspícios da Sociedade Missionária de Londres. Dedicou-se à atividade por mais de duas décadas. Em sua última viagem, ele aportou em 1839 a bordo do navio Camden na baía de Dillons, no arquipélago a mais de 1,5 mil quilômetros a leste da Austrália que ainda viria a se tornar Vanuatu. Ali, dias antes, nativos de Erromango haviam sido mortos por comerciantes europeus de sândalo. Em meio à hostilidade, os dois foram mortos e canibalizados pelos nativos, assim que puseram os pés em terra.
“Harris, que estava mais adiante, foi abatido a clavas e morto. John Williams se virou e tentou correr para o mar. Eles o alcançaram na costa. Ele também foi abatido, flechado e morreu nas águas rasas”, contou um dos descendentes do missionário, Charles Milner-Williams, 65.
O antropólogo Ralph Regenvanu, membro do Parlamento de Vanuatu e um dos que propuseram a reconciliação, disse que os homens provavelmente foram mortos porque representavam a “incursão” do homem branco na terra indígena.
“O canibalismo era praticado de forma de ritual e considerada uma atividade sagrada. Muitas vezes era uma maneira de derrotar uma ameaça, de absorver o poder do inimigo”, disse o antropólogo.
“John Williams pode ter sido morto e devorado porque representava essa ameaça, essa incursão da civilização europeia que estava chegando a Erromango naquela época.”
Reconciliação
Na cerimônia de reconciliação, à qual compareceram 18 descendentes do missionário Williams, a morte dos dois homens foi reencenada. Dezenas de descendentes dos moradores de Erromango à época fizeram fila para pedir o perdão da família. Como demonstração de afeto e respeito, a baía de Dillons, onde ocorreu o incidente, foi renomeada de baía de Williams. “A reconciliação é parte da nossa cultura. Pedir perdão é uma parte do cerimonial, mas não a única”, disse Regenvanu. “A reconciliação requer algo de ambos os lados, há sempre o elemento da troca.” A família de Williams concordou em amparar a educação de uma garota de sete anos de idade, que foi ritualmente “entregue” à família como compensação pela perda do missionário. Para o parente de Williams, Charles, o ritual foi emocionante.
“Vim sem saber o que esperar e saio, curiosamente, com minha fé restaurada e me sentindo renovado”, afirmou Milner-Williams, que vive em Hampshire, no sul da Inglaterra.
“Pensei que após 170 anos eu não sentiria nenhuma emoção, mas a pureza dos sentimentos, o arrependimento genuíno e a tristeza, de partir o coração, foram bastante tocantes.”
Fonte: BBC Brasil
Paz do Sr.
ResponderExcluirSeu blog é nota 10 parabéns.
Eu estou retirando materia do seu blog para colocar no jornazinho da igreja, se voce não se impotar, é um trabalho que faço todos os meses.
Nós dirigimos um culto de missões por mes, e nesse culto, distribuimos os jornarzinho com materias de missões.
Que o Sr. Deus conceda em 2010 tudo aquilo que o seu coração deseja, que cada dia o seu ministério cresce a cada dia até a volta de Jesus.
Fica na Paz.
www.pitante.blogspot.com
Que epsodio comovente!
ResponderExcluirHomens que deram o seu melhor pela causa do evangelho.
um verdadeiro exemplo a seguir.
lindo blog e boas postagens,
convido te a visitar o nosso blog e se possivel seguires, seria uma honra e um prazer para nos novatos na area.
fique na paz!!
Manuel Dilandamoko
http://bereanosdeangola.blogspot.com